quarta-feira, 27 de outubro de 2010

o primeiro METRO


O primeiro sistema subterrâneo de transporte rápido é inaugurado na América, neste dia (27/10) de 1904 na cidade de Nova Iorque.

O Metropolitano abriu ao público às 19h00 e mais de 100 mil pessoas pagaram um cêntimo cada para uma viagem por baixo de Manhattan.

Hoje o Metropolitano de Nova Iorque é o maior do Mundo.

sábado, 23 de outubro de 2010

O FIM DO CINEMA MUDO

Faz hoje (23/10) sessenta anos que morreu Al Jolson.

Al Jolson, nome artístico de Asa Yoelson, (Lituânia, 26 de Maio de 1886 - S. Francisco, 23 de Outubro de 1950) foi um cantor e actor que se consagrou nos Estados Unidos, tanto no cinema como na música e notabilizou-se ainda por nos seus espectáculos aparecer muitas vezes pintado de preto.

Lituano de nascimento, tornou-se um dos grandes ícones da cultura popular dos Estados Unidos durante a primeira metade do século XX.

Emigrou para os Estados Unidos em 1893.

A sua carreira teve início no ano de 1909 como actor e cantor, principalmente em comédias, tendo até um papel de destaque no espectáculo “La Belle Paree”, na Broadway.

No entanto, a sua carreira cinematográfica será sempre lembrada pela sua participação no primeiro filme falado da história - "O Cantor de Jazz" - de 1927.

E foi com este filme sonoro que se iniciou a queda do cinema mudo, do Chaplin, do Pamplinas……. (a queda do cinema mudo que não do Chaplin nem do Pamplinas, porque esses são eternos).

terça-feira, 19 de outubro de 2010

OS LIVROS DA MINHA VIDA - I

“Viviam Ursus e Homo ligados por estreita amizade. Ursus era um homem, e Homo era um lobo. Entre as disposições naturais dos dois estabelecera-se convencional harmonia. Fora o homem quem baptizou o lobo. Provavelmente também escolheu o nome que usava: achando Ursus bom para si, julgara Homo bom para a alimária”
Foi este o segundo livro que li de Victor Hugo (O HOMEM QUE RI). Uma verdadeira pérola.


“Os Miseráveis” foi a primeira obra, bem no princípio da minha adolescência e que, sem dúvida, me injectou o vício de ler.
Seguiram-se outros, qual deles o melhor (Nª. Srª. de Paris, Han de Islândia, Os Trabalhadores do Mar, etc. etc..

Victor-Marie Hugo-Besançon (França), 26 deFevereiro de 1802-Paris-22 de Maio de 1885.

Inicio hoje uma conversa sobre os livros da minha vida, pelo menos aqueles de que mais gostei e que, de algum modo, a eles volto sempre. Sendo assim, teria mesmo de começar por Victor Hugo.

Tudo o que se relacionava com este grande escritor francês eu guardava, e num destes últimos dias, quando folheava a biografia de Victor Hugo, de Francois Mauriac, um livro muito antigo da editora Livros do Brasil (custou-me trinta escudos à época), (gosto de meter entre as páginas dos meus livros as mais variadas coisas, fotos, publicidade, recortes de jornais, revistas, só lá não meto notas do BP –por razões obvias-) e assim encontrei entre as suas páginas um recorte do jornal ABOLA, uma crónica de 1985 do jornalista Baptista Bastos em que falava de Victor Hugo e dele recordava esta frase lindíssima:
“A melancolia é a felicidade de estar triste”

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OK

Há pessoas que, por tudo e por nada, passaram a utilizar no seu discurso palavras estrangeiras (cross-selling, clains made, agreement, back-ground, program, training, dead line, feed-back, coaching, restrict sense, etc. etc…) que, por vezes, temos alguma dificuldade em entender. O mesmo, por exemplo, vem acontecendo nos comunicados das empresas na comunicação interna para os seus colaboradores, e até, infelizmente, nos telejornais, onde a linguagem deveria ser simples e perfeitamente entendível por todos e até uma "escola" de aprendizagem do português.

Estas expressões estrangeiras são por vezes perfeitamente desadequadas por não serem entendíveis pela grande maioria das pessoas (nem, porventura, por quem as soletra); enfim, um mau gosto provinciano revelador de um novo analfabetismo, que grassa por aí.

E há quem, na sua narcísica linguagem, corra o sério risco que correram os funcionários alfandegários norte-americanos, pouco letrados, que querendo indicar que as mercadorias verificadas por eles estavam em ordem, escreviam a giz aquilo que supunham ser as iniciais das palavras “all correct” –OK; contudo, este erro ortográfico, caiu bem no ouvido e a expressão generalizou-se e universalizou-se.


Claro que não foram o OK nem tão pouco o yes (palavras universais) que motivaram este meu escrito.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O NOBEL PORTUGUÊS

Quando passam hoje doze anos (8.10.1998) sobre a atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao grande escritor português José Saramago, recordo algumas palavras do seu discurso de laureado quando fez a leitura do Nobel no Salão Nobre da Academia Sueca, em Estocolmo.

Durante 40 minutos fez a leitura das 12 folhas que levou escritas e este discurso foi mais uma peça de literatura que acrescentou à sua obra. “O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. Às quatro da madrugada, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao campo meia dúzia de porcos.

E assim foi contando num português fiel a história de seu avô Jerónimo e de sua avó Josefa. Aqueles que “no Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para as suas camas, assim os salvando de uma morte certa

Foi um momento único para Portugal duma figura humana fiel às suas raízes, orgulhoso da sua origem humilde, um português de raiz!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

LUÍS AMARO - poeta

Muito jovem ainda conheci Luís Amaro, lembro-me que estava eu, no banco do Metro à espera da carruagem que me conduziria ao Rossio para depois apanhar o comboio para casa, e lia OS MISERÁVEIS de Victor Hugo, quando, sob a égide de São Sebastião da Pedreira (como ele gosta de referir) iniciámos uma conversa sobre livros e foi ali que efectivamente começámos uma longa amizade que tem sido fortalecida ao longo de todos estes anos.

Tal como consta no livro “PORTUGUESES CÉLEBRES – Quem é Quem”, editado pelo Circulo de Leitores, Francisco Luís Amaro, nasceu em Aljustrel, em 05.05.1923. Foi um dos fundadores e directores da revista ÁRVORE e colaborou em muitas outras revistas, nomeadamente na prestigiada SEARA NOVA . Foi secretário da revista Colóquio/Letras.

Tenho na minha frente o seu belíssimo livro de poesia Diário Intimo, recentemente reeditado pela & etc. ; leio na contracapa: “A vida Luís Amaro tem sido em grande parte dedicada à leitura, ao estudo e à divulgação da obra alheia. A entrega –a estimulante devoção- de Luís Amaro aos autores tornados "seus", conhecidos ou por conhecer, foi processada sempre em detrimento da obra própria, esta como que encoberta por um manto de pudor – virtude rara no fluxo das orquestrações ruidosas.”

Aqui deixo a minha homenagem a este grande homem das letras em Portugal, uma pessoa que tem vivido toda a sua vida para os outros, duma humildade absolutamente divinal e um grande amigo que tive a felicidade de encontrar nos caminhos desta vida.