quarta-feira, 26 de setembro de 2012

COERÊNCIA



Maria Teresa Horta, recusou receber das mãos do primeiro ministro Passos Coelho o prémio D. Dinis, com que o seu excelente romance, já abordado neste blogue,  "AS LUZES DE LEONOR" foi distinguido pela Fundação Casa de Mateus.
Os poetas Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto do Amaral constituem o júri fixo do prémio.

Sobre esta recusa disse a poetisa:

«Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro, que está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril, e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural. Sempre fui uma mulher coerente. As minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência. Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto [...] das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país
 
 
 

1 comentário:

  1. E fez muito bem. Há que manter a coerência em todas as situações da vida, e não apenas quando os ventos estão de feição.

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