Não foi a bela capa deste livro que me levou a lê-lo mas sim a excelente escrita de Clara Ferreira Alves.
Efectivamente a capa deste livro é deliciosa. É a América de Edward Hopper. E, tal como muito bem salienta a autora nas primeiras páginas deste livro, os seus quadros estão saturados de silêncio e solidão, a pior das solidões, a que presume companhia.
E que bem escreve CFA sobre os quadros deste grande pintor americano, nascido em 1882: "É uma América estática, que vai do princípio ao meio do séc. XX, com ruas principais, bombas de gasolina desertas, fins de semana em Cape Cood, motéis à beira da estrada, casas à beira da linha de comboio, manhãs tranquilas, noites pasmadas. É uma América branca, confortável, habitada por personagens que respiram o ar seco do desalento." -Só pelas descrições que Clara Ferreira Alves faz sobre os quadros de Edward Hopper já valeu a pena ler o livro-.
Clara Ferreira Alves é uma excelente jornalista; no Expresso é sempre a sua crónica que primeiramente vou ler.
Os textos deste livro, escritos entre 1995 e 2016, teem o brilho da sua escrita mas a grande maioria deles são demasiado datados, para não dizer ultrapassados, pois talvez mais de metade referem-se a crónicas sobre as eleições americanas (Bush, Obama, Clinton), e são situações claramente ultrapassadas, já para não falar na Guerra do Iraque, o que me deixou alguma frustração.
3 - razoável
0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4 - bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima
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