quinta-feira, 9 de novembro de 2017

"BLONDE" - JOYCE CAROL OATES - LEITURAS 2017 - XVIII


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As férias foram grandes mas finalmente  estou de volta com os livros que vou lendo.

Marilyn Monroe foi em toda a sua -curta- vida uma criança e uma mulher infeliz; nunca teve a vida que sempre desejou. 
Desejou ter uma família, mas o pai nunca o conheceu, a mãe cedo foi internada numa casa de saúde mental, teria Marilyn não mais de cinco anos, por isso mesmo cedo conheceu as agruras dum orfanato onde foi igualmente internada.

Contudo, Marilyn Monroe, ou melhor Norma Jean Baker (seu verdadeiro nome) nasceu com um dom: o de uma grande actriz de cinema e neste aspecto foi realmente grande.

Joyce Carol Oates foi quem me encorajou a pegar neste calhamaço de mais de 600 páginas, apesar de não há muito tempo ter lido uma extensa biografia de Marilyn, mas Joyce Carol Oates é uma grande escritora e daí o dito encorajamento..

É a vida de Marilyn Monroe, uma vida sofrida, uma vida tão curta, uma mente que se tornou doentia com tanto sofrimento que a vida lhe causou. 

Tal como se pode ler na contracapa do livro, Norma Jean Baker era uma rapariga normal. Mas foi sob o nome de Marilyn Monroe que o mundo a conheceu.  

Uma referência obrigatória na história da idade do ouro de Hollywood, Marilyn transfigurou-se numa lenda global, capaz de suscitar a curiosidade, a admiração e adoração de milhares de admiradores de sucessivas gerações.

Ao abordar a vida de Marilyn, Joyce Carol Oates construiu o livro mais ambicioso e empolgante da sua já longa e invulgar carreira.
Mais do que uma biografia romanceada, trata-se de uma viagem à voz mais intima de Marilyn. 

Percorrendo as páginas fascinantes de BLONDE, podemos redescobri a criança, a mulher, o mito, enfim, a estrela assombrada pelo seu próprio sucesso.

Marilyn foi uma mulher de uma sensibilidade imensa mas que viveu a vida de olhos fechados, tudo o que vinha à rede era peixe, por isso muitos homens a possuíram, incluindo o Presidente John Kennedy, episódio aqui muito bem retratado, pois relata alguns dos encontros que ambos tiveram tanto em hotéis como em casas de Verão de amigos do Presidente.

A sua relação com outros artistas que com ela contracenaram- adorava Clark Gable; Dean Martin desprezava-a pois o comportamento de Marilyn punha-o fora de si, pois era um comportamento pueril e egoísta, sempre a chegar atrasada e incapaz de se lembrar nos diálogos por desprezo ou estupidez ou seriam as drogas a destruir-lhe o cérebro obrigando Tony Curtis e os outros a repetições constantes.

A causa da sua morte ainda hoje é um mistério que continua por esclarecer, tal como o assassinato do Presidente Kennedy, situações que, indirectamente, parecem estar ligadas.

É um bom livro embora eu pense que seiscentas e tal páginas são excessivas, dado que haverá episódios que são demasiado densos e poderiam ser reduzidos. 

O mundo do cinema, com todas as suas crueldades está aqui muito bem retratado.


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