sexta-feira, 29 de março de 2013

O EXCESSO DE PUBLICIDADE



No outro dia fui comprar um berbequim, pedi um Black e Decker mas trouxeram-me um Bosch, e já me tinha acontecido pedir uma embalagem de lâminas Gillette e trazerem-me uma embalagem de lâminas BIC e então não é que hoje pedi uma gasosa e trouxeram-me uma Seven UP...







 

 
 
 
 

terça-feira, 26 de março de 2013

LISBOA ANTIGA/LISBOA ACTUAL

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1934 - construção da estátua ao Marquês de Pombal
 
 
 
Foto de Joshua Benoliel (Lisboa 1873-1932), fotógrafo e jornalista, talvez o maior fotógrafo português do séc. XX



ACTUAL




A Praça do Marquês de Pombal situa-se entre a Avenida da Liberdade e o Parque Eduardo VII. No centro, ergue-se o magnífico monumento em honra do Marquês de Pombal, o homem que ficou de um modo decisivo ligado à história de Lisboa, (liderou a reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755). Neste monumento, inaugurado em 13.05.1934, pode ver o Marquês no topo, com a mão num leão (símbolo de poder), e é, por isso mesmo, que aqui colocamos as bandeiras do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL quando ganhamos o campeonato...


sexta-feira, 22 de março de 2013

QUE ESCRITORA

 
  
Descobri esta grandiosa escritora norte americana há cerca de três/quatro anos com um romance absolutamente fascinante e duma carga religiosa como nunca tinha lido "SANGUE SÁBIO", e fui depois descobrindo os seus outros livros que estão publicados em Portugal (muito poucos), como os livros de contos "UM BOM HOMEM É DIFÍCIL DE ENCONTRAR" e "TUDO O QUE SOBE DEVE CONVERGIR".
Convido-vos a descobrir esta magistral literatura duma escritora que viveu tão poucos anos (1925-1964).

 
 
 
 

terça-feira, 19 de março de 2013

O QUE ANDO A LER


"PENSAR" do incontornável Vergílio Ferreira, um escritor de leitura "pesada" nada fácil mas que nos obriga a pensar, e, talvez por isso, o leio com muita frequência, pois tem mesmo esse título (PENSAR), o livro que actualmente ando a ler, e é dele que (de memória) cito esta passagem:




"A seita dos saudáveis. É uma agremiação como a dos escoteiros, dos desportistas, das testemunhas de Jeová. Não beber, não fumar, evitar a carne e sobretudo as gorduras, dar preferência aos vegetais, comer pouco e várias vezes ao dia mesmo sem apetite, deitar cedo, fazer exercícios, evitar o sedentarismo, vigiar o peso, a tensão arterial...Sim. Mas para que é que eles querem a vida, se não é para a utilizarem?Lembram os que compram roupa mas guardam-na e não a usam. O seu objectivo na vida não é viveram-na mas cifrar a felicidade ao simples facto de a terem. São exemplares à vista -magros, direitos, ginasticados. Mas não tiram proveito disso, excepto o de serem saudáveis à custa de muito martírio. Ou seja o de poderem gozar a vida na sua maior amplitude. Vejo-os com frequência na TV. Mas tiro-lhes o som e ficam mais enfermiços."


Vergílio Ferreira -  1916-1996


sexta-feira, 15 de março de 2013

A AMIZADE



Segundo Heidegger* um amigo que nos trai não é falso, mas é um falso amigo aquele que nos oculta coisas, porque a falsidade é a ocultação




* Martin Heidegger (1889-1976) - filósofo alemão

sexta-feira, 8 de março de 2013

O PERFUME

 
 
"O Perfume", do escritor alemão Patrick Suskind, um livro que há cerca de vinte anos me fascinou e que foi publicado em 1985 (já vendeu mais de 15 milhões de exemplares em quarenta línguas), conta a história de um homem que possui um olfacto extraordinariamente apurado mas não possui cheiro próprio.




A história situa-se no século XVIII. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais:
 
  • ele não tem cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros.

  • ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Conseguia cheirá–los por mais longe que estivessem e armazenava–os todos em sua memória, também excepcional para relembrar aromas. Esse olfato é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional.

  • Sobre este romance, a páginas tantas do livro que ando actualmente a ler ("ESTADO CIVIL" o terceiro volume dos diários de Pedro Mexia, textos escritos para o seu blogue homónimo), encontrei uma curiosa (mas polémica) opinião da qual, por ser extensa, me permito transcrever apenas algumas passagens:

    -Nunca li O Perfume, porque sempre o ouvi altamente elogiado por gente que lê pouquíssimo ou só lê merdices. E confesso que suspeito bastante de romances que vendem quinze milhões de exemplares. A julgar pela versão fílmica, que vi agora, "O Perfume" parece um romance histórico de matriz gótica e propensão para a fábula. O filme é um europudim grotesco, previsível e preguiçoso, cheio de dinheiro mas sem nenhum talento, com um herói viciado em virgens cheirosas que mata para lhes guardar o cheiro, o qual tem um efeito muitíssimo poderoso sobre as multidões. Fiquei com a certeza de que nunca lerei tal romance.- 

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    sexta-feira, 1 de março de 2013

    A IGNORÂNCIA NA ACTUALIDADE



    Frequento, sempre que me é possível, pelo menos uma vez na semana, livrarias e gosto de mexer nos livros de os folhear, de ler pequenas passagens, e foi precisamente numa destas últimas idas, que do novo livro ("Estado de Guerra"), da excelente jornalista Clara Ferreira Alves, retive algumas palavras de um excelente texto (que transcrevo de memória):

    -Nós portugueses não estamos sozinhos na ignorância, por esse mundo fora a arte tornou-se consumo, tudo se resume ao dinheiro tudo se resume ao lucro. Enquanto que Nelson Mandela e os homens do ANC, na prisão discutiam Shekespeare, quando aos 80 anos, quase cego, Cunhal traduzia o Rei Lear, Passos Coelho era fotografado à entrada de La Féria ou do Casino.

    Entretanto, a gastronomia tornou-se uma nova filosofia, Jamie Olivier, Todd English, Henrique Sá Pessoa, são os sucessores de Cervantes, Ortega e Gasset... e assim vai Portugal e o Mundo...