sábado, 23 de junho de 2012

POR ONDE ANDEI EM 2011 - IX

Não sendo propriamente um balanço, pois esses fazem-se normalmente no final de cada ano, é com este título (por onde andei) que falo sobre os livros que li no ano transacto, neste caso em 2011. E o título tem a ver com o facto de que ler é, para mim, como que viajar por outros sítios, conhecer outras gentes e outras culturas, enfim ler é viajar, sonhar, amar e tudo o que os homens se desunham para destruir.

Philipp Roth é um dos meus escritores preferidos, e o livro (A MANCHA HUMANA) faz-me viajar para os EUA e ali conhecerei o professor e reitor da Universidade de Athena, um homem que foge às suas raízes procurando ludribiar o seu passado que lhe agrilhoava os planos de vida, tornando-se professor e reitor na Universidade de Athena. No final da sua vida, o seu impecável percurso académico é manchado por uma acusação de racismo.
É mais um livro entusiasmante deste belíssimo escritor norte americano, felizmente ainda vivo. 
Livro notável, pelo que, numa classificação de 1 a 10, dou-lhe 7 estrelas.

Estamos em Maio de 2011 e é através dum novo escritor português, o jovem Gonçalo M. Tavares, para o qual só tenho uma palavra: bom escritor? mau escritor? aborrecido? nada disto, eu gosto imenso e a única palavra que encontro para  descrever a sua escrita é desconcertante, absolutamente desconcertante a sua maneira de escrever. Entusiasma-me a sua maneira de escrever. E, permito-me salientar, uma pessoa simpática com quem já tive oportunidade de trocar umas breves palavras no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.

"UM HOMEM: Klaus Klump" é um romance que me apresenta Klaus Klump, um homem forte, filho de famílias ricas, homem que se manterá sempre no centro de conflitos, quer esteja de um lado ou de outro. Com ele se cruzará também uma mulher forte - Herthe - alguém que fará tudo para se manter sempre no lado dos que vencem. Este é um dos romances que faz parte de um conjunto de romances cujo tema central é o mal (os também conhecidos livros de capa preta).
Vale a pena conhecer a escrita deste novo valor das letras portuguesas.  
5 estrelas (de 1 a 10) para "UM HOMEM: Klaus Klump".

Estamos a chegar ao fim de Maio de 2011, e o escritor Chileno Luis Sepúlveda relata-me uma história carregada de memórias do exílio, de sonhos desfeitos e de ideais destruídos pelo golpe de estado de Pinochet. Luis Sepúlveda é um homem que escreve como vive: com o coração e o estômago, um homem com quem gostava de beber uma cerveja e trocar umas palavras.
Com ele regressarei quando voltar a esta tema numa próxima oportunidade.



 

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