
Estamos a falar de dez euros por mês, acho que é preciso um indivíduo ter uma grande "lata", nem sei se é dizer uma grande pouca vergonha, como é possível... será que este indivíduo saberá (ao menos pensará) o que é viver com quinhentos euros por mês?
É sempre a mesma conversa, efectivamente só a luta

É preciso arrancar a ferro e fogo uns miseráveis tostões, a quem vive à grande e à francesa e esbanja num minuto o que outros terão de conseguir com grande sacrifício num mês de trabalho e basta ver agora pelo ordenado mínimo. É sempre a dizer não, sempre a recusar, sempre não...
É uma luta constante e eterna!
Um cidadão de Vale dos Mortos, concelho de Serpa, tem um aumento de 10 euros no vencimento. Como ganha pouco, não tem carro. Desloca-se de autocarro. Quando os há. Às horas que os há. Foi aumentado 10 euros! Em Janeiro com a moenga do frio, a mãe, de 83 anos, que ganha uma reforma de 128 euros, adoece. É Domingo. Não há autocarros. A família está longe. Chama um taxi. O hospital de Serpa, a 15 kms, não tem urgências. Fechou por causa dos "custos". Ruma a Beja. São 40 Kms! A nota de 10 euros vai no bolso. É o seu aumento! Chega ao hospital o taxi espera. Como é amigo desliga o taximetro. Faz a ficha, e como lhe colocam a pulseira amarela, espera 7 horas na sala de espera. Como tem frio, mete uma moeda para tirar um café quente. Compra uma sandes de manteiga. Das mais baratas. Abandonou a nota de 10 e apenas já só tem uma de 5 e algumas moedas. Do aumento! Após a consulta, vai à farmácia aviar a receita. Dizem-lhe que já perdeu algumas regalias a mãe. Opta por o genérico. Deixa mais umas moedas. Regressa no Taxi que aguardou, onde o Taxista desespera. Chega a Vale dos Mortos. Para pagar o Taxi, o aumento já não chega. Joga a mão à carteira, e como é fim do mês, fica a dever ao Taxista. "Logo pago daqui a 2 meses, quando acumular o aumento desse periodo". Esta é a realidade do Alentejo, muito comum a outras zonas do país
ResponderEliminarCG
Que retrato mais fiel de dois cidadãos portugueses, uma com pelo menos oitenta anos de trabalho em cima; é um retrato e uma realidade não só do Alentejo, é uma realidade portuguesa, tão bem expressa pelo meu querido amigo CG.
ResponderEliminarEra importante que os governantes deste País, trocassem os seus vencimentos, acrescidas das imensas regalias que lhes são dadas, desnecessárias de serem citadas, mais que conhecidas, e aparecessem à Luz do Dia, a viverem, só, com ordenado mínimo Nacional, para se verificar qual a figuram que faziam…
ResponderEliminarTambém era importante, que as reformas dos mesmos governantes, só fossem reformados, com igual tempo, dos Trabalhadores Explorados, pelos os capitalistas ( aliados e a coberto dos governantes ), para o Povo, verificarem com os olhos próprios, quais as figuras, dos políticos governantes, faziam…
Mas existem milhares, milhares, de reformados, abaixo e muito do ordenado mínimo Nacional-Português, e também era importante ver os mesmos governantes, viverem com tais reformas.
Só garganta de pessoas que tudo exploram, mas só para bem dos mesmos, assim não vale…
W
Vim ver, por curiosidade, posts seus mais antigos, e logo me deparo com este. Concordo inteiramente com o que escreveu sobre a vergonha que é ser patrão, auferir muito dinheiro e atribuir aos seus assalariados ordenados de miséria...
ResponderEliminarEnfim! Quando parará isto? Escreveu-o em 2010, estamos em 2019, e os patrões continuam a pagar uma miséria!
Obrigado Lua Azul, pela sua visita.
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