Já no fim da vida - a gente chega ao fim, que é quando já não tem embalagem para haver mais futuro, e então senta-se - João Vieira, viúvo e reformado, decide viver os últimos anos da vida num lar, já depois de, por motivos de saúde, lhe terem cortado a perna esquerda.
Ali, depois de ter doado todos os seus bens à sua filha Márcia, guardando para si apenas: a memória, um Cristo mutilado, um desenho de Durer e um disco de Mozart.
E ali na solidão e reclusão do lar vai mantendo um diálogo sem resposta, através de uma carta que decide escrever à sua mulher Mónica, já falecida, e que descreve como o seu amor eterno, rememorando toda uma vida que passaram juntos, falando dos três filhos do casal (Teo, Marta e André) que em comum têm um grande distanciamento do pai e talvez por isso fale deles de passagem.
É um livro duro que aborda igualmente, numa linguagem crua, toda uma série de questões reais como o envelhecimento e a degradação do corpo.
É mesmo um livro triste, um livro que dói mas uma magnífica e pungente narrativa de um profundo amor.
- o maior prazer de quem precisa é haver quem precise mais
-Querer esquecer é lembrar, o que não se lembra é apenas o que se esquece mas não se quer esquecer
Ali, depois de ter doado todos os seus bens à sua filha Márcia, guardando para si apenas: a memória, um Cristo mutilado, um desenho de Durer e um disco de Mozart.
E ali na solidão e reclusão do lar vai mantendo um diálogo sem resposta, através de uma carta que decide escrever à sua mulher Mónica, já falecida, e que descreve como o seu amor eterno, rememorando toda uma vida que passaram juntos, falando dos três filhos do casal (Teo, Marta e André) que em comum têm um grande distanciamento do pai e talvez por isso fale deles de passagem.
É um livro duro que aborda igualmente, numa linguagem crua, toda uma série de questões reais como o envelhecimento e a degradação do corpo.
É mesmo um livro triste, um livro que dói mas uma magnífica e pungente narrativa de um profundo amor.
- o maior prazer de quem precisa é haver quem precise mais
-Querer esquecer é lembrar, o que não se lembra é apenas o que se esquece mas não se quer esquecer
Vergílio Ferreira 1916-1996 um grande escritor da língua portuguesa |
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