terça-feira, 28 de setembro de 2010

PORTO


Dos meus tempos de criança, o que mais relembro do Futebol Clube do Porto, são os guarda-redes.

Do Pinho, que me parecia muito pequenino e gordinho.
Do Acúrsio Carrelo (era este o seu nome se a memoria não me atraiçoa) que também era vedeta no hóquei em patins.
Do Américo que me encantava com os seus voos, autêntico pássaro azul (embora este epíteto PÁSSARO AZUL pertencesse a outro GR azul, José Pereira dos Belenenses)
Do Barrigana porque tinha umas manápulas tamanho XXL, e a quem chamavam "o mãos de ferro".

E destes que não eram GR:

Do Cubillas, porque foi o jogador estrangeiro com o futebol mais subtil e mais melodioso que vi até hoje.
Do Pavão, que morreu em campo, num domingo à tarde, num jogo contra o Vitória de Setúbal, quando eu estava no serviço militar, precisamente no Porto em Arca d’Água.

Pois o Futebol Clube do Porto faz hoje precisamente 117 anos, a quem aproveito para endereçar os meus parabéns, e Saudações Leoninas.

Em Outubro de 1922, o emblema do F. C. Porto mudou o seu aspecto.
Da autoria de Simplício (Augusto Baptista Ferreira), jogador do clube naquela época, representa uma interessante simbiose do anterior símbolo com as armas da cidade

Nota:-Trabalhei alguns anos no Porto e posso dizer que este foi o local do País aonde, a par de Campo Maior, fui mais bem recebido. Um carinho, uma amizade, um espírito de solidariedade e entreajuda que jamais poderei esquecer. Ali conservo, felizmente, alguns bons amigos absolutamente inesquecíveis!

4 comentários:

  1. Amigo Seve
    Está certo o que indicas de Acúrsio Carrelo, faleceu a 09-Janº.-2010, com 78 anos, natural de Moçambique(ex-Lourenço Marques, actual Maputo), foi Internacional Português de Hoquem em Patins, ainda como praticante do Clube de Lourenço Marques, e posteriormente no FC Porto, e também Internacional Português em Futebol, jogando em ambas modalidades, como Guarda-Redes (FC Porto), Um Nome Memorial Grande, a recordar.
    Pavão (Fernando Pascoal das Neves), faleceu em pleno relvado do ex-Estádio das Antas, a 16-Dezº.-1973. Um dos melhores jogadores na época, na sua posição, e foi o seu 1º. Clube o Chaves.
    Frederico Barrigana, natural de Alcochete,importante Guarda-Redes, que passou no FC Porto e na Selecção Nacional em Futebol.
    Pinho, outro Guarda-Redes importante na Selecção e no FC Porto. Américo, um dos Magriços de 1966, também Guarda-redes (FC Porto), numa época onde se encontram os melhores do Jogadores desses Tempos, Bem Conhecidos, de Futebol e da Selecção Nacional, com Um Brilhante 3º Lugar, em Inglaterra, e Um dos Melhores Treinadores que esteve em Portugal, Otto Glória (Brasil), que orientou os Brilhantes Jogadores.
    Recordar-te, Seve, nesta Cidade-Porto, como Profissional Brilhante e Responsável, que és, não é fácil te igualar, e foi Importante Trabalhar Contigo, Obrigado.
    Um abraço.
    W

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  2. Jogadores brilhantes. Época dourada.
    Só foi pena, no tempo que passaste no Porto, não teres dado umas lições de humildade a Pôncio Monteiro.
    Abraço amigo

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  3. Porto-Cidade, é um local de Trabalho, Honestidade, Civilização-Educação. É grato se ler do Seve, que foi um dos locais, onde passou, em primeiro lugar, como Militar no quartel de Arca d'Água-Transmissões, actualmente, só existe o espaço, e posteriormente no teu Trabalho Profissional, onde relatas, a tua gratidão e saudade, de quanto valor, tem esta Cidade-Porto-Gente, fazendo sempre, elevar todos, que neste Local passam, para trabalhar e outros, sendo Uma Universidade para todos, e como Um dos Locais, que tem a Melhor Educação, Humildade e Um Todo Restante Fantástico. Só as Pessoas que passaram nesta Cidade-Porto-Região Norte, Importante do País, ficam sempre mais Habilitados, nos seus Currículos. Parabéns para Ti, por Saberes diferênciar os Locais Bons.
    W

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  4. No Porto como em Lisboa e em todo o lado existe gente fantásrica. eu próprio tenho grandes amigos no Porto e conseguimos perfeitamente separar esse fosso miserável que o futebol provoca.
    O que me custa francamente é que os adeptos mais ferrenhos e cegos não consigam perceber que todos os nossos clubes têm gente sem formação humana, ou que tendo-a, como o caso de Pôncio Monteiro, Eduardo Barroso e António Pedro Vasconcelos, (e nem falo do "nabo" do Silvio Cervan) não conseguem distinguir o preto do branco. Já Guilherme Aguiar e Rui Moreira (futuro bom presidente do FCP) não pautam pela mesma bitola e pertencem a outra Galáxia.
    Ei próprio andei afastado do Porto durante imensos anos porque me julgava sentir empurrado por gente que não era da minha cor. Claro que foi uma estupidez porque as gentes do Porto são efectivamente espectaculares e não se podem misturar alhos com bugalhos, nem destrinçar mouros de murcões. Hoje visito o Porto frequentemente e nele me sinto muito bem.
    Já agora e à laia de descompressão, os clubes da capital também são fartos em gente desta, mas para muitos fanáticos, admiti-lo é coisa de mentecaptos.

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