domingo, 12 de outubro de 2014

O TELEMÓVEL


A dependência do telemóvel é algo que chega a impressionar. Hoje em dia, já ninguém se imagina sem telemóvel.

São notórias algumas mudanças de comportamento quando, por qualquer razão, não é possível o uso deste: - tiques nervosos (como levar constantemente a mão ao bolso, olhar com agitação para o relógio, procurar o telemóvel sempre que, em redor, soa o toque de um), irritabilidade e depressão-.

Ontem estava sentado num café e numa outra mesa ao lado, separada por um vidro, sentou-se um jovem casal (ao que supus namorados) e durante a mais de meia hora que ali estiveram lado a lado não falaram um com o outro, nem uma palavra sequer, estiveram sempre a falar mas para o telemóvel, ignorando-se completamente um ao outro e assim continuarem quando eu saí... Vejo constantemente as pessoas a atravessarem as ruas e a olhar para o telemóvel, ignorando totalmente os veículos que possam ali circular, pessoas a andar de bicicleta e, ao mesmo tempo, a olharem para o telemóvel, é efectivamente uma dependência total que chega a impressionar quem atente bem na situação.

Ouvi e li, aqui há dias, que o medo, o autêntico pânico de ficar incontactável através do telemóvel já é considerado uma doença e até já tem nome - HOMOFOBIA -. 



Há quem o tenha constantemente, dia e noite, ligado e a sua falta poderá levar a um sentimento de tristeza, falta de apetite e aborrecimento. 

Em Portugal, há quase mais telemóveis que habitantes.




Há indivíduos que parecem dar mais importância ao telemóvel do que, por exemplo, à família e esta necessidade do uso do telemóvel (e, ao fim e ao cabo, das redes sociais) parece colmatar a fobia social de que actualmente padece a maioria das pessoas, sendo talvez resultante do medo da solidão, de não fazer parte de um grupo, é uma alienação total que parece ser o símbolo desta nova sociedade cada vez mais estúpida (e esta minha afirmação não tem a ver com velhos do Restelo) já que quem o confirmou foram estudos recentes efectuados por universidades americanas em que se provou que o Q.I. (coeficiente de inteligência) das novas gerações baixou.


Esta dependência dos telemóveis, da internet, do Facebook, do Google, parece significar que as pessoas deixaram de pensar (ó pai onde se situa a Mongólia, quem foi Leonardo da Vinci....vai ao Google, filho....), o uso das máquinas de calcular para saber quantos são 2 + 2...eu faço sempre as contas à mão por mais parcelas que tenham, poderá parecer ridículo mas obriga-me a ginasticar o cérebro (fundamental). 


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