Primo Levi químico e escritor italiano 1919-1987 |
Gosto de ler livros que exponham cruamente o sofrimento dos homens e consequentemente toda a sua crueldade, "SE ISTO É UM HOMEM" de PRIMO LEVI foi um dos livros que, sobre o tema, me impressionou.
E é preciso não esquecer tempos abomináveis e de selvajaria humana, não esquecer para que nunca mais possam voltar a acontecer.
E é preciso não esquecer tempos abomináveis e de selvajaria humana, não esquecer para que nunca mais possam voltar a acontecer.
Na noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da Resistência é detido pelas forças alemãs e deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte, aí permanecendo até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Dessa experiência de 11 meses nasce o escritor que relata a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta.
"Percebo que me mandaram calar (...)
A confusão das línguas é um factor fundamental da maneira de viver aqui; estamos mergulhados numa perpétua Babel em que todos gritam ordens e ameaças em línguas que nunca ouvimos antes, e ai e quem não perceba à primeira (...) Nós, os recém-chegados, reunimo-nos instintivamente nos cantos, ao pé das paredes, como as ovelhas, para sentirmos as costas materialmente protegidas."
É este o tom do relato, sóbrio e factual apesar da brutalidade da situação que Primo Levi imprime ao seu escrito sobre uma experiência dramática e brutal vivida pelo próprio.
Primo Levi acabaria por suicidar-se em 1987.
Sobre os campos de concentração nazis "SE ISTO É UM HOMEM" foi dos livros que mais gostei de ler a par de "TREBLINKA" e de "O COMPRADOR DE ANIVERSÁRIOS" este, do espanhol Adolfo Garcia Ortega, um livro absolutamente imperdível.
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