É preciso levantar a cabeça, como dizem, depois duma derrota, os jogadores de futebol, e pensar, reflectir sobre esta gente que nos "governa" e quer "governar"....gente que nos explora em todas os sentidos, não só económica mas sobretudo na vertente moral e até espiritual. Gente que nos quer "despir" de todos os sentimentos nobres que o nosso povo ainda, não há muitos anos, possuía, e de que ainda conservamos alguns resquícios.
Ouvíamos e líamos nos jornais que as pessoas lá fora morriam nas ruas e ninguém sequer se dignava olhar para elas (como no gueto de Varsóvia), mas isso acontecia lá longe do nosso país, mas agora este "american way of life" já tomou conta da nossa terra e vai ser difícil arredar das nossas gentes estes novo hábitos, trazidos com a globalização, e que a todo o custo nos querem impôr.
Que maior prova de solidão e que maior prova do que são os tempos (gélidos) que vivemos do que aquela senhora ali para os lados de Mem Martins que só a fim de nove anos depois de morta foi descoberta e tendo a seu lado o seu único amigo, que nunca a abandonou - o seu cão-!
Os três últimos casos da morte de idosos em casa, e só descobertos muitos anos depois é sintomático desta maldita globalização (em todos os piores sentidos) que tomou conta das nossas gentes.
Solidão não é viver num monte longe da "civilização", solidão é viver numa cidade de milhões, rodeado de pessoas por todos os lados mas em que ninguém repara, solidão é viver num prédio de cinco/seis/sete andares onde ninguém se conhece, onde quase que nem os bons dias as pessoas dão quando entram num elevador. Quantas vezes eu entro num qualquer elevador da cidade de Lisboa, ou arredores, digo bom dia e tudo fica mudo e como siderado a olhar para mim (certamente a questionar-se - será um Marciano???)
Esta desumanidade que parece ser irreversível é obviamente preocupante e todos já pensámos certamente que um dia nos poderá tocar; a qualquer um......
Perderam-se os tempos do "dê-me a sua bênção" e consequentemente todos os valores morais tão simples como este. As pessoas passam umas pelas outras mesmo em pequenas localidades e não se saúdam. Sei bem que os tempos são outros mas morar no mesmo prédio e nem sequer dizer bom-dia brada aos céus.
ResponderEliminarNo entanto a verdadeira solidão está nos idosos que tanto esquecemos, mas deles faremos parte um dia, que chegará em breve.
É uma verdade amigo o que relatas, uns por isto…, e outros por aquilo…
ResponderEliminarA juntar a isto tudo…, já estamos bem metidos no fundo…, restando…, que as reuniões, assembleias, as manifestações Pacíficas, como as realizadas ontem (Portugal), 12-Março-2011, e continuadas, assim se espera, em breve, mais jornadas de Luta, por melhorias, em todos os aspectos, se consiga ainda ir a tempo, de se recuperarem os valores Positivos de Outrora, para ver se esta Geração à Rasca, com os movimentos realizados e a realizarem, possam dar ajuda, afim de ser melhorada, e fazerem sim, pagarem esta desgraça toda, aqueles que a destruíram..., ajudados por mãos…, e a solidão..., possa melhorar..., em todas as formas.
Um abraço.
W
CHIIIIIIIU……. SILÊNCIO
ResponderEliminarIslândia: o Governo demitiu-se, o povo não quis mais do mesmo, o país saiu da bancarrota, pelo próprio pé.
por Ricardo Passarinho a quinta-feira, 10 de Março de 2011 às 1:06
A partir de um e-mail recebido hoje, 10/3/2011.
"Por incrível que possa parecer, uma verdadeira revolução democrática e anticapitalista ocorre na Islândia neste preciso momento e ninguém fala dela, nenhum meio de comunicação dá a informação, quase não se vislumbrará um vestígio no Google: numa palavra, completo escamoteamento. Contudo, a natureza dos acontecimentos em curso na Islândia é espantosa: um povo que corre com a direita do poder sitiando pacificamente o palácio presidencial, uma "esquerda" liberal de substituição igualmente dispensada de "responsabilidades" porque se propunha pôr em prática a mesma política que a direita, um referendo imposto pelo Povo para determinar se se devia reembolsar ou não os bancos capitalistas que, pela sua irresponsabilidade, mergulharam o país na crise, uma vitória de 93% que impôs o não reembolso dos bancos, uma nacionalização dos bancos e, cereja em cima do bolo deste processo a vários títulos "revolucionário": a eleição de uma assembleia constituinte a 27 de Novembro de 2010, incumbida de redigir as novas leis fundamentais que traduzirão doravante a cólera popular contra o capitalismo e as aspirações do povo por outra sociedade.
Quando retumba na Europa inteira a cólera dos povos sufocados pelo garrote capitalista, a actualidade desvenda-nos outro possível, uma história em andamento susceptível de quebrar muitas certezas e sobretudo de dar às lutas que inflamam a Europa uma perspectiva: a reconquista democrática e popular do poder, ao serviço da população."
In http://www.cadtm.org/Quand-l-Islande-reinvente-la
Desde Sábado, 27 de Novembro, a Islândia dispõe de uma Assembleia constituinte composta por 25 simples cidadãos eleitos pelos seus pares. É seu objectivo reescrever inteiramente a constituição de 1944, tirando nomeadamente as lições da crise financeira que, em 2008, atingiu em cheio o país. Desde esta crise, de que está longe de se recompor, a Islândia conheceu um certo número de mudanças espectaculares, a começar pela nacionalização dos três principais bancos, seguida pela demissão do governo de direita sob a pressão popular.
As eleições legislativas de 2009 levaram ao poder uma coligação de esquerda formada pela Aliança (agrupamento de partidos constituído por social-democratas, feministas e ex-comunistas) e pelo Movimento dos Verdes de esquerda. Foi uma estreia para a Islândia, bem como a nomeação de uma mulher, Johanna Sigurdardottir, para o lugar de Primeiro-Ministro."
In http://www.parisseveille.info/quand-l-islande-reinvente-la,2643.html
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