Miguel Torga completaria o 113º. aniversário do seu nascimento (hoje - 12.08.2020).
Desde o princípio deste ano (2020), que se assinalam os 25 anos da sua morte.
Os diários de Miguel Torga foram publicados originalmente em edição do autor, em 16 volumes, entre 1941 e 1993.
Este diário que acabo de ler, inclui os volumes XIII e XIV, revela-nos o homem rude mas muito sensível e um escritor que nos maravilha (diz ele na página 226- Viram sempre em mim o que eu menos era-.)
Neste livro, tal como nos diários anteriores são narrados factos interessantes não só do seu dia a dia mas também factos da vida social e política portuguesa de então, e não só...
Gosto de diários! Não sendo este o melhor do Torga (dos que já li) lê-se no entanto com muita curiosidade e, passe o eufemismo, principalmente porque é um livro que se vai lendo e não "obrigatoriamente" de seguida.
Curiosamente, neste tempo de pandemia Covid 19, eu que pensava que poderia ler mais foi precisamente quando li menos.
Quando algo nos preocupa penso que o nosso sub-consciente revela inquietação e baixo nível de concentração, nomeadamente para a leitura.
Miguel Torga foi na realidade um grande escritor e foi mais um livro dele que esteve ao nível das minhas expectativas.
-pág.215 - Mas quem me lê, se ler bem, há-de ver que, desde os primeiros livros, só tenho tido um objectivo: ser mais fiel à minha verdade do que à minha imagem e dizer tudo sem nada explicar.
-pág. 78 - Existir não é fácil. É preciso perder diariamente a memória das más horas e renovar diariamente a esperança das boas.
3,5 - interessante
0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima