segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

"VOZES E PERCURSOS - A MEMÓRIA DOS OUTROS I" - MARCELLO DUARTE MATHIAS - LEITURAS 2018 - XXX

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Havia sido editado em 2001, "A Memória dos Outros" e distinguido com o prémio Jacinto Prado Coelho e com o prémio D. Dinis da Fundação de Mateus (ex-aequo).

Foi agora reeditado com o título "VOZES E PERCURSOS-A MEMÓRIA DOS OUTROS I".

De Raymond Aron a Kissinger, de Matisse a Rothko, de Almada Negreiros a Miguel Torga e Vitorino Nemésio. de Woody Allen à Geração Perdida, sem esquecer a paixão pela diarística e o jogo de xadrez.

Reúnem-e aqui algumas dezenas de textos que, sob aparência diversa, exprimem uma visão rica de análises, comentários e interrogações que é também, como o título indica, evocação e convívio.
Por exemplo, esta visão do charme, numa confissão (sobre as mulheres) autobiográfica  de Albert Camus:  "Sabe o que é o charme? Um modo de elas nos responderem sim sem que da nossa parte haja sido formulada pergunta alguma"       

Gosto da escrita simples e dos textos interessantes, não só deste mas dos outros livros que já li deste autor de ficções, ensaios e diários, nascido em Lisboa, em 1938, diplomata e escritor.  

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Marcello Duarte Mathias
3 - razoável

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

"ERRO EXTREMO" - MIGUEL TAMEN - LEITURAS 2018 - XXIX

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Este conjunto de crónicas escritas pelo autor para o jornal "Observador", entre Maio de 2014 e Junho de 2016, que, segundo o crítico literário Pedro Mexia:
   "são escritos de um modo (ou método) Wittgensteiniano herdeiro da tradição anglo-saxónica da filosofia analítica"    —  perceberam? eu também não! — (desculpem-me a insensatez mas, certamente, insuficiência minha).

Apesar de todas as crónicas versarem temas interessantes (do repúdio absoluto do acordo ortográfico, da crítica feroz ao sistema educativo português ao desinteresse dos noticiários televisivos) — crónicas pequenas de página e meia—, contudo, eu não alcancei, em nenhuma, o que o autor certamente pretenderia transmitir. 

Assim, confesso que não me entusiasmaram, nunca me "agarraram", para não dizer que não entendi (quase) nenhuma das crónicas deste livro.

De qualquer modo, penso que nunca nenhum livro é zero porque adquirimos sempre algum conhecimento, somamos sempre algo; por exemplo retive esta frase que tão bem me soou e me pareceu muito interessante: - "Aqueles a quem como eu falta a imaginação, praticam ainda actividades em desuso como a confiança em terceiros, a admiração pela prosa, e de um modo geral aquilo a que os melhores chamaram a sabedoria da insegurança."


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Miguel Tamen - Lisboa - 1934
2 - li, mas não me cativou

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

"AS ÚLTIMAS TESTEMUNHAS" - SVETLANA ALEXIEVICH - LEITURAS 2018 - XXVIII


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"Havia uma mulher com um bebé ao colo, ele sorvia água do biberão. Os alemães primeiro dispararam contra o biberão, depois contra o bebé!.. Só depois disso mataram a minha mãe."

A 22 de Junho de 1941, a Alemanha invade a União Soviética, quebrando o pacto de não-agressão celebrado entre as duas nações e dando início ao que ficaria conhecido do lado russo como a Grande Guerra Patriótica. 

No final do conflito, em 1945, tinham morrido cerca de três milhões de crianças e só na Bielorússia vinte e sete mil viviam em orfanatos. 

Os relatos destes órfãos foram recolhidos, passados mais de quarenta anos, por esta escritora bielorussa, Svetlana Alexievich, Prémio Nobel da Literatura 2015.  

O resultado é uma visão única da guerra, testemunhada pelas crianças e não por soldados, políticos ou historiadores — os narradores mais sinceros, simultaneamente mais injustiçados.

São cem relatos impressionantes, profundamente comovedores e autênticos de crianças sem infância.

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Svetlana Alexievich  -  n. 1948


3,5 - interessante

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

"GUIA PARA 50 PERSONAGENS DA FICÇÃO PORTUGUESA" - BRUNO VIEIRA AMARAL - LEITURAS 2018 - XXVII

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Cinquenta das melhores e mais representativas personagens da Literatura Portuguesa dos últimos dois séculos são apresentadas num único livro. 

Uma viagem fascinante pelas grandes figuras da ficção portuguesa e ao mesmo tempo um excelente guia de 50 grandes livros de ficção e que, muitas vezes, são quase mais reais do que nós.

Descobrimos aqui personagens que nos incitam à leitura do respectivo livro (muito bem organizado). 

Os textos escritos por Bruno Vieira Amaral são um convite à leitura dos romances, o habitat natural de cada uma das personagens, mas também um extraordinário retrato da história e evolução de um país, Portugal.

Uma viagem literária compreendida entre 1846 — "Viagens na Minha Terra" de Almeida Garrett — e 2011 "O Retorno" de Dulce Maria Cardoso. Deparamos com fascinantes personagens, como, por exemplo, o viúvo do romance "O Viúvo" de Fernando Dacosta, a Juliana de "O Primo Basílio", o Professor de "A Amante Holandesa" de J. Rentes de Carvalho...

O que aprendi com a leitura deste livro? como sempre muita, muita coisa, por exemplo

— (mulher de) LOT - Ao fugir de Sodoma com a esposa e filhas, enquanto escapavam, a esposa olhou para trás, contrariando a ordem dada, e, por isso, foi transformada numa estátua de sal. 


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Bruno Vieira Amaral - n. 1978

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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

"SÓ ACONTECE AOS OUTROS" - MARIA ANTÓNIA PALLA - LEITURAS 2018 - XXVI

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Maria Antónia Palla oferece-nos aqui um retrato de uma sociedade (portuguesa) em que os mais fracos, eram normalmente as mulheres e as crianças, são massacrados até escravizados por corações de pedra que, certamente, também na sua infância foram vítimas das mesmas situações.

A alma humana pode ser muito dura e muito má e são as circunstâncias que moldam essas mentes e tornam cegos esses corações.

Muito bem retratada uma época e uma sociedade em que a ignorância predominava.

Gostei deste livro que, sobretudo, retrata as pessoas!


O que aprendi com a leitura deste livro? como sempre muita, muita coisa, por exemplo

— Com uma alteração legislativa introduzida em 1984, o aborto deixou de ser punido em determinadas circunstâncias (ex.: violação da mulher, desde que realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez). Com a nova alteração legislativa de 2007, deixou de ser punido quando realizado por mera opção da mulher até 10 semanas da gravidez.

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Maria Antónia Palla - Seixal 1933, mãe do actual 1º.
ministro  Antónia Costa e viúva do escritor Orlando
Costa 



4 - bom

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

"O MUNDO DE ONTEM" - STEFAN ZWEIG - LEITURAS 2018 - XXV


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Stefan Zweig é daqueles grandes escritores que se encontram quase praticamente esquecidos.
Quem é que hoje lê "AMOK"?

Este "O MUNDO DE ONTEM", escrito no exílio (Brasil), é um livro de memórias deste excelente escritor austríaco que retrata o mundo nostálgico que ele sentia desaparecido — o mundo de Viena e o da Europa anterior a 1914— a que se contrapõe o período conturbado de duas guerra mundiais.

Nestas memórias se entrecruza, como se poderá ler na contracapa, a paixão da escrita e da leitura, a sua generosidade filantrópica. Numa escrita esmerada o autor dá voz ao seu empenhamento em prol da liberdade espiritual e ao crescente desencanto face ao esboroar do ideal de confraternização europeia, que incansavelmente acarinhou e que a ascensão do nacional-socialismo veio abalar.

Stefan Zweig nasceu em Viena, 1881, viveu em Salzburgo, daí emigrando para Inglaterra, em 1934, de depois para o Brasil, onde acabaria por se suicidar em Fevereiro de 1942.
Filho de um rico industrial judeu, pacifista convicto, amante de letras e do teatro, da filosofia e da história manteve um intenso contacto com as mais diversas personalidades da vida cultural europeia, do seu tempo, 

Da sua extensa obra destacam-se o ensaio e a biografia (Magalhães, Maria Antonieta, Casanova...)   

O que aprendi com a leitura deste livro? como sempre muita, muita coisa, por exemplo: 

— medida OFICIOSA - que não tem carácter oficial mas emana de fontes oficiais;

— medida OFICIAL -  proposta por autoridade competente ou dela emanado; apresentado como verdade pela autoridade pública ou por uma autoridade competente. 


Muito interessante a leitura deste livro para se ir lendo com calma e descontracção (capítulo a capítulo) e desfrutar.


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Stefan Zweig  - Viena (Áustria)  - 1881 - 1942

3,5 - interessante

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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

"A ESTRADA DO TABACO" - ERSKINE CALDWELL - LEITURAS 2018 - XXIV

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Das centenas de livros que possuo, provavelmente 70% ainda não os li, e este é daqueles que tem andado, há muitos anos, perdido ali pelas prateleiras de cima.

Porventura, "A Estrada do Tabaco" terá sido o romance que mais prestígio trouxe a Erskine Caldwell. Foi o 3º. livro que este grande escritor norte americano escreveu e creio que será provavelmente o mais conhecido. 

Gostei, sobretudo pelo tema, como tenho gostado de todos os livros que já li deste autor. 

Este é um livro cujo conteúdo versa um assunto que me agrada imenso (a vida no Sul dos Estados Unidos no tempo da Grande Depressão). 


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EUA - Grande Depressão - 1929
A tragédia das suas personagens é absorvente. São páginas duras onde se fica a conhecer toda a epopeia dos pequenos lavradores de um Estado da Geórgia (Sudoeste dos EUA) que vêem os terrenos abandonados pelos proprietários ricos após a monocultura do tabaco  e depois do algodão os ter esgotado; os menos abastados. incapazes de pagar as despesas de exploração partem à procura de trabalho nas cidades.

Aqui se relata a mais abjecta miséria, por vezes até caricata, do herói do romance, que tudo sacrificou pela terra.

Que bem aborda Erskine Caldwell a miséria e as dificuldades destas pessoas.

Creio que, sobre o tema, só John Steinbeck, William Faulkner e pouquíssimos mais o poderão superar.

Um bom livro, de 220 páginas, que me proporcionou mais umas horas de prazer.


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Erskine Caldwell  -  EUA  -  1903-1987

4 - bom

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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

"NOVELA DE XADREZ" - STEFAN ZWEIG - LEITURAS 2018 - XXIII

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O escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942) era um europeu acostumado a viajar livremente por vários países e poderia perfeitamente ter sido numa das suas viagens entre Nova Iorque e Buenos Aires que se poderia ter desenrolado esta novela. 

Os passageiros do navio descobrem que a bordo segue com eles o campeão do mundo de xadrez, um homem arrogante e pouco amigável. Será com este campeão que um desconhecido se irá bater e vencê-lo magistralmente. E todos perguntam onde adquiriu ele este domínio espantoso do jogo de xadrez? pois é esse mistério que irá surpreender o leitor já que é notável a mestria com que o autor nos revela o espantoso dom que o desconhecido possuía para este jogo, entre um enorme suspense e uma reflexão pungente sobre o nazismo.

Stefan Zweig será porventura um escritor esquecido mas é brilhante. 
O sucesso incomodava-o, tal como refere um dos seus biógrafos (Alberto Dines), ("toda a forma de notoriedade perturba o equilíbrio...se pudesse recomeçar a vida, procuraria gozar os dois estados de felicidade: o do triunfo na literatura e o do anonimato"). Adoraria escrever sob pseudónimo. Trabalhava como poucos dos seus colegas.


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Stefan Zweig - Viena Áustria - 1881-1942

Este é o nº. 4 da excelente colecção Miniatura, dos Livros do Brasil, de que já estão publicados 9 volumes. Refira-se que esta colecção Miniatura era uma das pérolas da referida editora nos seus tempos áureos (anos 60 e 70 do século passado) e esta republicação é muito semelhante, para não dizer igual, tanto na capa como no tamanho (miniatura) e talvez até superior na qualidade do papel.

"A Novela de Xadrez" foi a sua obra derradeira, concluída pouco antes do seu suicídio, em Petrópolis, no Brasil em 1942; a sua mulher suicidou-se imediatamente após verificar que o marido, na mesma cama ao seu lado, já não respirava. 


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O casal como foi encontrado pela polícia: ele matou-se antes, por isso
as mãos cruzadas. A sua mulher, Lotte esperou para certificar-se de que
Stefan já não respirava, depois abraçou-o. Os tóxicos foram diferentes. 

4 - bom

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

"VIDAS" - BIOGRAFIAS, PERFIS E ENCONTROS - MARIA FILOMENA MÓNICA - LEITURAS 2018 - XXII

Vidas - Biografias, Perfis e Encontros

Quando um livro me agrada tenho curiosidade em conhecer toda a obra do autor. 

"VIDAS" é um livro que, conforme se poderá ler na contracapa, tenta demolir heróis, esquadrinhar as suas vidas, desvendar sentimentos. 

E, tal como os anteriores que já li, posso dizer que também este livro me agradou. 

Dividido em duas partes, século XIX e o século XX, este livro recupera textos sobre personagens tão díspares como a burguesa família Dabney, do Faial, os reis D. Pedro V e D. Luís, o capitalista conde de Burnay, "Os vencidos de vida" (definidos por Eça de Queiroz — um dos seus membros — como um grupo jantarista, congregando vultos da literatura e da política) ou os operários do têxtil, passando depois a retratar outros casos reais de um menor em risco e uma emigrante em Inglaterra, e acabando com uma série de perfis masculinos, entre os quais, o papa Bento XVI, o ri Juan Carlos, Clint Eastwood, José Sócrates, Francisco Louçã e Cavaco Silva.

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Maria Filomena Mónica

3,5 - interessante

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sábado, 1 de setembro de 2018

"PASSAPORTE" - MARIA FILOMENA MÓNICA - LEITURAS 2018 - XXI



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Não é este o primeiro livro que leio de Maria Filomena Mónica e realmente confirmei, se tal fosse preciso, que, para além de bonita, esta Senhora escreve bem!

Gostei destes relatos de viagens que a escritora efectuou entre 1994 e 2008.

Dá-nos, por exemplo, pormenores da cidade de Lisboa que certamente muitos lisboetas desconhecerão.
As pessoas, os lugares, os cheiros, são realmente bocados de escrita que me deliciaram.

O Algarve, o que de bom e mau ali tem acontecido, por exemplo uma curiosa descrição de Vilamoura, um local que tem um pouco de tudo, hotéis em forma de bolo de noiva, vivendas invocando um passado mourisco, prédios estilo Amadora, aldeamentos imitando ruas de Londres, moradias brincando ao neoclássico.


Alguns termos que são usados quase diariamente e que só agora soube donde derivam — o termo "moiro" (do latim MAURUS, os nativos da Mauritânia), com o qual nós, portugueses, ainda brincamos— os meus amigos do Porto é assim que me designam, era usado para descrever os habitantes árabes e berberes, de Espanha, de Portugal e do Norte de África. E muitas outras situações e termos que desconhecia. 

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Maria Filomena Mónica

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sábado, 25 de agosto de 2018

"ADEUS, ATÉ AMANHÃ" - WILLIAM MAXWELL - LEITURAS 2018 - XX

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Este não é só um grande livro será, porventura, o mais triste e mais doloroso que li até hoje.
Tristeza e mágoa foi o que senti quando terminei a sua leitura.

Não conhecia este autor, nascido em 1908, em Lincoln, Illinois, e morreu em Nova Iorque em 2000.

É um pequeno romance de 140 páginas primoroso. 

Numa quinta do Illinois, nos anos 1920, um homem é morto pelo seu melhor amigo e, ao mesmo tempo, rompe-se a amizade entre dois rapazes solitários. Nunca mais se falarão.


Simplesmente devastador o que acontece a duas famílias vizinhas cuja amizade era perfeita. A dor sente-se ao longo das páginas com a relação amorosa falhada entre a sua mulher e o seu maior amigo.
A tragédia abate-se assim sobre as duas famílias, sobre os seus filhos, sobre os seus animais. Um retrato perfeito das paisagens emocionantes daquelas misteriosas terras da América do século XX.

Fascinante! 



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William Maxwell  -  EUA  -   1908  -  2000
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sábado, 18 de agosto de 2018

"O ESCRITOR FANTASMA" - PHILIP ROTH - LEITURAS 2018 - XIX

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Desisto!

À página 65 não consigo avançar, falta-me a vontade de continuar a ler algo que não estou a perceber minimamente e que sinto que é uma leitura "sem rei nem roque".
Nunca tal me tinha acontecido com um livro de Philip Roth e, note-se, dos que estão traduzidos em Portugal, creio que ainda só não li dois, e de todos gostei, muito!

Terá sido talvez por isto (da eventual dificuldade na compreensão no livro), que Philip Roth tenha lançado, em 1975, uma colectânea de conferências, entrevistas e ensaios escritos ao longo dos quinze anos anteriores que aparenta ser a chave para a compreensão deste "O escritor fantasma". Talvez eu, depois de as ler, possa ter capacidade para compreender livro que achei tão difícil.  


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Philip Roth  -   EUA  1933 -  Maio 2018

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sábado, 11 de agosto de 2018

"CONTOS DE DOROTHY PARKER" - LEITURAS 2018 - XVIII

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Depositava muitas expectativas na leitura desta autora mas dos 17 contos que compõem esta colectânea não consegui ler senão 7.

São contos curtos que, pela constante ironia e humor de que estão recheados,  requerem concentração, mas nesta altura não a consegui —às vezes acontece—.

Realmente há períodos em que determinadas leituras não conseguem "passar" e este foi realmente um livro em que isso me aconteceu.

Poderá até ser um livro a que eventualmente poderei voltar mas é uma situação que comigo raramente acontece, pelo menos eu sempre que não consigo ler o livro à primeira nunca volto a ele — uma excepção foi "O Memorial do Convento" em que da primeira vez que lhe peguei larguei à página 50 mas na segunda tentativa li-o de uma só vez, e é um dos livros da minha vida—.

Dorothy Parker é, como se pode ler na contracapa, lendária pelo seu humor e pela sua ironia, Parker foi descrita como "uma das pessoas mais inteligentes do mundo e também uma das mais tristes".


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Dorothy Parker  - EUA  -  1893-1967
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domingo, 5 de agosto de 2018

"INSTANTÂNEOS" - CLÁUDIO MAGRIS - LEITURAS 2018 - XVII

Wook.pt - Instantâneos

São pequeníssimos textos (uma, duas páginas no máximo) que, como se pode ler na contracapa, compõem uma sequência cronológica em que são dissecados pequenos e grandes aspectos da vida quotidiana, da vida política e da nossa intimidade; isto é o que se pode ler na contracapa, eu, sinceramente, não consegui ver tal em nenhum dos referidos textos e só acabei de ler o livro porque não são muitas páginas e os textos são efectivamente pequenos mas, perdoe-se-me a ignorância, confesso que de nenhum tirei qualquer satisfação de leitura. 

É o 2º. livro que leio deste autor e qual deles o que menos gostei; dificilmente voltarei a este autor.

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Cláudio Magris -  Itália  -  1939

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sexta-feira, 27 de julho de 2018

"EMBALANDO A MINHA BIBLIOTECA" - ALBERTO MANGUEL - LEITURAS 2018 - XVI

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Gosto de ler livros sobre livros escritos por quem gosta de livros e por isso sempre tive curiosidade em ler os de Alberto Manguel, já que efectivamente é um homem que gosta de livros, vive para os livros, é um grande leitor e dono de uma grande biblioteca. Contudo, nunca um livro seu me satisfez e creio que após a leitura deste "Embalando a minha biblioteca" confirmo que efectivamente Alberto Manguel não é um escritor é realmente um grande leitor e um grande amante de livros.

De qualquer modo dos seus livros retiro sempre passagens interessantes:

-"O único método que leva comprovadamente ao nascimento de um leitor não foi, tanto quanto sei, ainda descoberto." - que verdade!

-"Quando a Mona Lisa foi roubada, em 1911, acorriam multidões ao Louvre para fitar o espaço vazio entre os quatro pregos que seguravam a pintura, como se a ausência tivesse significado em si mesma."

-"Há uma história acerca do magnata do cinema Sam Goldwyn, que tentou comprar os direitos de uma das peças de George Bernard Shaw. Goldwyn, fiel a si mesmo, não parou de regatear o preço e, incapaz de perceber a razão. "O problema, senhor Goldwyn, é que o senhor só se interessa pela arte e eu só me interesso pelo dinheiro."  

-"Ninguém que leia olha para um livro, mesmo um livro por abrir numa prateleira, como alguém que não leia." - Dickens

-"A felicidade alcançada pela leitura, como qualquer felicidade, não pode ser imposta.


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Alberto Manguel - n. Buenos Aires 1948

2 - li, mas não me cativou

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sábado, 21 de julho de 2018

"PÁTRIA" - FERNANDO ARAMBURU - LEITURAS 2018 - XV


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716 páginas, 125 pequenos capítulos (como eu gosto) de não mais de duas páginas cada um, "PÁTRIA" é um excelente livro. 
Com 25 edições e cerca de meio milhão de exemplares vendidos em pouco mais de um ano "PÁTRIA" arrebatou vários prémios literários em Espanha.

Folheando a Revista Ler desta Primavera de 2018 fico a saber que este é o terceiro livro que o autor dedica aos efeitos da violência etarra no País Basco. É um relato dos últimos 30 anos de violência e, curiosamente, cerca de 90% das mais de 800 vítimas mortais da ETA, foram assassinadas após o eclipse do franquismo, com o período mais mortífero a coincidir com os anos da transição democrática.

Num artigo da referida revista LER, dedicado a este excelente livro fico a saber que a 10 de Janeiro de 2011 a ETA anunciou um cessar fogo "permanente, geral e verificável", três palavras que nunca estiveram juntas em comunicados anteriores, Meses mais tarde, a 20 de Outubro, a organização decretou o cessar fogo definitivo. Cumprida a etapa de rendição de armamento em Abril de 2017, para o fim do terrorismo basco falta apenas à ETA anunciar a sua dissolução. Muito recentemente, a 21 de Fevereiro de 2018, foi tornado público que a organização submeteu à votação da sua militância uma "proposta política" que, embora não refira explicitamente a dissolução, fala num "final de ciclo cada vez mais evidente" e numa ETA que passará a ser "um agente que não interpela e não é interpelado". O passo final é esperado neste Verão de 2018.

Um grande romance em que o tema central será talvez o silêncio, conivente ou amedrontado que dividiu famílias inteiras, populações inteiras, amizades de toda uma vida destruídas, um silêncio imposto alicerçado numa cultura de ódio nacionalista.

É um grande romance, um relato impressionante e arrepiante. 


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Fernanddo Aramburu  - San Sebastian 1959

4 - bom

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segunda-feira, 9 de julho de 2018

"CENAS DA VIDA AMERICANA" - CLARA FERREIRA ALVES - LEITURAS 2018 - XIV

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Não foi a bela capa deste livro que me levou a lê-lo mas sim a excelente escrita de Clara Ferreira Alves. 

Efectivamente a capa deste livro é deliciosa. É a América de Edward Hopper. E, tal como muito bem salienta a autora nas primeiras páginas deste livro, os seus quadros estão saturados de silêncio e solidão, a pior das solidões, a que presume companhia. 

E que bem escreve CFA sobre os quadros deste grande pintor americano, nascido em 1882: "É uma América estática, que vai do princípio ao meio do séc. XX, com ruas principais, bombas de gasolina desertas, fins de semana em Cape Cood, motéis à beira da estrada, casas à beira da linha de comboio, manhãs tranquilas, noites pasmadas. É uma América branca, confortável, habitada por personagens que respiram o ar seco do desalento." -Só pelas descrições que Clara Ferreira Alves faz sobre os quadros de Edward Hopper já valeu a pena ler o livro-.

Clara Ferreira Alves é uma excelente jornalista; no Expresso é sempre a sua crónica que primeiramente vou ler.

Os textos deste livro, escritos entre 1995 e 2016, teem o brilho da sua escrita mas a grande maioria deles são demasiado datados, para não dizer ultrapassados, pois talvez mais de metade referem-se a crónicas sobre as eleições americanas (Bush, Obama, Clinton), e são situações claramente ultrapassadas, já para não falar na Guerra do Iraque, o que me deixou alguma frustração.


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7 - obra prima

domingo, 17 de junho de 2018

"REMÉDIOS LITERÁRIOS" - ELLA BERTHOUD & SUSAN ELDERKIN - LEITURAS 2018 - XIII


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Para quem gosta de ler, este interessante livro, organizado por ordem alfabética, em jeito de dicionário, apresenta uma grande variedade de opções literárias, incluindo um vasto número de listas, e quem gosta de livros adora este tipo de listas sobre os livros mais adequados a determinadas situações, fazendo até um resumo dos mesmos, o que permite ao leitor ficar a conhecer o tema de livros que, algures, já lhe despertaram a atenção mas que nunca teve oportunidade de folhear. 

Para as mais variadas situações são recomendados determinados livros, como por exemplo, sobre:
- o cansaço da cidade - "Um mês no campo" - J.L.Carr 
- sobre compras compulsivas "Terna é a noite" - F. Scott Fitzgerald 
- sobre a depressão - "A campânula de vidro" - Sylvia Plath 
- sobre o desemprego - "Crónica do pássaro de corda" - Haruki Murakami
- sobre a calvície - "A mosca da morte" - Patrícia Cornwell

As mais variadas listas:
- os melhores romances para os mais tristes 
- "Herzog" - Saul Bellow
- "Uma saída para Brooklyn"  - Hubert Selby Jr.
- "Alguma esperança e leite materno" - Edward St. Aubyn
- "Rumo ao Farol" - Virgínia Woolf
- "Revolutionary Road" - Richard Yates 

-os melhores romances para fazer chorar:
- A culpa é das estrelas" - John Green
- "Tess dÚrbeville" - Thomas Hardy
- A escolha de Sofia" - William Styron

Igualmente interessantes são as pequenas secções com dicas e ideias sobre a leitura (desistir a meio dum livro, ter um parceiro não leitor) elucidando o leitor qual, para este tipo de situações, a solução aconselhada.

É realmente tentador descobrir livros sobre os quais não tínhamos o mínimo ou nenhum conhecimento, e que passaram assim a ficar na nossa lista de previsíveis leituras. 

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as autoras deste livro

3,5 - interessante

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima

sábado, 9 de junho de 2018

"ESTAÇÕES DIFERENTES" - STEPHEN KING - LEITURAS 2018 - XII

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Desde que, há alguns anos, vi no cinema e, posteriormente, por mais do que uma vez na televisão, um grande filme, "Os condenados de Shawshank", fiquei logo na expectativa de ler o livro em que o filme se baseia ("Estações Diferentes"). 

Sempre que um filme se baseia num determinado livro gosto sempre de o ler.

Contudo, só agora consegui encontrar, numa biblioteca onde o requisitei, este livro de Stephen King, uma edição do Círculo de Leitores de 1999. 

O livro é excelente, ou melhor este conto, já que os outros três não são tão bons como aquele ("Os condenados de Shawshank") que deu origem a um dos melhores filmes de todos os tempos. Todavia, na minha opinião, ao contrário do que é costume nestes casos, o filme é melhor do que o livro.

Os outros três contos são:
- "A morte espreita"-um menino exemplar que "destapa" um antigo nazi que tenta desesperadamente manter-se no anonimato

- "A perda da inocência" - quatro rapazes e a sua viagem pelos bosques que se torna num ritual da perda da inocência

- "A técnica da respiração" - uma história macabra acerca de uma mulher determinada a dar à luz...


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3 - razoável

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima

segunda-feira, 4 de junho de 2018

"DICIONÁRIO DE COISAS PRÁTICAS" - FRANCISCO JOSÉ VIEGAS - LEITURAS 2018 - XI

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Uma selecção de textos publicados numa coluna que o autor mantém num diário matutino; são pequenos artigos, não mais de meia página, sobre os mais diversos assuntos da cultura à política, da sociedade ao desporto, personalidades nacionais e internacionais. 

Muito interessante ler e ficar a saber o pensamento e opinião deste homem da cultura (que, na minha opinião, só se precipitou relativamente ao novo Acordo Ortográfico à pressa com que deu o seu ámen). 

Por exemplo (Agostinho da Silva) - gente inculta e gente ignorante (são duas coisas diferentes).

(Aldous Huxley) - dizia que os factos não deixam de existir só porque são ignorados.

...é a tentação dos novos ricos que não distinguem entre informação e conhecimento, entre leitura e acesso à leitura

Um pequeno manual com muitas e interessantes leituras.

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Francisco José Viegas 
3 - razoável

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima

domingo, 20 de maio de 2018

"A CARNE" - ROSA MONTERO - LEITURAS 2018 - X

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Dolores e Soledad, duas irmãs gémeas que praticamente não conheceram o pai, cuja mãe parecia odiá-las e cuja infância foi praticamente  passada enfiadas num armário, trancadas durante horas entre casacos velhos, para fugirem da mãe.

Isso foi realmente a sua infância e, depois, a vida passou tão depressa. Agora Soledad estava com sessenta anos e a sua irmã gémea internada num hospício, praticamente enterrada em vida na sua loucura.


"A carne" é um romance que nos fala do passar dos anos, do medo, da morte, o tiquetaque do tempo é aqui muito bem retratado e é daqueles livros que deixamos com alguns sublinhados, por exemplo este:   "uma das ilusões mais generalizadas é a de pensarmos que não seremos como os outros velhos, que seremos diferentes."


É um romance audaz e surpreendente de uma excelente escritora. Dos livros que já li da Rosa Montero  (uns cinco ou seis) nenhum ainda me desiludiu.



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Rosa Montero  -  Madrid  1951



4 - bom

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima

segunda-feira, 14 de maio de 2018

"O ALIENISTA" - MACHADO DE ASSIS - LEITURAS 2018 - IX

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Esta pequena novela retrata muito bem o facto de o ser humano rotular os outros sem conhecer a pessoa.

Simão Bacamarte é o protagonista, médico conceituado em Portugal e Espanha, decide meter-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os.

Instalou-se em Itaguarú, onde funda a Casa Verde, um hospício, e abastece-o de cobaias humanas para as suas pesquisas.

Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa, etc etc..

Para o Dr. Simão Bacamarte a ciência era o seu universo e até chegou a internar a sua esposa, D. Evarista, pois, segundo ele, revelava algum desequilíbrio mental. 

Também o seu grande Crispim Soares, o boticário, não escapou ao internamento na Casa Verde. 

Foi o primeiro livro que li deste grande escritor brasileiro, e gostei! 

Este pequeno livro de 95 páginas é o nº. 5 duma colecção (Biblioteca de Verão) de 27 excelentes livrinhos pequenos e bonitos, que, em 2010, o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias distribuíam gratuitamente com o jornal de domingo.  


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Rio de Janeiro  1839-1908

4 - bom

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima