terça-feira, 14 de setembro de 2010

OUTROS TEMPOS

Era no tempo em que só o treinador não falava português, precisamente ao contrário do que acontece actualmente, em que só o treinador fala português (isto na maioria dos clubes portugueses - felizmente, não acontece no meu SPORTING - avis rara).

Nesta época (1971/1972) poucos estrangeiros jogavam nos clubes portugueses e este SPORTING é sinónimo disso mesmo; apenas um Luso-Brasileiro (Wagner-é o segundo da esquerda-de costas).

Da esquerda para a direita:

PEDRO GOMES (actual comentador da TSF) - defesa direito muito rápido, num estilo muito semelhante ao Secretário (ex-FCP, que, curiosamente, foi júnior do Sporting), mas melhor
WAGNER-veio de Setúbal, luso-brasileiro, excelente pessoa; centro-campista, muito habilidoso
BASTOS- já falecido (creio que há cerca de 3 anos, teria 56). Defesa Central de grande envergadura, quando tinha 18 anos mais parecia ter 40 (barba cerrada-até metia medo), aqui teria 20, (morava no Largo da Graça em Lisboa).
CARLOS PEREIRA - foi adjunto de Paulo Bento o ano passado, é irmão do maior descobridor de talentos em Portugal, Aurélio Pereira e nestes tempos morava na Venda Nova-Amadora; um bom defesa esquerdo, creio que terminou a carreira nos Belenenses.
PINHAL – Guarda Redes – perdi-lhe o rasto
TOMÉ - trabalha no V. Setúbal (ou pelo menos foi funcionário) e é simultaneamente um grande adepto do SCP, teve um café em Setúbal junto à ex-Delegação da VICTORIA-Seguros, ao lado da Rodoviária Nacional.
Ronnie Allen, treinador, veio de Espanha e foi despedido após época vergonhosa - o que, infelizmente, foi comum no meu Sporting, na década de 70
Nuno Machado (actual consultor de seguros em Lisboa) - grande talento que passou ao lado de uma grande carreira, os empresários ainda estavam para nascer e, se calhar, por isso mesmo ainda existia o amor à camisola, um jogador incendiário, quando arrancava tinha uma força...... terrível ponta de lança (fez dupla no início da carreira, com o seu irmão).
ÁLVARO JORGE – Chefe electricista, já reformado
JOSÉ CARLOS - vive em Lisboa e acompanha o SCP dia a dia, começou na CUF (Companhia União Fabril- actual FABRIL) e era um grande defesa central. Fez-se crer maldosa e injustamente que por sua causa não fomos, em 1966, campeões do mundo, que ofereceu o 2º. golo ao Bobby Charlton, aos 37 minutos de jogo-grande central- as seculares rivalidades Benfica/Sporting criavam estas desagradáveis situações.
Faltam ainda o Hilário (já em fim de carreira), também (na altura) português (creio que de Angola), considerado talvez o melhor defesa esquerdo português de todos os tempos e ainda o Alexandre Baptista – grande Defesa Central do Mundial 1966 - ilustre economista.

2 comentários:

  1. O futebol, era outra coisa, nessas épocas,apesar de coisas, que ainda vão permanecendo, que dividem Norte/Sul, prejudicial e lamentável, mas assim os pensadores, continuam-se a portar como tal, em prejuíso dos interesses maiores, que é boas práticas, de saber jogar à bola, com os pés.

    O "amadorismo", era mais profissional e apego aos clubes, dos jogadores que os representavam, hoje, é uma indústria...

    W

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  2. Este post veio fazer-me lembrar o quanto deveria passar a ser obrigatório todos os clubes não poderem jogar com mais de 50% de estrangeiros.
    É uma vergonha e uma perda de identidade nacional o que está a acontecer por todo o mundo.
    Parabéns ao Sporting pelo trabalho que tem desenvolvido nas camadas jovens.

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