quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

post-it





Andava eu à procura dum post-it (aquele pequeno papel amarelo com um adesivo de fácil remoção) para não me esquecer de que amanhã terei de comparecer num determinado local, às 10 horas, quando me lembrei de que este é um objecto muito recente e que se tornou quase indispensável nos nossos tempos e que seria curioso averiguar a história do post-it e colá-la aqui no kontestu.

A história dos post-it remonta aos anos 70 (mais precisamente em 1968) quando o cientista Spencer Silver estava a trabalhar nos laboratórios da 3M, em busca de uma fita adesiva resistente. Mas o que conseguiu foi uma cola de papel fraca e, por esse motivo, ninguém lhe deu importância. Até que, anos depois, outro cientista os usou para marcar passagens da Bíblia.

A moda pegou e actualmente o post-it existe em várias cores, tamanhos e feitios e é usado em todo o mundo. É um dos cinco artigos de escritório mais vendidos nos Estados Unidos.


sábado, 22 de fevereiro de 2014

MIRÓ/ARTE e não só



 

Não falando propriamente na polémica Miró/BPN, Mário Vargas Llosa refere num dos seus mais recentes livros, que acabo de ler, "A CIVILIZAÇÃO DO ESPECTÁCULO" algo que, de algum modo, se poderá aplicar àquela polémica. Passo a transcrever:

Marcel Duchamp - pintor, escultor e poeta francês - 1887-1968

"Desde que Marcel Duchamp, revolucionou os padrões artísticos do Ocidente estabelecendo que uma sanita também era uma obra de arte se assim o decidia o artista, já tudo foi possível no âmbito da pintura e da escultura, até que um magnata pague doze milhões e meio de euros por um tubarão preservado em formol num recipiente de vidro e que o autor, Daniel Itirst, seja hoje reverenciado não como o extraordinário vendedor de embustes que é, mas sim como um grande artista do nosso tempo.
 
 
 
Uma das performances mais abjectas de que há memória na Colômbia, foi quando o artista Fernando Pertuz que numa galeria de arte defecou diante do público e, depois, "com a maior solenidade", começou a ingerir as suas fezes.
 
 
John Milton Cage Jr. (1912-1992) compositor, teórico musical, escritor, admirador anarquista e artista dos Estados Unidos
 
 

 


 
E, quanto à música, o equivalente da sanita de Marcel Duchamp é, sem dúvida, a composição (denominada 4.33) do grande guru da modernidade musical nos Estados Unidos, John Cage, em que um pianista se sentava em frente de um piano, mas não tocava numa tecla durante quatro minutos e trinta e três segundos, pois a obra consistia nos ruídos que eram produzidos na sala pelo acaso e pelos ouvintes divertidos ou exasperados...."




 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

RODAPÉS NA TV



Frequentemente vimos em rodapé (na TV) erros de palmatória e de nos fazer corar. Já não falo na linguagem respeitante ao novo Acordo Ortográfico para o qual fomos atirados sem ter qualquer voto na matéria assim como se obedecêssemos a um nosso novo dono; acho que os portugueses foram confrontados com a situação dum modo em que apenas se limitam a ter de obedecer, em que parece não terem sido analisados senão as vantagens. Eu sei que não poderemos parar o vento com as mãos mas o que é certo é que eu verifico que muito frequentemente me vejo embaraçado em escrever uma determinada palavra pois a confusão por vezes instala-se, e com alguma frequência em determinadas palavras...

E devo confessar que, no início, até fui a favor do Acordo pois me pareceu que poderia facilitar as relações entre os PALOP, e até um factor de união dos países de língua portuguesa, mas a falta de informação e a confusão que o mesmo gera fez-me recuar um pouco. 

Mas o que quero falar é sobre os erros de palmatória que vimos frequentemente nos rodapés das várias estações televisivas.

Erros ortográficos são frequentes, palavras mal escritas são o dia a dia, algumas mesmo de bradar aos céus.

Já para não falar nos exemplos a seguir, pois são palavras que frequentemente são usadas mas mal aplicadas:


ONDE e AONDE são dois casos sintomáticos :
-AONDE - exprime movimento/direcção (aonde foste ontem)
-ONDE-indica lugar estático (onde estiveste ontem)

DESCRIMINAR-tirar o crime
DISCRIMINAR-separar (discriminação racial)

Oh que pena - (interjeição)
Ó João (chamamento)

Também vejo muitas vezes erradamente escrito PME's , PALOP's
já que as siglas não têm plural PME e PALOP aplica-se tanto no singular como no plural.

Quantas vezes não vejo (e ouço) erradamente escrita a palavra RUBRÍCA , é com acento tónico na penúltima sílaba e não rúbrica (como já li algumas vezes).

Há 6 anos atrás» (claro que não poderia ser à frente?) que ouço tantas vezes aos apresentadores...são realmente muitos erros e por isso me vem sempre à cabeça e penso no bem que me fizeram as inumeráveis cópias e ditados que fiz na instrução primária...claro que todos poderemos cometer erros, é humano, mas há erros e á erros...



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

RETORNADOS

O Retorno” de Dulce Maria Cardoso (Tinta-da-china)



Um grande, excelente livro sobre os retornados, de DULCE MARIA CARDOSO.
 
"O RETORNO" que aborda uma época marcante da nossa história e perante a qual, confesso, passei um pouco ao lado já que a idade e a ânsia de viver não se compadeciam com determinadas situações e todo o tempo era pouco para viver os meus vinte anos  
 
Este romance, que aconselho vivamente, foi premiado pelo Ministério da Cultura Francês, em 2012, e valeu à Autora o Título de Cavaleira da Ordem das Artes e das Letras, já que a obra teve um grande impacto em França e, particularmente, junto das Comunidades Portuguesas naquele País. Este Prémio concedido pelo MCF constitui uma das mais elevadas distinções honoríficas atribuídas em França com vista a homenagear figuras que se destacam pela contribuição para a difusão da sua cultura em terras gaulesas.
 
O Retorno já obtivera o Prémio Especial da crítica, o Prémio da revista Ler e o Prémio Blogtailors 2011. 
 
Dulce Maria Cardoso é originária de Trás-os-Montes, mas passou a infância em Angola, tal como os dois jovens protagonistas de O Retorno. De regresso a Portugal, licenciou-se em Direito vivendo, actualmente, em Lisboa.
 
O Retorno” é um romance que aborda o tema delicado e polémico que foi para Portugal a descolonização, o fim do Império Ultramarino e o conturbado regresso dos Portugueses que habitavam as colónias, após a Revolução de Abril de 1974. Nele está bem patente o violento choque cultural face à forma de viver na metrópole, já que está implícito um certo desprezo pela forme de viver, de ser e de estar dos portugueses da metrópole, do mesmo modo que os que cá estavam também reagiram negativamente à vinda destas pessoas a quem designavam (talvez até pejorativamente) de retornados.
 
Excelente, vale a pena ler.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

JEAN MARAIS

Jean Marais   1913-1998

 

Jean Marais foi um actor francês de cinema (também pintou, também esculpiu) muito em voga nos anos 60. No livro que ando a ler ("PAPÉIS DE JORNAL" de António Mega Ferreira) deparei com este comentário sobre este actor que, na minha juventude, ainda me empolgou com alguns filmes, nomeadamente sobre FANTÔMAS:

Em meados dos anos 60 uma tal Mme. Arnoux, diz ter visto em Paris, durante uma projecção privada do filme "Mourir à Madrid", na qual estava também, segundo ela, Jean Cocteau de mão dada com o seu amante Jean Marais....

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ABSURDO

 
ABSURDO:
 
 
-AFIRMAÇÃO OU CONVICÇÃO MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À NOSSA PRÓPRIA OPINIÃO-    
 
 
 
Ambrose Bierce -   EU  -  1842-1914



AMBROSE BIERCE - excelente contista, tem alguns livros editados em Portugal, nomeadamente um livro de contos