quinta-feira, 31 de julho de 2014

POR UM PRATO DE LENTILHAS

A GUINÉ EQUATORIAL NA CPLP


E OS PATRIOTAS OSTENTAM  NA LAPELA O EMBLEMA DE PORTUGAL
E ASSIM SE VAI VENDENDO A LÍNGUA PORTUGUESA, A DIGNIDADE, A HISTÓRIA DE UM POVO...


VERGONHA, HUMILHAÇÃO, INDIGNIDADE, SÃO PALAVRAS QUE CERTAMENTE NOS VIERAM À MENTE QUANDO FOMOS TESTEMUNHAS DE CENAS QUE NADA NOS DIGNIFICAM E QUE SÓ NOS PODEM ENVERGONHAR
Cavaco Silva cumprimenta Teodoro Obiang que governa a Guiné Equatorial há 35 anos, e, ao que parece, da língua portuguesa pouco mais saberá dizer que a única palavra que, na nossa língua, se lhe ouviu-sim





quinta-feira, 24 de julho de 2014

NASCIDOS A 24 DE JULHO


Simão Bolívar - 1793- 1830 - Libertador Sul Americano


Alexandre Dumas, pai - 1802-1870 - romancista francês




José Maria Nureyev Romano




Também a 24 de Julho (1911) é descoberta a cidade perdida dos Incas - Machu Picchu, pelo explorador americano  Hiram Bingham



domingo, 20 de julho de 2014

DIOGO ALVES - O ASSASSINO DO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES


Acabei de ler "O ASSASSINO DO AQUEDUTO" da jornalista Anabela Natário, que recentemente publicou uma interessante colecção de seis livros com 177 biografias de mulheres, denominada "Portuguesas com História".

Este "O ASSASSINO DO AQUEDUTO", narra a história de Diogo Alves, o homem que aterrorizou Lisboa no século XIX, e que se tornou uma verdadeira lenda. Através da consulta de jornais da época e de peças do processo a autora tenta recriar o processo policial contra Diogo Alves, um verdadeiro assassino que se julga ter sido responsável pela morte de setenta pessoas, muitas delas foram lançadas (de 65 m. de altura) do Aqueduto das Águas Livres, depois de roubadas (ora aqui está, entre muitas outras, uma das pechas do livro, pois quase nada diz deste facto-sobre as pessoas lançadas do aqueduto-, onde, depois de ter conseguido uma chave falsa, Diogo Alves se escondia). 



Todavia confesso que criei talvez demasiadas expectativas quanto à leitura deste romance e talvez por isso quando cheguei ao fim do livro fiquei desiludido, dado que esperava que a escritora nos mostrasse, para além da biografia do Diogo Alves, os usos e costumes da época e isso creio que a autora não conseguiu. 
Penso sinceramente que Diogo Alves tinha tudo para dar um grande livro e este fica-se por um romance que nem poderei dizer que será um romance histórico pois nem os usos e costumes são recriados, como já apontei, é assim como que uma ficção à roda dum facto histórico sem contudo usar a história como pretexto, resultando assim num levezinho romance histórico escrito por alguém que usa a ficção para dar informação a quem não a sabe; é pena porque havia tudo para ser um grande livro e não é!    




A cabeça decepada de Diogo Alves encontra-se, ainda hoje, conservada num recipiente de vidro, numa solução de formol, no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Diogo Alves foi um dos últimos sujeitos a quem foi aplicada a Pena de morte em Portugal, algo bastante significativo para a história judicial de Portugal. A sentença de morte foi aplicada em 19 de Fevereiro de 1841, tinha 31 anos.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O MARCO PAULO AMERICANO




A Música dos anos 80 continua a fascinar-me e este "SAILING" do norte-americano Christopher Cross, embora seja porventura uma canção de embalar ao som das águas do mar, tem um mavioso som que não me canso de ouvir. Relembro agora que um amigo meu na altura alcunhava este cantor por Marco Paulo Americano, não sei se com intenções de valorizar o cantor português ou o americano....



sexta-feira, 11 de julho de 2014

ACABEI DE LER


"Eu e as minhas manas fizemos assim durante anos - levava-se um alguidar muito grande que se tinha para o quarto da cama, punha-se a panela de ferro cheia de água (a minha mãe tinha sempre uma panela de ferro ao lume com água). Em estando bem quente levávamos para o alguidar. Despíamos a roupa e uma dizia à outra "anda-me cá esfregar as costas". Em lavando as costas, punha-se ali um banco ou uma cadeira, metíamos os pés e ficávamos com o banho dado. Limpávamo-nos a um lençol que se tirasse da cama.Não tínhamos lençóis de banho (...). Tomávamos banho ao domingo."   

É apenas um pequeno excerto de uma história de vida contada na 1ª. pessoa, por alguém que viveu nos primeiros cinquenta anos do século XX em Portugal.

Um livro de que gostei, pois traz-me à memória conversas que ouvi muitas vezes aos meus pais e até situações que ainda vivi, fala e define muito bem o que foram as nossas gentes, as nossas necessidades, os tempos difíceis que muitos de nós vivemos, o tempo da sardinha para três que muitos ouvimos falar aos nossos pais, o tempo da educação dura que nos era dada, tão diferente da que é dada actualmente aos filhos de hoje, claro que os tempos são outros, mas...nem tanto ao mar nem tanto à terra... 

O livro divide-se em duas grandes partes. A primeira diz respeito aos aspectos do quotidiano e às diferentes formas de viver -e sobreviver- no Portugal do século XX. A segunda procura compreender processos e politização, espaços e formas de resistência.
Finalmente, em jeito de epílogo, já sobre o 25 de Abril de 1974. 

Uma curiosidade (positiva): este é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário.



segunda-feira, 7 de julho de 2014

PRIMEIRA MULHER EXECUTADA NOS ESTADOS UNIDOS


Faz hoje 149 anos que foi executada a primeira mulher nos Estados Unidos, pelo seu alegado contributo para a conspiração do assassínio de Abraham Lincoln, 16º. presidente dos EU (1809-1865), apesar da existência de provas suficientes da sua inocência.

Mary Surratt foi executada por enforcamento em 7 de Julho de 1865. Tinha 42 anos.

"Não me deixem cair" foram as suas últimas palavras sobre o andaime em que estava montada a forca. 


 Mary Surratt durante o julgamento.





sexta-feira, 4 de julho de 2014

COMENTADORES DESPORTIVOS

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Rui Tovar - Lourinhã - 1948-2014
Rui Tovar, que faleceu ontem em Lisboa, aos 66 anos, seria talvez um dos últimos duma escola de verdadeiros jornalistas desportivos que conseguia, ao mesmo tempo, escrever bem sobre futebol e ser um dos bons comentadores do jogo que ouvi na Televisão, a par de outros mais antigos (porque sabiam do que falavam). 


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Alves dos Santos

Talvez o mestre e primeiro desta escola tenha sido o grande e inesquecível (para a minha geração) Alves dos Santos-já falecido-, não esquecendo o inimitável Gabriel Alves, homens que percebiam de bola e que nada têm a ver com alguns dos actuais comentadores "cientistas" que falam de futebol como se falassem da NASA, autênticos pavões que utilizam expressões irritantes (algumas absolutamente indecifráveis) para caracterizar um jogador ou uma jogada como se de uma experiência em laboratório e incubadora se tratasse. 

Um dos que, neste aspecto, mais se salienta e que porventura nunca terá dado um pontapé numa bola, nem sequer se calhar calçou umas chuteiras e que fala do futebol como se fosse uma ciência pensada e trabalhada ao milímetro em laboratório, é, na minha perspectiva, o comentador Luís de Freitas Lobo, a meu ver uma "nódoa" absoluta por estar absolutamente desenquadrado com a função e o público amante do jogo e que muito deve irritar as pessoas que jogaram à bola e que percebem alguma coisa do jogo. Um jogo fácil e simples que requer leituras simples e não análises absolutamente bacocas e complicadas, quais experiências cientificas realizadas em Marte. Creio que terá sido ele que em vez de contra ataque passou a chamá-lo de transição e outras coisas mais...ao menos inventou qualquer coisa...
E até já poderá, se for o caso, registar a sua patente... 


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Luís de Freitas Lobo

Eis algumas das suas "pérolas" que fui anotando em recentes jogos, por si comentados neste Mundial 2014:

-a forma de perder é igual à forma de ganhar e vice-versa
-Não necessita de tanta rigidez posicional
-à medida que arrancava ia atropelando toda a população russa
-tem dois braços e quatro pernas e nesta equipa haverá quem tenha quatro braços e quatro pernas
-dá-me vontade de gritar e agradecer à minha mãezinha por me ter posto neste mundo para ter a felicidade de relatar este jogo
-o pássaro gigante apareceu a voar na área da Bélgica
-ambas avançam em bloco ficando reduzidas a um 3x2x3x1x1
-duas equipas que conseguiram ler-se bem uma à outra
-Reparem que parte do lado direito como um vagabundo para depois aparecer na plataforma central, reparem tudo ao milímetro
-este empate acaba por ser o retrato do nó táctico deste encontro
-jogar sem bola não é para todos muito menos quando ela não está em campo
-O treinador está a transmitir-lhes precisamente o sabor amargo dos últimos 30 metros 
-Tenta dar-se ao jogo mas a equipa parece não o ver
-As equipas conseguem antecipar o que cada uma vai fazer
-quatro pivôts, três trincos, isto é um tubo de ensaio de futebol aqui representado c/régua e esquadro e tudo...

etc etc






terça-feira, 1 de julho de 2014

O MUNDIAL DE FUTEBOL 2014 - UMA LIÇÃO


ALEMANHA 2 - ARGÉLIA 1  

Que jogo, que carácter, que dignidade!

Os Argelinos deverão estar orgulhosos da equipa de futebol representativa do seu país; que garra, que dignidade, que orgulho, vendendo cara a derrota (de ontem) com a Alemanha, lutando até à exaustão, uma lição para os jogadores portugueses que tão mal representaram o nosso país neste Mundial de futebol.

Que contraste com a selecção portuguesa que foi esmagada, humilhada pela mesma selecção alemã (até tiveram pena de nós parecendo não querer marcar-nos mais golos). Humilhação é a palavra que melhor reflecte a prestação da selecção portuguesa, uns meninos ricos e mimados que nos envergonharam, uns meninos sem raça, sem garra, sem ponta de dignidade, uma tristeza, a maioria dos portugueses sentiu certamente (como eu) vergonha daquela gente derrotada e de cabeça baixa (eles que só sabem dizer que é preciso levantar a cabeça), perder não é vergonha, vergonha é perder daquela maneira.

Os Argelinos perderam o jogo mas de cabeça bem erguida, deram uma lição de honra, dignidade e carácter - como é bonito o futebol jogado por desportistas desta estatura. 


Vahid Halilhodzic - o treinador da Argélia, chorando a imerecida derrota de ontem frente à Alemanha