sábado, 11 de junho de 2011

A GREVE DOS MAQUINISTAS DA CP














A greve dos maquinistas da CP é uma situação que parece arrastar-se ad aeternum, e nem mesmo o facto de a que estava prevista para todo este mês de Junho ter sido desconvocada à última da hora, deixa de ser uma situação que merece uma reflexão.



No entanto não será, honestamente, uma situação fácil de ajuizar (nem é esse o meu propósito), sobretudo para quem está de fora e não conhece os meandros de todo este imbróglio; contudo o que aqui me proponho trazer é o que julgo ser também o pensamento da maioria das pessoas e sobretudo daqueles que são mais penalizados com este eterno impasse, nomeadamente os utilizadores do "cavalo de ferro".



É efectivamente um caso, esta misteriosa/enigmática/secular/impopular greve dos maquinistas da CP.

É algo que me põe a pensar, e que tenho cada vez mais dificuldade em compreender, já que é uma situação inoperante que se arrasta há quase ou mais de 40 anos anos; é verdade quarenta anos, pois recordo-me perfeitamente (porque o senti e muito na pele) que no princípio dos anos 70 do século passado (que lonjura, meu Deus...), quando trabalhava na baixa lisboeta (e estudava à noite) já sentia os tremendos efeitos negativos desta "dinossaura" greve e que naturalmente tinha (e certamente continuará a ter) repercussões muito negativas sobre a vida das pessoas que diariamente, se deslocavam para trabalhar; lembro-me que muitas vezes viajei pendurado nas carruagens, pondo até em perigo a própria vida e isto sem exageros (não era ó Kim?...)

Parece ter qualquer coisa de secreto esta greve dos maquinistas da CP que acontece com uma regularidade impressionante.

Ou esta é mesmo uma luta muito difícil ou então é um agradável braço de ferro (servindo afinal os interesses não se se sabe de quem), que parece passar de pais para filhos e em que sobretudo parece imperar o egoísmo.



É uma situação que parece reflectir uma absoluta incapacidade, inoperância, incompetência dos intervenientes.



Esta empresa pública de transportes ferroviários, que tem um prejuízo de 195 milhões de euros, e em que ainda recentemente veio a público que cinco gestores têm uma frota de automóveis Mercedes cuja renda anual ascende a cerca de 55 mil euros, parece ingovernável.

3 comentários:

  1. Seve, a greve é de facto um direito, de se mostrar descontentamento.
    É de lamentar que estas lutas se fraccionem ao longo de anos sem se alcançarem os objectivos propostos.
    O certo é, quem paga os passes, são as principais vítimas. Falta vigor, persistência e muito sacrifício, nestas "lutas".
    Mantenho ainda em memória viva aquela célebre greve dos mineiros em Inglaterra.
    um abraço
    jrom

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  2. Efectivamente assim era e assim continua a ser!
    A greve é uma arma de dois gumes. Uma vez serve para nos defender, outra, para nos matar. Mas quem se "lixa" é sempre o mesmo.
    Lorca disse um dia - mais vale morrer de pé que viver de joelhos!
    Assim sendo ...

    KIM

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  3. Greves, é uma das “armas” do Povo Democrático, e elas só aparecem, porque quem nos “governa” e outros, sabem perfeitamente, como onde fazer, para cada vez, mais explorarem as Classes Trabalhadoras, afinal Aqueles, que Produzem Riqueza, mas que nada recebem, só sacrifícios…
    É evidente que Este Tipo de Luta, além de Democrática, tem as suas Funções, e para Elas não aparecerem, os interessados, para que Elas não surgem, têm de se Unirem, para ajudarem a existir melhor Regalias, o que uns não a querem, outros a “criticam”, mas Quem está metido nas “malhas”, é que sofrem, pois além de Lutarem para todos os bens Sociais, também são vítimas, pois ninguém lhes pagam os tempos e horas, que perdem no seus magros salários, mas muitos, tiram benefícios, da Luta dos Outros…, sempre assim foi e será…
    Aos Ricos, nada lhes faltam, e os pobres, estão munidos das “armas” legais, para procurarem melhores regalias.
    Por vezes, existem “greves”, munidas e fantasiadas pelos os interesses dos mais favorecidos, e aqui, há que saber distinguir, greves de “greves”…
    W

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