quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

MEMÓRIAS DUMA NOTA DE BANCO





 



Estaríamos para aí em 1970 e lembro-me perfeitamente de ver este escritor à espera do comboio na gare da estação do Metro de São Sebastião da Pedreira em Lisboa, ao fim da tarde, depois da minha saída do trabalho.
Vinha eu com um colega mais velho, que me perguntou: sabes quem é aquele senhor que tem um livro na mão? é o escritor JOAQUIM PAÇO D'ARCOS, e, disse-me o meu colega, li dele um livro que te aconselho "MEMÓRIAS DUMA NOTA DE BANCO" é muito "engraçado"; foi precisamente a palavra dele que retive até hoje, e nunca mais esqueci o livro, muito menos o título que, desde logo me pareceu muito sugestivo e muito apelativo.

Joaquim Paço d'Arcos - 1908-1979

Na semana passada, passava por um alfarrabista que tinha lá um monte de livros a € 1, e, como faço habitualmente, procurei se havia algum que me pudesse interessar e lá estava, velhinho, edição muita antiga, este que quase me fez recuar no tempo cinquenta anos.

É mais um que, na prateleira, está em fila de espera, mas há situações na vida que retemos para sempre e este conselho do meu colega foi finalmente concretizado.

Joaquim Paço d'Arcos, é um escritor muito interessante, que viveu muito tempo nos Estados Unidos, em África e no Extremo Oriente, e fala muito nos seus livros dessa vivência como também descreve muito bem a sociedade lisboeta da época.

Joaquim Belford Correia da Silva, conhecido como Joaquim Paço d'Arcos




É um escritor demasiadamente esquecido, num país que frequentemente cultiva o desleixo dos seus valores.






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