
Estes diários de MIGUEL TORGA (num só volume) abrangem o período entre 20 de Maio de 1953 e o Natal de 1959.
Os diários de Miguel Torga, estes como todos os anteriores que já li, não serão, para determinadas alturas, uma leitura alegre que nos deixe com boa disposição, até porque me parece que Miguel Torga seria um homem pouco "colorido", um homem da terra que parece falar a linguagem das pedras.
Parece estar quase sempre de mal com a vida e com os homens, são raros ou, que me lembre, nunca, em qualquer dos seus diários que já li, me conseguiu "arrancar" não mais do que um sorriso amarelo, a sua leitura da alma humana portuguesa é retratada por ele como mais ninguém.
Gosto de diários e por isso continuo a lê-los pois marcam determinadas épocas e ficamos a conhecer situações por vezes curiosas da vida portuguesa (ao tempo) que certamente desconheceríamos se não fosse por esta via.
Contudo, curiosamente, encontrei esta sua opinião (de 10.09.1953) que afinal me parece estar tão actual: "O milagre de Ataturk, a ocidentalização a martelo da Turquia, deu como resultado que em vez dum povo a mais na Europa, há um povo a menos no mundo. Um povo original, entenda-se."

0-li, mas foi zero
1-desisti
2-li, mas não me cativou
3-razoável
3,5-interessante
4-bom
5-muito bom
6-excelente
7-obra-prima
6-excelente
7-obra-prima
Sem comentários:
Enviar um comentário