Estamos em Março de 2011 e é no enterro de sua mãe que inicio o contacto com Meursault, um homem que vive uma vida, que talvez não devesse ser contada, um homem que vive vazio de emoções, incapaz de sentir amor, saudade, ódio, medo, ou qualquer outra emoção. A sua vida vai-se desenrolando como se ele fosse um estrangeiro, não em relação a um país, mas em relação à humanidade. No fim o crime que comete (mata um árabe) não o leva ao fim da sua vida, o que leva ao seu fim é a falta de qualquer emoção aquando da morte da sua mãe.
"O ESTRANGEIRO" um livro em que ALBERT CAMUS nos mostra que tudo o que fazemos num determinado momento se reflecte durante o resto da nossa vida. Vale a pena.
Ainda em Março de 2011 regresso a meados do séc. IXX e é no Canadá que tomo contacto com a história de uma rapariga canadiana de 16 anos que, a servir numa quinta, foi acusada de ter instigado um jovem moço de estrebaria a assassinar cruelmente, a frio, o patrão e a sua governanta, de quem este era amante. Dada a pouca idade, a aparência ingénua e a beleza da ré, a história empolgou, não só a opinião pública da época, como a própria ciência médica, sobretudo a psiquiatria, o que levou a ser-lhe comutada em prisão perpétua a pena de morte a que fora inicialmente condenada, juntamente com o seu cúmplice, o qual, esse sim, acabou enforcado.
O que fico a conhecer através de "CRIMINOSA OU INOCENTE" de MARGARET ATWOOD (na foto anterior) é a posterior vida dessa contraditória mulher, ora na cadeia, ora no manicómio, ora, mais tarde, em liberdade. Começo por conhecer o retrato ingénuo de ambos os criminosos, depois a curiosa lengalenga, no estilo das que dantes os nossos cegos cantavam pelas feiras, em que se narra rimadamente o grande e horrível, crime de tão jovem matadora, instigando-a a arrepender-se dos seus crimes para salvar a alma.Dada a firmeza dos retratos psicológicos, o panorama da vida quotidiana no Canadá desses tempos e o estilo correntio com que tudo está contado, é uma obra de leitura fácil e instrutiva.Recomendo.
Março está a chegar ao fim e apresto-me para ir tomar um café com um grande escritor checoslovaco, cidadão francês desde 1981, e ouvir as suas confidências como leitor humilde e apaixonado e é ele que me explica o fascínio que ainda hoje lhe despertam, tantas (re)leituras depois, Dostoievski, Céline ou Kafka bem como outros autores do presente, mas isso fica para a próxima...
Ainda em Março de 2011 regresso a meados do séc. IXX e é no Canadá que tomo contacto com a história de uma rapariga canadiana de 16 anos que, a servir numa quinta, foi acusada de ter instigado um jovem moço de estrebaria a assassinar cruelmente, a frio, o patrão e a sua governanta, de quem este era amante. Dada a pouca idade, a aparência ingénua e a beleza da ré, a história empolgou, não só a opinião pública da época, como a própria ciência médica, sobretudo a psiquiatria, o que levou a ser-lhe comutada em prisão perpétua a pena de morte a que fora inicialmente condenada, juntamente com o seu cúmplice, o qual, esse sim, acabou enforcado.
O que fico a conhecer através de "CRIMINOSA OU INOCENTE" de MARGARET ATWOOD (na foto anterior) é a posterior vida dessa contraditória mulher, ora na cadeia, ora no manicómio, ora, mais tarde, em liberdade. Começo por conhecer o retrato ingénuo de ambos os criminosos, depois a curiosa lengalenga, no estilo das que dantes os nossos cegos cantavam pelas feiras, em que se narra rimadamente o grande e horrível, crime de tão jovem matadora, instigando-a a arrepender-se dos seus crimes para salvar a alma.Dada a firmeza dos retratos psicológicos, o panorama da vida quotidiana no Canadá desses tempos e o estilo correntio com que tudo está contado, é uma obra de leitura fácil e instrutiva.Recomendo.
Março está a chegar ao fim e apresto-me para ir tomar um café com um grande escritor checoslovaco, cidadão francês desde 1981, e ouvir as suas confidências como leitor humilde e apaixonado e é ele que me explica o fascínio que ainda hoje lhe despertam, tantas (re)leituras depois, Dostoievski, Céline ou Kafka bem como outros autores do presente, mas isso fica para a próxima...
O Dostoievski antes de ir de férias para Mafra ia ao barbeiro aparar o bigode e ao mecanico trocar de velas
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