quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O QUE ANDO A LER




O título deste post já está ultrapassado porque entretanto já acabei de ler "FREDERICO GARCIA OU EXISTÊNCIA INACABADA" de J.M.COURINHA.


*É o primeiro livro deste jovem autor que vive actualmente em terras do Baixo Alentejo.


Eis uma daquelas agradáveis surpresas que, quando as expectativas são baixas, e quando menos esperamos, nos surge um livro que nos prende, página a página, fazendo-nos às vezes parar para pensar e para meditar. É a história de três amigos da província, das suas vidas, dos seus percursos distintos e fundamentalmente de três naturezas divergentes. Três excelentes personagens, três vidas excitantes: Frederico, uma personalidade ímpar através do qual podemos avaliar várias formas de percepcionar a existência de cada um, as suas tristezas, alegrias, objectivos, segredos, sonhos e vícios secretos; Bruno, o menino pobre, filho de uma doce mãe e de um pai troglodita que a assassina e, sem dúvida a personagem mais forte, o Sr. Rebelo, alguém que sempre adoraríamos encontrar na vida e de quem é impossível não gostar-o mundo seria melhor se todos tivéssemos o despreendimento e a humanidade de Don Rebelo-.

Gostei deste livro recentemente editado (Setembro de 2011).






*Nota:-A propósito de ser o primeiro livro deste jovem escritor permito-me aqui transcrever o que, sobre o facto, dizia Vergílio Ferreira (que já tive oportunidade de dizer ao próprio autor):-rarissimamente um autor começa com um primeiro livro, mesmo que bom-Começa normalmente com o segundo ou terceiro que torna enfim visível o primeiro.
Por isso Courinha, vamos ao segundo e ao terceiro.


5 comentários:

  1. Seve, só faltava aparecer um escritor no Baixo Alentejo para se poder afirmar, com ênfase, que este cantinho nacional é poiso de gente grande.Não estás de acordo ? Percebeste?

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  2. Mas ó amigo Galriça, quase me apetecia dizer que escritores alentejanos são aos moitões, recorde-se por exemplo, um da tua terra (Évora), Garcia de Resende (1470-1536), sendo a sua obra mais conhecida o “Cancioneiro Geral”, editado em (1516); está sepultado na terra onde nasceu na capela de Nª. Srª. do Espinheiro que ele próprio mandou construir. E muitos outros de que terei oportunidade de aqui recordar brevemente.

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  3. Eu sou de Lisboa!

    J. M. Courinha

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    1. Creio que será apenas um esclarecimento do autor, porque sei que o amigo Courinha não se sentiria melindrado se alguém tivesse dito aqui que ele era alentejano, o que efectivamente não se disse.

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