
Durante 40 minutos fez a leitura das 12 folhas que levou escritas e este discurso foi mais uma peça de literatura que acrescentou à sua obra. “O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. Às quatro da madrugada, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao campo meia dúzia de porcos.
E assim foi contando num português fiel a história de seu avô Jerónimo e de sua avó Josefa. Aqueles que “no Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para as suas camas, assim os salvando de uma morte certa ”
Foi um momento único para Portugal duma figura humana fiel às suas raízes, orgulhoso da sua origem humilde, um português de raiz!
Seve;
ResponderEliminarAinda bem que há portugueses para relembrar outros (grandes ou não) para que não caiam no esquecimento. Esta passagem do discurso do escritor, é um dos momentos ternos e humanos da sua vida e que ele soube explicar com todo o naturalismo numa cerimónia normalmente mais catedrática e nisto o escritor foi natural, sincero e humano.
Um abraço, amigo Seve.
Osvaldo
Não sei se o Sousa Lara concorda!
ResponderEliminarAmigo Severino,
ResponderEliminarSão Homens assim que fazem falta neste nosso Portugal que está nivelado pela mediocridade, pela ambição desmedida, pela desonestidade, corrupção, falta de referências credíveis etc.
O teu blog está com qualidade outra coisa não seria de esperar de ti.
Um abraço.
Almeidinha
Efectivamente acabei por descobrir em Saramago a sua grandeza literária pouco tempo antes da sua morte.
ResponderEliminarPara quem tinha apenas o Curso Geral do Comércio é de louvar tanta sapiência.
Saramago
ResponderEliminarExemplo de Lutador que fica na História Contemporánia, e deixou uma Grande Obra para todos tentarem seguir, o melhor possível, e sempre na defesa dos seus ideais positivos, independentemente dos credos de cada um.
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