quinta-feira, 21 de novembro de 2019

"MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA" - JOSÉ SARAMAGO - LEITURAS 2019 - XVIII

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Este foi o segundo romance de José Saramago, é também uma autobiografia ("Terra do Pecado" foi o primeiro, publicado em 1947).

História de H, um pintor desanimado que vai sendo atraído pela escrita.

Viajamos pelo seu universo, recordamos a sua infância, as mulheres da sua vida e meditamos sobre a criação e sobre a sociedade no Portugal dos anos 70, partilhando as inquietações e interrogações constantes no seu diário, o conflito entre a vida e a morte.

Confesso, no entanto, que foi dos livros, que li até agora, do nosso Prémio Nobel, do que menos gostei e cheguei a "arrastar-me" por algumas páginas mas lendo-o até ao fim, por vezes até um pouco de esguelha, o que num livro de José Saramago me deixou um pouco triste e sem sal. É realmente um livro lento mas, apesar de tudo, a escrita de Saramago está lá.   

Não sei se, ou não, a propósito da evolução da sua escrita, Saramago escreve (pág.276): "Com a idade, aprendemos a cuidar das palavras. Usámo-las mal, vestimo-las do direito e do avesso, sem olhar, e um dia encontramo-las coçadas como um fato velho e temos vergonha delas, como eu me lembro de ter tido vergonha delas, como eu me lembro de ter tido vergonha de umas calças que usei e tive de usar, esfiadas na bainha, que todas as semanas aparava com uma tesoura cautelosa, atento a não cortar de mais nem de menos".

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0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima