segunda-feira, 4 de julho de 2016

"A CANETA QUE ESCREVE E A QUE PRESCREVE" - LEITURAS 2016 - XXVI


Acabo de ler uma interessante antologia que reune uma selecção de textos literários sobre doença e Medicina, agregando excertos representativos das diferentes épocas da literatura portuguesa, que vai do século XIII (Pedro Hispano 1210-1277) até à actualidade, passando, entre outros, por Fernão Lopes, D. Duarte, Gil Vicente, Garcia de Orta, Fernão Mendes Pinto, Padre António Vieira, Bocage, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Aquilino Ribeiro, Florbela Espanca, Vergílio Ferreira, José Saramago, Gonçalo M. Tavares, entre muitos, muitos outros grandes escritores.

Estes textos mostram como a representação da doença acompanhou a produção literária ao longo dos séculos. São cento e trinta autores que aqui expõem a doença e a medicina ao longo de mais de setecentos anos, mostrando-nos situações estranhas, quase aberrantes, de desamparo e de fragilidade provocado pelo sofrimento físico ou anímico e as várias práticas doutros tempos em que, por vezes, a medicina era praticada por ferreiros, barbeiros e outras profissões.   

Esta selecção de textos sobre a doença e medicina na literatura portuguesa, foi organizada por Clara Crabbé Rocha com a colaboração de Teresa Jorge Ferreira, com prefácio de Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, que proporcionou a organização destes textos.   

Miguel Torga - o título deste livro foi extraído do seu Diário


 

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