sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

LEITURAS 2018 III - "ENTREVISTAS DA PARIS REVIEW"



Da revista Paris Review, criada em meados dos anos cinquenta (1950...) por um grupo de jovens intelectuais americanos, Carlos Vaz Marques seleccionou e traduziu uma série de entrevistas de conhecidos escritores, publicadas em livro pela Tinta da China.   

Neste livro são publicadas dez entrevistas e é curioso verificar o que dizem alguns escritores sobre, por exemplo. as suas leituras.

GRAHAM GREENE - o livro de François Mauriac "Terésa Desqueyroux" marcou-o intimamente.
GG não quis ser escritor. Queria ser comerciante.

Que o principal responsável por WILLIAM FAULKNER ser escritor foi Sherwood Anderson.

Segundo TRUMAN CAPOTE, Henry James é o mestre do ponto e vírgula e Hemingway é um especialista de primeira água em parágrafos, 
Quando perguntaram a TRUMAN CAPOTE se lia muito, respondeu: demasiado e de tudo, incluindo etiquetas, receitas e anúncios e viciado em jornais. Gosto de policiais.

BORIS PASTERNAK - Admiro Hemingway mas prefiro aquilo que conheço de Faulkner, "Luz em Agosto" é um livro maravilhoso. Também sempre gostei de literatura francesa.

SAUL BELLOW - Não considero Hemingway um grande romancista. Gosto mais dos romances de Fitzgerald (O grande Gatsby).

JORGE LUÍS BORGES - Penso que todo o mundo de Kafka se encontra de um modo mais complexo nas histórias de Henry James. Acho que ambos pensavam o mundo como sendo simultaneamente complexo e sem sentido.

Em suma, são dez entrevistas com escritores bem conhecidos e que nos confessam algumas curiosidades, não deixando, por isso, de ser (um livro) interessante (e bonito, como são quase todos os desta editora); contudo, abaixo das minhas expectativas (que eram bem mais elevadas).



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Henry James  EUA  1843-1916
3 - razoável

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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

LEITURAS 2018 - II - HISTÓRIAS DE ALMANAQUE - BERTOLD BRECHT

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Bertold Brecht - Augsburgo-Alemanha  -  1898-1956 

São vinte pequenas histórias que, na maioria, não terão mais de três páginas cada uma, abarcando uma imensa variedade de situações humanas concretas, da Antiguidade aos nossos dias, encerrando quase sempre um ensinamento moral.

No início deste pequeno livro, de 125 páginas (duma interessante colecção Provisórios & Definitivos, das edições VEGA, que comprei por € 1 num alfarrabista) refere ainda o tradutor que nestas histórias - cujos cenários variados são os da caldeada experiência de um homem, Bertold Brecht, que a firmeza das suas convicções e a inclemência dos tempos em que viveu levaram a mudar "mais vezes de país do que de sapatos" - sentimos o homem e o escritor singularmente mais perto de nós.

São portanto pequenas histórias que radicam na descoberta de uma solidariedade humana fundamental: "Toda a criatura precisa da ajuda de todas as outras". É uma leitura muito tranquila já que estas crónicas são tão simples quanto breves, não deixando, no entanto, de serem significativas.

Nunca tinha lido nada de Brecht, gostei, mas não fiquei com uma imediata curiosidade, ao contrário do que acontece quando gosto muito de um autor, de ir à procura de mais livros dele, se calhar calhou...

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3,5 - interessante

0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima