sexta-feira, 8 de março de 2013

O PERFUME

 
 
"O Perfume", do escritor alemão Patrick Suskind, um livro que há cerca de vinte anos me fascinou e que foi publicado em 1985 (já vendeu mais de 15 milhões de exemplares em quarenta línguas), conta a história de um homem que possui um olfacto extraordinariamente apurado mas não possui cheiro próprio.




A história situa-se no século XVIII. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais:
 
  • ele não tem cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros.

  • ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Conseguia cheirá–los por mais longe que estivessem e armazenava–os todos em sua memória, também excepcional para relembrar aromas. Esse olfato é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional.

  • Sobre este romance, a páginas tantas do livro que ando actualmente a ler ("ESTADO CIVIL" o terceiro volume dos diários de Pedro Mexia, textos escritos para o seu blogue homónimo), encontrei uma curiosa (mas polémica) opinião da qual, por ser extensa, me permito transcrever apenas algumas passagens:

    -Nunca li O Perfume, porque sempre o ouvi altamente elogiado por gente que lê pouquíssimo ou só lê merdices. E confesso que suspeito bastante de romances que vendem quinze milhões de exemplares. A julgar pela versão fílmica, que vi agora, "O Perfume" parece um romance histórico de matriz gótica e propensão para a fábula. O filme é um europudim grotesco, previsível e preguiçoso, cheio de dinheiro mas sem nenhum talento, com um herói viciado em virgens cheirosas que mata para lhes guardar o cheiro, o qual tem um efeito muitíssimo poderoso sobre as multidões. Fiquei com a certeza de que nunca lerei tal romance.- 

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    6 comentários:

    1. E isso mesmo (versão fílmica) refere Pedro Mexia neste seu comentário, que transcrevi.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Vai de férias para Mafra ?
      ......não se esqueça de cortar o cabelo e aparar o bigode no Salão Marques e mudar de velas na Central Vulcanizadora do Alto do Pina.

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. Ó Leão, não vai para Mafra mas sim para Ponte de Ról (depois de cortar o cabelo, aparar o bigode e mudar as velas...)

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