sábado, 5 de outubro de 2013

NADA É COMO ERA - (O QUE ANDO A LER IV)


Do livro que ando a ler (“ESTADO DE GUERRA” – Clara Ferreira Alves) retomo alguns excertos muito interessantes e que concerteza terão a ver com a vida de todos nós:
 

Sou reformada, fui professora, nunca casei e não tive filhos. Trabalhei a vida toda e tenho a minha reforma, posso comer, posso ainda ir ao cinema, posso ainda viver e pouco mais. Herdei a casa onde vivo, não pago renda, é um andar modesto mas é lá que gostava de morrer. Dantes as pessoas nasciam e morriam em lugares conhecidos e ninguém lhes prolongava a vida. Dantes as coisas duravam, estavam seguras, eram para a vida até à morte. Os meus pais estiveram casados mais de 50 anos. Tudo naquele tempo era vitalício, as promessas eram para manter, não nos mentiam tanto, e podia-se contar com as pessoas.

1 comentário:

  1. Dantes, tínhamos á sequência natural das estações. Dantes não havia o bulício das grandes cidades. Dantes, o vizinho do lado dava sempre uma mãozinha.
    Dantes, até tinhas amigos que visitavam este blog!

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