Manuel António Pina era um escritor cuja modéstia o levava a considerar as crónicas que escrevia para jornais e revistas como uma servidão diária que afirmava com humor só aceitar para alimentar a legião de gatos que tinha em casa e que, como tudo o que é jornal e como diziam os velhos tipógrafos do Jornal de Notícias, só serviriam para embrulhar peixe no dia seguinte.
Pois é precisamente o livro que foi lançado seis meses depois da sua morte e que reúne as suas melhores crónicas (publicadas na sua maioria no JN e na revista VISÃO de 1984 a 2012), que ando a ler - CRÓNICA, SAUDADE DA LITERATURA.
Ontem, sentado numa esplanada, dei por mim a rir sozinho já que o seu sentido de humor é excelente. Por exemplo, com esta desmanchei-me a rir:
-há anos convidaram-me para um debate na Antena Um, que tive de recusar, porque a coisa seria por volta das 10 da madrugada, hora a que costumo estar já deitado.
Manuel António Pina - 1943-2012 |
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