quinta-feira, 5 de julho de 2012

POR ONDE ANDEI EM 2011 - X



Referia eu no passado dia 23 de Junho, relativamente aos livros que li em 2011, que me iria encontrar em final de Maio de 2011, com o grande escritor chileno, LUÍS SEPÚLVEDA e é sobre esse encontro que hoje resumidamente falarei (é o de chapéu nesta foto com o poeta argentino Juan Gelman).
Luis Sepúlveda é um escritor que parece escrever não só com o coração mas também com o estômago já que através das suas palavras escritas nos consegue comover intensamente, mas também fazer-nos arrancar sorrisos e até gargalhadas.


É através d"A SOMBRA DO QUE FOMOS" o seu penúltimo livro, publicado em 2010, que me consegui imiscuir nas vidas daqueles que regressaram do exílio chileno sem que tenham sarado as feridas de um passado marcado pela violência.
É um bom livro que se lê num ápice (160 páginas) e que me mereceu a nota 4-bom (de 1 a 7).




Entro no mês de Junho pela mão de RUI CARDOSO MARTINS, mais um jovem escritor português, de que aqui já falei anteriormente.

 
Rui Cardoso Martins apresenta-me António, um advogado cego devido a um acidente desde os seus sete anos de idade, e um escuteiro com oito anos e com uma personalidade fantástica, que num dia de chuvadas torrenciais caiem ambos num buraco provocado por uma enxurrada, num túnel antigo e assim vão percorrendo a cidade de Lisboa à procura da salvação acontecendo-lhe as mais variadas peripércias. Nesta busca pela salvação desenvolvem uma relação de amizade intensa e ambos vão passando em revista a vida de cada um.
"DEIXEM PASSAR O HOMEM INVISÍVEL"é um livro que me prendeu do início ao fim e que recomendo.Nota 4-bom (de 1 a 7).
Estamos na primeira semana de Junho de 2011 e mais uma vez me irei encontrar, pela pena de um dos meus escritores preferidos (Philip Roth), com um velho conhecido dos seus livros: Nathan Zucherman, nesta altura um senhor de setenta e poucos anos de idade que mora há uma década longe da sua New York natal, escondido numa pequena cidade, escrevendo seus livros sem acompanhar os acontecimentos do seu tempo e praticamente sem vida social -um verdadeiro eremita, impotente por conta de um cancro da próstata e com todos os efeitos que daí derivam.
Este "FANTASMA SAI DE CENA" é uma tocante reflexão sobre a velhice que mais uma vez me deliciou (sou suspeito porque gosto de todos os livros dele, reconhecendo no entanto que este não será o melhor) . Nota 4-bom (de 1 a 7). 
PHILIP ROTH é, na minha opinião, o melhor escritor americano (vivo).



Estamos no fim da primeira semana de Junho (2011) e vou tomar nas mãos a bagagem do viajante e encontrar-me com o meu preferido escritor português (na foto os pais dele).
Acontecerá esse relato num dos próximos escritos de que aqui pretendo deixar memória.

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