quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

JOVENS ESCRITORES PORTUGUESES III


















RUI CARDOSO MARTINS
"DEIXEM PASSAR O HOMEM INVISÍVEL"



Durante uma grande enxurrada em Lisboa, um homem - cego desde os 8 anos, advogado - cai numa caixa de esgoto aberta, situada junto da igreja de S. Sebastião da Pedreira. Na mesma altura, um escuteiro que regressava de uma actividade na mesma igreja é também arrastado para o mesmo esgoto. É a viagem de ambos, através de uma Lisboa subterrânea, enquanto cá fora são tomadas todas as medidas para os salvarem, que o autor nos conta neste segundo livro. Mas é também a entreajuda, a cumplicidade entre o cego e a criança, naquela terrível aventura. Pelo meio, as histórias de um ilusionista - Seripe de nome artístico, na realidade Pires ao contrário -, as recordações do homem cego do tempo antes de aquilo acontecer, a história de um camaleão que não acertava com a cor, e tantas outras tornam a leitura deste livro extremamente aliciante de mais um jovem escritor português.



RUI CARDOSO MARTINS - (Portalegre, 1967) é um jovem escritor, jornalista e argumentista português. Foi repórter e cronista no Público, e foi um dos fundadores das Produções Fictícias, sendo um dos escritores do programa Contra Informação da RTP1. Para o cinema escreveu o guião de Zona J e (em parceria) o da longa-metragem"Duas Mulheres". O seu primeiro livro, " E se eu gostasse muito de morrer", de 2006,, está na quarta edição em Portugal, tendo sido publicado também em Espanha e na Hungria. Este (Deixem passar o homem invisível") é o seu segundo livro, e foi premiado com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE-Associação Portuguesa de Escritores/Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas

sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL




É nesta época que me vejo menino, radiante e deslumbrado, era uma noite especial em que os olhos pareciam brilhantes, e como éramos felizes nesta noite mesmo com o sapatinho (à meia-noite) com meia dúzia de bombons, lembram-se...




Boas Festas para todos

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

JOVENS ESCRITORES PORTUGUESES - II























DAVID MACHADO
DEIXEM FALAR AS PEDRAS
Narra a história de Nicolau Manuel, preso no dia em que se ia casar e nunca mais voltou. Viveu na urgência de contar a verdade à noiva, Graça Penedo, que acabaria por se casar com o alfaiate que lhe fizera o fato do casamento (e não só...).
Outro livro que li quase ininterruptamente (excelente), doutro jovem autor português, que prenuncia bons livros, outras belas histórias.

David Machado- (Lisboa - 1978), ganhou o Prémio Branquinho da Fonseca 2005, da Fundação Calouste Gulbenkian/ Semanário Expresso, com o livro infantil A Noite dos Animais Inventados que a Presença publicou na colecção «Arca do Tesouro». Além de vários títulos infantis, David Machado publicou ainda, nas «Grandes Narrativas», o romance O Fabuloso Teatro do Gigante e o livro de contos Histórias Possíveis. Em 2004, publicou pela editora Coolbooks o conto O Fantástico Verão do Café Lanterna. É licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, de Lisboa.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

JOVENS ESCRITORES PORTUGUESES - I






















AFONSO CRUZ

OS LIVROS QUE DEVORARAM O MEU PAI

-Vivaldo Bonfim é um escriturário entediado que leva romances e novelas para a repartição de finanças onde está empregado. Um dia, enquanto finge trabalhar, perde-se na leitura e desaparece deste mundo. Esta é a sua verdadeira história — contada na primeira pessoa pelo filho, Elias Bonfim, que irá à procura do seu pai, percorrendo clássicos da literatura cheios de assassinos, paixões devastadoras, feras e outros perigos feitos de letras.-

Uma pérola, este belíssimo livro que se lê de uma só vez de ponta a ponta (apenas 128 páginas).



AFONSO CRUZ-(Figueira da Foz- 1971) - escritor, realizador de filmes de animação, ilustrador e músico.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

DURÃO BARROSO - pergunto




Sinceramente que ainda não percebi qual será o papel de Durão Barroso na Presidência da União Europeia... (se calhar ignorância minha, confesso)


- "riscará" alguma coisa?


- terá algum voto na "matéria" ?


- como é possível um líder ser tão apagado (pelo menos aos meus olhos) e não ter (ao que me apercebo) a mínima interferência em algo que se veja e


- ser (penso eu) apenas uma marioneta das Standards & Poor's, das Srªs. Merkel e dos Sr. Sarkozy's e outros que tais...


...e "fugiu" este indivíduo de Portugal para fazer uma figura destas...que, ao contrário de muitos outros portugueses espalhados pelo mundo, em nada nos prestigia, bem pelo contrário.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

José Mestre "O Homem Sem Rosto"






























Não sei quantas vezes me cruzei no Rossio com o José Mestre, e quantas vezes o vi no cruzamento entre Queluz e Amadora a regular o transito, mas sempre que o via algo de escuro me invadia, pensava como seria o sofrimento deste ser humano e como é que ninguém tomava providências para a resolução deste caso tão chocante; seguia o meu caminho mas com uma escuridão terrível dentro de mim que me acompanhava não só naquele dia mas também nos seguintes.
Entretanto, no passado sábado tive oportunidade de ver na SIC uma reportagem sobre a operação que, finalmente, ao fim de tantos anos, permitiu remover o tumor que lhe cobria o rosto e que já o cegava dum olho.

Parece que o Estado Português despendeu nesta operação à volta de € 60.000. Ora até que enfim um dinheiro bem empregue e com o qual, tenho a certeza, a totalidade do Povo Português concordará em absoluto, é para isto mesmo que os nossos impostos deveriam servir!


Apesar da operação já ter decorrido (creio que em Outubro de 2010) não quero perder a oportunidade de falar sobre ela mas fundamentalmente sobre a irmã do José Mestre.
Vi todo o filme com muita emoção e efectivamente não posso deixar de prestar aqui a minha homenagem à Guida (irmã do José Mestre), uma GRANDE MULHER, um GRANDE SER HUMANO, que deveria, esta sim, ser condecorada com uma grande Portuguesa um SER HUMANO absolutamente magistral e duma dedicação impressionante.


Permito-me relembrar (transcrevendo) alguma da história deste belo ser humano que poderá até ser feio por fora mas que é lindo por dentro como dizia a sua (bonita) irmã na reportagem a que assisti.

José Mestre nasceu com uma mancha escura mas aparentemente inofensiva na cara: "A mancha era lisa, mas começou a criar borbulhas e estas foram evoluindo até me consumir a face quase por completo e hoje só me resta um olho, do qual vejo mal", explicou José Mestre, à agência Lusa, descrevendo que tinha menos de 2 anos quando a mãe começou a peregrinação pelos médicos.
No entanto, a recusa de uma transfusão de sangue por ir contra as suas crenças religiosas, enquanto testemunhas de Jeová, adiou a cirurgia para remover o tumor. Uma malformação vascular e um angioma que foram progredindo, apesar de ter sido operado ao lábio inferior aos 14 e aos 18 anos.O angioma foi progredindo até que lhe chegou abaixo do pescoço, continuou a crescer, comprometendo-lhe a fala e a coluna e impossibilitando-o de trabalhar.
"Aos 14 anos eu ajudava numa drogaria e a partir dos 16 controlava o trânsito numa via de Queluz, onde então morava, tendo mantido essa ocupação até aos 46 anos, em acumulação com o Rossio, onde estou há mais de duas décadas", recordou José Mestre, numa entrevista que concedeu há três anos, à Agência Lusa.
Todavia, as reacções de quem passava nem sempre eram as melhores:"Há uma ou outra pessoa que se interessa pelo meu problema e vem falar comigo mas a maioria apenas quer tirar fotos e essa falta de respeito magoa-me", confessou José Mestre, acrescentando que também há quem lhe peça para "tirar a máscara". Outras pessoas fogem "agarradas à carteira como se tivessem medo que as fosse atacar e roubar", acrescentou então José com uma ponta de ira e de mágoa.
Pois finalmente José Mestre foi operado em Chicago, tendo-lhe sido removido um tumor de 40 centímetros e 5,5 quilos.
O tumor, que cobria a maior parte do rosto e punha em risco a vida de José Mestre, foi retirado depois de três meses de preparação em Chicago, nos Estados Unidos, tendo sido necessárias quatro cirurgias.
"Finalmente tem uma hipótese de levar uma vida mais ou menos normal porque, antes disto, (José Mestre) sentia que, apesar de nunca o ter pedido, era o centro das atenções em todo o lado".
A história começou no ano passado quando, em julho, José Mestre, então com 53 anos, foi convidado pelo canal de televisão Discovery para filmar em Londres um documentário sobre o seu problema.
O programa, intitulado "O homem sem cara", foi apresentado mostrando o rosto deformado do homem que costumava andar pela zona do Rossio, tendo o canal contactado dois médicos famosos nos hospitais de St. Bartholomew e de Broomfield para pedir opinião.
Ian Hutchison, o médico do St. Bartholomew consultado, ofereceu-se de imediato para fazer-lhe uma cirurgia inovadora, e de graça, para devolver a José Mestre o rosto que desde criança se vinha a deformar prometendo uma melhoria da qualidade de vida já que lhe possibilitaria respirar melhor, falar, comer e ver.
A maior dificuldade foi conseguir o acordo do próprio José Mestre que, como testemunha de Jeová, mostrou reservas em fazer a cirurgia.
No entanto, o facto de, nos últimos meses, o tumor lhe ter provocado cegueira de um dos olhos, além de ter coberto por completo a boca e a língua, levou a sua irmã a insistir na operação.
"Nenhum médico o queria operar, por isso, para ele, desde a primeira cirurgia que esta história tem um final feliz, porque ele nunca acreditou que chegasse aqui vivo", disse o tradutor à estação televisiva.
"Este foi provavelmente o maior tumor jamais retirado e, por isso, foi muito difícil fazê-lo sem deformar o rosto", explicou Ramsen Azizi, um dos cirurgiões que está a tratar do caso.
José Mestre já regressou a Portugal e, ao que parece, a família continuou a ser apoiada médica e financeiramente pelo hospital.



domingo, 4 de dezembro de 2011

HÁ MAR E MAR........






Alexandre O'Neill (grande poeta português) é uma daquelas personagens literárias(e humanas) portuguesas que sempre me despertaram curiosidade e interesse, fundamentalmente pela maneira como tão bem soube usar a ironia. Vi-o (cara a cara) muitas vezes em Lisboa, nos anos 80 (do século passado), lembro-me perfeitamente de o ver a descer do Príncipe Real para a pastelaria Alsaciana (junto à Imprensa Nacional); era um homem elegante, distinto e que tinha algo de misterioso, parecendo que viajava num outro planeta. António Alçada Baptista, um homem de que "saboreio" sempre com muito gosto os seus escritos, deixou-nos algumas memórias sobre o seu amigo Alexandre O'Neill:
-O Alexandre (para sobreviver) andou pela publicidade e nela pôs também o seu fluxo criador. Infelizmente, o público não estava ainda preparado para algumas das suas audácias como aquela do lançamento do metropolitano que ele propunha "Vá de Metro, Satanás".




O "Há mar e mar, há ir e voltar", tinha uma outra frase que não foi usada mas que eu acho melhor: "Passe um Verão desafogado".
Certo dia, um industrial do Norte, que fabricava os colchões Lusospuma, dirigiu-se-lhe e disse-lhe: tem que ir pensando numa frase para os colchões Lusospusma. O Alexandre não demorou nada: "Com colchões Lusospuma não se dá só uma"

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Thomas Carlyle e os livros




Os livros são amigos que nunca nos decepcionam



THOMAS CARLYLE-1795-1881 - escritor, crítico (satírico) e historiador inglês

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EMPRESAS E O PAÍS




















Desapareceram 1250 lojas de comércio, 720 imobiliárias e 423 restaurantes no primeiro trimestre deste ano (2011). Estas empresas fazem parte do grupo de 5013 sociedades que encerraram em Portugal, entre Janeiro e Março 2011, como consequência da crise económica e da simplificação dos processos de dissolução de sociedades.

A propósito das empresas deste país deve acrescentar-se que vivemos num país em que as empresas se assemelham a ele (exceptuando-se naturalmente as "familiares"), fundamentalmente muito por força dos seus gestores/integrantes, a grande maioria deles sem o mínimo de formação, sem o mínimo de carácter, "amassados" numa cultura individualista em que cada um só pensa em si, desprezando totalmente o interesse colectivo fazendo tábua rasa de todos os valores e ignorando sobretudo o facto de que só irmanados num objectivo comum se poderão alcançar os resultados para bem de todos. Obviamente, que neste naipe não poderão deixar de ser incluídos muitos trabalhadores, já que muitíssima gente parece não ter carácter, não ter um sentido profissional, não ter gosto pelo que fazem, nada fazendo para valorizar a profissão que exercem tornando-a digna e tornando-se eles próprios dignos e respeitáveis e quem não se dá ao respeito naturalmente que irá ser desrespeitado - todos temos direitos mas todos também temos obrigações!





O resultado está à vista....a começar pela personagem (o cliente BPN e amigo dos Loureiros, Duartes Limas e Oliveiras e Costas deste país) que rege os destinos deste bom povo à beira rio plantado, cujos ídolos são os Ronaldos (sou bonito, rico e grande jogador) e afins e em que as Teresas Guilhermes e quejandos são os grandes educadores do povo nessas inenarráveis casas dos segredos e similares.

Triste sina a deste povo que voga completamente à deriva sem rumo e sem nada nem ninguém que o guie ou motive.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

BIBLIOTECAS















Sou um frequentador de bibliotecas, sempre que me é possível.
Sinto-me muito bem e muito confortável numa biblioteca.
Aqueles sons, aquele silêncio doce que me proporciona e que me dá uma concentração e uma enorme boa disposição para usufruir duma das minhas paixões: a leitura.

Um bem estar indescritível.
Permito-me abordar aqui alguns aspectos sobre algumas daquelas que frequento com mais assiduidade.

-A Biblioteca do Montijo, a que mais tenho frequentado ultimamente, praticamente só para leitura domiciliária, é das únicas bibliotecas que conheço que não tem jornais diariamente. É uma biblioteca que parou no tempo!
Os ficheiros de consulta dos livros disponíveis ainda são naquelas fichas em papel, muito antigas. O pessoal, apesar de simpático e até disponível e prestável, parece mostrar uma grande tristeza com aquilo que faz (ou que não faz), vê-se que não há gosto, pelo que me apercebi, fiquei com a sensação de que há ali muito desconhecimento sobre aquilo que ali se "guarda"; é confrangedor constatar o desconhecimento duma funcionária que me encaminhou para o ficheiro quando lhe perguntei se tinha algum livro de Eugénio de Andrade (quemmmm? é português? é brasileiro? é melhor ir ao ficheiro), Camilo José Cela (mas esse é o nome do escritor ou do livro?)...as pessoas apenas parecem estar à espera da hora de saída (dá Deus nozes a quem não tem dentes)...livros recentes praticamente não há, nada está computorizado (isso até ainda poderia ser o menos), a renovação da leitura domiciliária tem de ser pessoal, não pode ser por telefone nem por e'mail (o que é isso?)... e uma burocracia de arrepiar, se a palavra funcionalismo público tem algum sentido pois aqui poderia aplicar-se com toda a propriedade.

-A Biblioteca da Amadora, de que também sou leitor (mas actualmente com menor frequência) é uma biblioteca com belíssimas, excelentes instalações, mas como eu costumo dizer, é um sítio aonde os reformados vão diariamente ler o jornal e os mais jovens vão "jogar" no computador (sem menosprezo para os factos, evidentemente). O pessoal é simpático, mas também não me parece grande conhecedor (pelo menos quando pergunto por algum livro noto quase sempre desconhecimento, característica que, estranhamente, para não dizer tristemente , parece ser comum a quase todas as bibliotecas), raramente tem novos títulos, raramente vejo um livro novo disponível. Confrontado com esta situação respondem-me quase sempre as funcionárias:

-não, não, olhe que todos os anos se compram livros novos só que estão no depósito

-mas há anos que estão no depósito, questiono eu, e porque não estão disponíveis ao público? e encolhem-me os ombros, sem que me consigam dar uma resposta razoável.

-Sou também um leitor frequente da Biblioteca de Torres Vedras, esta sim uma boa biblioteca, diariamente com jornais e revistas do dia, sempre com livros recentes, é moderna e plenamente computorizada, com espaços excelentes para uma concentrada leitura. A leitura domiciliária completamente desburocratizada (podendo fazer-se a renovação dos livros por mail ou por telefone), sem qualquer problema. Gosto imenso deste espaço arejado e muito simpático (tal como o pessoal, aliás).

-Sem dúvida que, para mim, a melhor de todas as bibliotecas que conheço, e não sei se não será a melhor do país, é a Biblioteca José Saramago, de Beja. Cinco estrelas. É uma biblioteca modelo, excelentes instalações, excelentes espaços para todos -dos 2 aos 100 anos-. Os funcionários muito simpáticos, muito prestáveis, dinâmicos, conhecedores e que até me têm aconselhado excelentes livros. Sempre, mas sempre com livros recentíssimos, aliás até têm disponível um caderno, em cima do balcão onde se levantam os livros, para os frequentadores sugerirem a compra de novos títulos.
Sou um frequentador assíduo e um leitor domiciliário constante. Presta um grande serviço à comunidade, um excelente distribuidor de cultura, um excelente trabalho. Bem hajam.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Padre António Vieira e os livros



O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive



Padre António Vieira-(1608-1697)-religioso, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Orador eloquente e defensor das mais nobres causas, o Padre António Vieira é um dos maiores clássicos da prosa portuguesa, tanto nos seus SERMÕES como na CORRESPONDÊNCIA

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A LAMÚRIA/O CHORADINHO

















Hoje levantei-me pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.

-Posso reclamar que está chovendo ou agradecer as águas que levaram a poluição
-Posso ficar triste por não ter dinheiro ou sentir-me encorajado para admnistrar as minhas finanças, evitando o desperdício
-Posso reclamar sobre a minha saúde ou dar graças por estar vivo
-Posso queixar-me dos meus pais por não me terem dado o que eu queria ou posso estar-lhes grato por ter nascido
-Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho
-Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um tecto para morar
-Posso lamentar decepções com amigos ou entusiasmar-me com a possibilidade de fazer novas amizades
-Se as coisas não sairem como planeei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar
Um novo dia está aí na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar a forma





Tudo depende de mim....

CHARLES CHAPLIN (Charlot)



terça-feira, 15 de novembro de 2011

CORAGEM





Tenho ficado agradavelmente surpreendido com a reacção de Cristiano Ronaldo às constantes provocações de que repetidamente, nos vários campos por onde passa, tem sido alvo.

E a sua reacção gestual (dos três dedos ao alto) quando, num treino antes do jogo da 1ª. mão na Bósnia, é perfeitamente natural e humana.

Gostei da sua corajosa declaração em terras bósnias, antes do jogo: NÃO TEMOS MEDO DELES.

Gostei da sua entrega ao jogo na Bósnia, da sua coragem e da sua bravura.

Foi digno do melhor do mundo e honrou a camisola que vestia.

Foi um digno CAPITÃO da Selecção.

Não gostei que, para melhor jogador do mundo, Carlos Queiroz (qual Miguel de Vasconcelos) votasse no argentino Messi - estou em crer que, nas actuais circunstâncias, nenhum argentino faria semelhante pequenez.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Graham Greene e os livros




A nossa vida é mais feita pelos livros que lemos do que pelas pessoas que conhecemos





Graham Greene-1904-1991-escritor e crítico literário inglês


Nota-Graham Greene terá lido muitos mais livros do que conhecido pessoas?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

LADRÕES DE LIVROS




A obra do escritor alemão (criado na América) Charles Bukowski figura em 1º. lugar como dos preferidos pelos ladrões de livros nos Estados Unidos.

Segue-se-lhe, no 2º. lugar, a obra do escritor norte-americano William S. Burroughs (igualmente pintor e crítico social), figurando o romance fundador da geração "beat, "PELA ESTRADA FORA", do norte-americano Jack Kerouac, no 3º. lugar.

Aparece em 4º. lugar "A TRILOGIA DE NOVA IORQUE" de Paul Auster.

Toda a obra do escritor britânico Martin Amis, nascido em 1949, ("Koba o terrível"-uma história de Estaline), aparece no 5º. lugar.

Curiosamente, ou talvez não, os dois primeiros lugares são ocupados por livros de escritores que levaram uma vida que sempre decorreu numa atmosfera fantástica e
grotesca com muito álcool e muitas drogas.

Os roubos de livros representam, nos EUA, 1,7% do volume de vendas.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Paulo Francis e os livros





Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo





PAULO FRANCIS - escritor, jornalista e crítico de arte brasileiro (1930-1997)



sábado, 5 de novembro de 2011

OS PARASITAS CELIBATÁRIOS



Há 20 anos que não sai de casa!


Um meu amigo de infância que vive só com a mãe, resolveu, por razões que só ele sabe e a ninguém explica, isolar-se do mundo, não saindo de casa há mais de 20 anos, não tendo tão pouco saído do seu quarto nos primeiros dez de isolamento. E, aos poucos, ali vai morrendo em vida um triste fantasma deitado, qual morto-vivo.


É uma situação para a qual nenhum seu familiar consegue encontrar uma razão, nem mesmo a sua Mãe que o deitou ao mundo.


Este é igualmente um dos males que atinge actualmente os jovens do Japão; são os “Hikikomori”-jovens que se retiram completamente da sociedade evitando todo o contacto com outras pessoas.


Estima-se que cerca de um milhão de jovens (entre os 15 e os 39 anos de idade, normalmente são rapazes), vivam trancados nos seus quartos, sem ir à escola ou ao trabalho, absolutamente incapazes de seguir o frenético ritmo de vida do país aí vivendo por sua própria vontade durante anos.


Como acontece muitas vezes entre os lares japoneses, os pais não forçam os filhos reclusos a saírem de casa, com a esperança de que o mal passe com o tempo.
É comum que a família se sinta envergonhada com a situação e esconda o facto.
Sentem-se tristes e quase não têm amigos, e a grande maioria dorme ou deita-se ao longo do dia, e vê televisão ou concentra-se no computador durante a noite.


No Japão, também lhes chamam parasitas celebatários.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AMIGOS





Que confiança no futuro (e nos homens) poderá ter um povo se o presidente do seu país tem por amigos uma corja de gananciosos, mafiosos, aldrabões, vigaristas, gatunos, ladrões e assassinos.................

sábado, 29 de outubro de 2011

Santo Agostinho e os livros





Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência







SANTO AGOSTINHO-filósofo, bispo e teólogo cristão. Nasceu no Norte de África (354-430).



Uma frase: Toma e lê (que se refere a uma circunstância solene da sua vida.......)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PICASSO





























Nasceu num dia 25 de Outubro, há 130 anos, em Málaga, Espanha.











Um dia Picasso estava sentado no aeroporto à espera de um voo para Nice e acercou-se dele uma senhora de meia-idade que, depois de lhe perguntar "o senhor é mesmo o Picasso, não é?" lhe pediu que lhe desenhasse o retrato enquanto esperavam.

Picasso rabiscou meia dúzia de traços num bloco cortou a folha e estendeu-a à senhora, dizendo "são 160 mil pesetas" (cerca de 80 contos à época).
A senhora escandalizou-se: "160 mil pesetas? Mas o senhor levou cinco minutos a fazer isto. Picasso, imperturbável, retorquiu "engana-se, para fazer isto eu levei 80 anos".

-Quando eu era pequeno a minha mãe dizia-me: "Se fores militar, hás-de ser um general. Se fores um religioso hás-de ser o Papa". Em vez disso, eu tornei-me pintor, e acabei sendo o PICASSO - (1881-1973)

sábado, 22 de outubro de 2011

UM ACTOR DE CINEMA - II

MARLON BRANDO - Parecia ser uma pessoa estranha, um homem misterioso, talvez até complicado nas suas relações, mas como actor de cinema, um gigante, absolutamente arrebatador.

Reli recentemente uma sua biografia donde extraí algumas passagens:

Sobre o grande Charlot -Charlie Chaplin era um homem terrível, era provavelmente o homem mais sádico que jamais conheci. Era um tirano egoísta e um avarento. Perseguia as pessoas (na altura da realização da CONDESSA DE HONG-KONG) quando chegavam atrasadas e pressionava sem piedade para trabalharem mais depressa. Tratava os seus filhos com extrema crueldade.
Ainda hoje o considero (Charlie Chaplin) talvez o maior génio que o meio artístico alguma vez produziu. Julgo que o seu talento é incomparável; fazia toda a gente sentir-se liliputiano. Mas como ser humano era, ao fim e ao cabo, um tipo com defeitos e qualidades, tal como todos nós.

Marlon Brando não poupa o povo americano a propósito do seu grau de cultura: Se dermos a escolher ao público entre Henrique V de Branagh e O Exterminador de Arnold Schwarzenegger, não é difícil prever a escolha da maioria. Se o montante investido na América fosse critério de gosto, então a grande maioria da nossa população identificar-se-ia com tudo aquilo que não presta.

Marlon Brando era, como já referi, um homem nada fácil, um indivíduo algo misterioso, mas de uma enorme coragem intelectual, ou seja, tinha a coragem de dizer sempre e em qualquer circunstância aquilo que pensava, coragem que, infelizmente, poucos possuem.

Era um Homem de coração enorme, um Homem bom. Defensor dos fracos, dos oprimidos, dos que não têm voz (o amigo dos índios retorquia o meu amigo Almeidinha quando, nas nossas conversas, eu falava com admiração deste actor).

Dizia ainda Marlon Brando: "Algo que, na minha vida, não deixa de me surpreender, é o facto de ter nascido (nos EUA), apenas sessenta e dois anos após um ser humano poder comprar outro ser humano"

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Charles Nodier e os livros




Depois do prazer de possuir livros, não há outro que seja mais doce do que falar sobre eles




Charles Nodier-escritor e pensador francês (1780-1844)

domingo, 16 de outubro de 2011

O QUE ANDO A LER























Conta-Corrente 2, é o segundo volume dum diário que Vergílio Ferreira publicou em nove volumes, durante treze anos e em que se refere a pessoas e factos conhecidos e reais, ocorridos entre os anos de 1969-1990
Deste 2º. volume retive algumas frases, pelo menos curiosas:


-A vida aprende-se vivendo


-Tudo o que é bom ou faz mal ou é proibido


-Muita gente escreve hoje à máquina/computador.Mas ainda se reconhece a assinatura nos notários


-Rarissimamente um grande escritor começa com um primeiro livro, mesmo que bom. Começa normalmente com o segundo ou o terceiro, que é o que o torna enfim visível o primeiro


-A única certeza da vida é a morte. E é a certeza em que menos se acredita


-Há pessoas que não gostam bem de viajar mas de poderem dizer que viajaram


-Um cão é uma criança que não cresce nunca


-A cultura, como a higiene, tem de se impôr à força. Abandonado a si, o homem não se lava. Mas depois descobre que é desagradável comer com as mãos sujas


-Em política não há palavra dada, há só a palavra que se vai dando


-O nosso horizonte não vai além da gamela

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Diógenes e os livros




Ter livros e não os ler é como ter frutos num quadro






Diógenes-412 a.c.-323 a.c. - filósofo Grego, que vivia em extrema pobreza (num barril em vez de numa casa) e que durante o dia deambulava pelas ruas carregando uma lamparina alegando que andava à procura de um homem honesto.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SEGUROS ORIGINAIS




Falemos hoje de seguros. Seguros que primam pela originalidade.

É o caso dos seguros para raptos por extraterrestres.

Existe no Reino Unido uma seguradora que comercializa uma apólice que protege os segurados no caso de serem raptados por extraterrestres. Mais de 30 mil pessoas já subscreveram estas apólices.

É uma apólice que, para além do rapto por extraterrestres, poderá ainda cobrir os danos causados por asteróides, fantasmas ou mesmo lobisomens.

Refira-se ainda que esta seguradora (Goodfellow Rebecca Ingram Pearson) ficou conhecida pela venda de 4.000 apólices, no final da década de 1990, que tinham como objectivo indemnizar mulheres virgens no caso de serem engravidadas por Jesus Cristo na sua segunda vinda à Terra no ano 2000.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

5 de Outubro de 2060


Comemora-se hoje, 5 de Outubro de 2060, -século e meio depois- a implantação da República em Portugal.

Neste mesmo dia, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Bernardim Eanes (bisneto do antigo presidente da República Ramalho Eanes), inaugurará (on linne) em Lisboa, na movimentada Avenida José Saramago, a estátua ao grande (e talvez o maior) comunicador da rádio portuguesa, Júlio Isidro, que nasceu no séc. XX e viveu grande parte deste século XXI.

Ao mesmo tempo, por limite de idade abandona a presidência da FIFA, o melhor jogador de sempre do futebol português, Cristiano Ronaldo, que completou setenta e cinco anos no passado mês de Fevereiro.


Foi hoje investido como doutor "honoris causa" pela Universidade do Porto (por proposta da respectiva Faculdade de Letras), o Prémio Nobel da Literatura 2057, o escritor Gonçalo M. Tavares.


É também neste dia 5 de Outubro que será efectuada a primeira viagem TVS, Lisboa-Madrid, em 30 minutos. Recordamos que no passado dia 30 de Setembro o TVG Lisboa-Madrid efectuou a sua última viagem (2 horas).

sábado, 1 de outubro de 2011

VICTOR HUGO e os livros



Há pessoas que têm uma biblioteca como os eunucos um harém




VICTOR HUGO-o maior e melhor escritor francês de sempre - 1802-1887 - absolutamente!




"OS MISERÁVEIS"-é leitura "obrigatória" em todo o Universo


"NOSSA SENHORA DE PARIS"-a beleza de Quasimodo (o corcunda de Notre Dame)


"O HOMEM QUE RI"-tão triste e sempre a rir


"HAN DE ISLÂNDIA"-o seu primeiro romance


"OS TRABALHADORES DO MAR"-a sua obra definitiva, o testemunho da sua maturidade literária; sublime


e todos, todos o seus livros são belos


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O PRISIONEIRO QUE REGRESSOU DO INFERNO


Impressionou-me esta imagem que o meu amigo VV me enviou há poucos dias. E impressionou-me porque revolveu o meu subconsciente trazendo-me à memória algumas imagens semelhantes duma época vivida por mim e pela minha geração.

É Dieter Dengler piloto da marinha norte-americana (de descendência alemã) abatido e capturado no Laos durante os primeiros tempos da guerra do Vietname (1966).

Dengler, que liderou e organizou a fuga dum campo de prisioneiros vietnamita com mais outros seis prisioneiros, tem o mérito e o crédito de ser o único soldado americano a ter resgatado um outro e a ter regressado da selva do Laos com vida, depois de salvo por soldados norte americanos ao fim de 23 dias de fuga.
Só ele e o seu companheiro Pisidhi Indratat escaparam.

Esta sua fuga do inferno já foi relatada em livro (Escape from Laos) pelo próprio Dengler e no cinema num documentário realizado em 1997 pelo cineasta alemão Werner Herzog e está novamente aí nos cinemas contada no filme "Espírito Indomável".

Dengler, que se tornou depois piloto de testes e sobreviveu a mais quatro acidentes aéreos, faleceu em Fevereiro de 2001, vítima de doença prolongada.

domingo, 25 de setembro de 2011

POR ONDE ANDEI EM 2010 - XIII







Ao longo deste ano de 2011 deixei aqui, em treze "apanhados" (ia chamar-lhe crónicas mas a tanto não me atrevo), as minhas opiniões sobre os livros que li em 2010. São opiniões naturalmente pessoais e nisto de leituras há muita subjectividade nos gostos, aliás o gosto da leitura é um gosto que se vai refinando, que se vai aperfeiçoando, que se vai aprendendo, livro que eu adorei há 20 anos e agora já nem tanto e o contrário também poderá ser verdade.

Há muitos anos, era eu ainda um adolescente, dizia-me um velho amigo melómano (paixão pela música): Ó Seve, isto da leitura é como a música clássica, aprende-se a gostar depois de muita, muita audição, tal como se aprende a gostar de ler, só lendo, lendo sempre.

Vou então abordar as últimas leituras que fiz em 2010, sempre sob a forma de "passeio", e daí voltar aos EUA com um dos meus escritores preferidos: PAUL AUSTER, e é com ele, através de "SUNSET PARK" que viajo para um bairro perigoso de Brooklyn, onde quatro jovens ocupam ilegalmente uma casa abandonada. São quatro vidas que o autor entrelaça em tantas outras para criar uma complexa teia de relações humanas, num romance sobre a América contemporânea e os seus fantasmas. Não foi dos que mais gostei deste belo escritor, daí permitir-me recomendar-vos antes deste, outros do mesmo escritor: "Mr Vertigo", "A Música do Acaso", "Timbuktu", "o Livro das Ilusões".

Embrenhei-me depois numa "BIBLIOTECA CHEIA DE FANTASMAS" livro de amor aos livros e para quem gosta verdadeiramente de livros, a paixão pela sua posse, a obsessão da leitura, o vício dos olhar nas estantes, de lhe passar os olhos com se todos os dias falássemos com alguém nosso, quem está sempre a pensar nas mil e uma maneira de arrumar os livros (por temas, por autores, por nacionalidades, etc.), não poderá perder este belo livrinho escrito por JACQUES BONNET.

"Estabelecer uma ligação é a capacidade de se identificar com as pessoas e relacionar-se com elas de determinada forma, forma que aumenta a sua influência junto delas", quem o diz é o perito em liderança e comunicação JOHN C. MAXWELL num curioso livro "TODOS FALAM POUCOS COMUNICAM". Agradou-me, sobretudo porque tem a ver com o meu dia a dia profissional, apesar de estar convencido que, nesta como em todas as áreas, é o tempo que nos traz os maiores ensinamentos.

E é através de uma "recolha" organizada por VASCO DA GRAÇA MOURA que fico a conhecer algumas "HISTÓRIAS PORTUGUESAS DE NATAL; O Portuense Ramalho Ortigão mostra-me como eram os dias de Natal nas décadas de 1800, quando grandes rebanhos de perús percorrem as lamacentas ruas de Lisboa, o meu conterrâneo Fialho de Almeida, da Vila de Frades (Vidigueira), conta-me a tristeza de uma noite de Natal Alentejana de uma velha sem ninguém. Raul Brandão fala-me do Natal dos pobres de Portugal dos princípios do séc. XX, Ferreira de Castro relata-me o Natal na sua terra (Ossela) e de muitos outros ouvi das mais belas histórias portuguesas de Natal. Foi este o último livro que li em 2010, e gostei.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mário Beneditti e os livros



Os leitores voltariam com gosto às livrarias sempre que não encontrassem apenas escaparates com os últimos best-sellers (porque dos penúltimos já ninguém se lembra)




Mário Benedetti-1920-2009-poeta, escritor e ensaísta uruguaio


(Recomendo-vos "A TRÉGUA")

terça-feira, 20 de setembro de 2011

EMOÇÃO


























Galgando quilómetros atrás de quilómetros, escutando a estrada (sem a ver), pensando na vida, quando de repente oiço, na rádio uma voz cheia de emoção, o Dr. Eduardo Barroso, célebre cirurgião português (e do meu clube) proclamando: "Os cirurgiões nos EUA são escolhidos não pelo coeficiente de inteligência mas sim pelo coeficiente de emoção".

Obrigado Dr. Eduardo Barroso, porque efectivamente sempre pensei assim, só com emoção se poderá ter êxito e gosto numa profissão (êxito não significa regalias). Todas as profissões são dignas, sejam elas quais forem, mas só se lhes daremos dignidade quando as desempenharmos com emoção.

E quase tudo o resto virá por consequência!

Sou uma pessoa de emoções (não de euforias) e sempre desempenhei as minhas tarefas com emoção, não sei se tenho tido, ou não, êxito na minha profissão (isso não me cabe a mim), mas que sempre o fiz com emoção máxima, disso estou perfeitamente convicto; aliás, como tudo na vida o fiz sempre com emoção.

Não sei viver doutra maneira!

domingo, 18 de setembro de 2011

Alexandre O'Neill e os livros



Uma obra não se explica, decifra-se



Alexandre O'Neill-1924-1986- o autor de "Há mar e mar há ir e voltar"-poeta e escritor português

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

OS MAL AMADOS - II













Do livro "Os Mal-Amados" de Fernando Dacosta, que ando a ler, já aqui transcrevi algumas passagens em que se falou de Raul Solnado e Fernando Pessoa. Hoje permito-me transcrever algumas passagens sobre outras duas grandes figuras portuguesas:


-Em termos comunicativos, Cunhal impunha-se como poucos. "O seu carisma funcionava, a sua imagem atraía pela seriedade, pela coerência".


Um dirigente da extrema-esquerda revelará que o então seu partido andou durante algum tempo a estudar o "tipo de mulher" preferido por Álvaro Cunhal.


O grupo pretendia infiltrar uma jovem na intimidade da dirigente comunista para lhe obter informações e confidências que permitissem atacá-lo. O estudo feito revelou que ele era especialmente sensível a "mulheres magras, angulosas, de seio frágil e temperamento forte". Nenhuma militante da associação aceitou, porém, representar o papel proposto. As tentativas ensaiadas goraram.se. A dura personalidade do visado inibiu-as de se lhe atirarem.

Quando se retira, delicia-se a ir com os netos (três) ao centro comercial de Cascais comer pipocas e hambúrgueres, ver cinema e jogar em computadores. "Gosto muito de ser avô, como gosto de ser pai, de ser companheiro, de ser irmão, de ser familiar empenhado no amor às pessoas que me são queridas. Também aos amigos. O amor e a amizade têm sido uma das grandes riquezas da minha vida".



Sobre Ramalho Eanes:


-"Um indivíduo com fome tem o direito de se apropriar do que precisa para sobreviver, isto é, tem o direito de roubar. O homem que está neste mundo é, pelo facto de estar, senhor dos bens deste mundo, se lhos retiram, deve assenhorear-se deles", diz-me Ramalho Eanes, ex-Presidente da República: "A revolução proletária não se esgotou com a morte do comunismo estalinista. Temos de retomar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora."