terça-feira, 23 de janeiro de 2018

LEITURAS 2018 - I - "RELÓGIO SEM PONTEIROS" - Carson McCullers

Resultado de imagem para "RELÓGIO SEM PONTEIROS" - CARSON MCCULLERS

Este foi o primeiro livro que li neste ano de 2018.

Mais um livro de uma escritora que Tennessee Williams definia como alguém que entendia o coração dos homens com uma profundidade que nenhum outro escritor consegue alcançar.

Carson McCullers escreve magistralmente sobre a solidão, sobre a necessidade de encontrarmos amigos, de falar, em suma sobre as mais diversas inquietações e frustrações.

"Relógio sem Ponteiros" decorre numa pequena cidade no sul dos EUA, (por volta de 1953) em que quatro homens de diferentes idades se debruçam sobre o seu passado e futuro:

-J.T. Malone, um homem solitário de meia-idade que gere uma farmácia, descobre que está a morrer e tenta reconciliar-se com o que resta da sua vida.

-O velho Juiz Clane, antigo congressista e uma glória do estado e do Sul, membro da igreja e crente, resiste aos novos tempos (da libertação dos escravos) e anseia pelo regresso das antigas maneiras do Sul.

-Jester o seu neto, de ideias contrárias às do seu avô, mostra-se arrogante e, ao mesmo tempo, demasiado delicado, com qualquer coisa de misterioso na sua suavidade parecendo a sua inteligência demasiado perigosa.

-Sherman, um órfão negro, encontrado abandonado na Igreja da Sagrada Ascensão, por quem Jester nutre simpatia, é alegre e de olhos azuis e anda em procura da sua identidade pressentindo que o Juiz Malone lhe ocultava qualquer coisa de muito importante.

Este foi o último romance de Carson McCullers e mais uma vez o seu enorme talento se revela nestas 226 páginas ao descrever tão bem a América dos anos 50, em que ainda se fazem sentir os mais variados sintomas dos conflitos raciais nas pequenas cidades do Sul dos EUA, explorando igualmente com humor e talento temas como o preconceito, o segredo e a redenção.


Imagem relacionada
Carson McCullers -  Columbus - EUA - 1917 - 1967

4 - bom

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima



terça-feira, 9 de janeiro de 2018

BALANÇO DAS LEITURAS 2017

Capa de livro perfeita: dicas essenciais ⋆ SGuerra Design



Eis a lista dos livros (24) que li em 2017, pela ordem dos que mais gostei; ordenei-os seguindo a tabela que aqui costumo utilizar:
  1. -  DOIS NEGROS EM ESTHERVILLE   -  Erskine Caldwell   -   6
  2. -  STONER  -   John Williams   -    5
  3. -  DESEJO SOB OS ULMEIROS   -   Eugene O'Neill   -   5
  4. -  O BARULHO DAS CHAVES   -  Philippe Claudel   -   4
  5. -  DIÁRIO DA ABUXARDA - 2007-2014   -   Marcello Duarte Mathias   -   4
  6. -  DIÁRIO V e VI   -   Miguel Torga   -   4
  7. -  BIBLIOTECA À NOITE   -  Alberto Manguel   -   4
  8. -  NAS SUAS PALAVRAS   -  José Saramago  -   4
  9. -  BLONDE  -   Joyce Carol Oates   -   4
  10. -  CERTAS MULHERES   -   Erskine Caldwell  -  4
  11. -  EPISÓDIO EM PALMETTO  -   Erskine Caldwell  -   4
  12. -  QUARTETO NO OUTONO  -   Bárbara Pym  -   4
  13. -  OURO E CINZA  -   Paulo Varela Gomes   -   4
  14. -  O MISTÉRIO DA LÉGUA DA PÓVOA   -   Agustina Bessa-Luís  -   3,5
  15. -  BILHETE PARA A VIOLÊNCIA   -   Luís Alves Milheiro   -   3,5
  16. -  O GÉNIO E A DEUSA  -   Jeffrey e a Deusa  -   3,5
  17. -  BIBLIOTECA  -   Pedro Mexia  -   3,5
  18. -  VALE A PENA - Conversas com escritores   -    Inês Fonseca Santos  -   3,5
  19. -  PAIXÕES-amores e desamores que mudaram a história   -   Rosa Montero  -  3,5
  20. -  DIÁRIO VII e VIII   -   Miguel Torga   -   3
  21. -  O SONHO DO CELTA  -   Mário Vargas Llosa  -   3
  22. -  A AMÉRICA E OS AMERICANOS  -  John Steinbeck   -   3
  23. -  O ADEUS ÀS ARMAS   -   Ernest Hemingway   -    2
  24. -  O ESTRANHO DEVER DO CEPTICISMO  -  Mário Mesquita   -   2


Resultado de imagem para o estranho dever do cepticismo   Resultado de imagem para adeus as armas hemingway



0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima