Com HERMAN MELVILLE, escritor americano (1819-1891) conheço depois a extrema solidão personificada no homem silencioso, "BARTLEBY,O ESCRIVÃO" que, tal como Kafka no grande, majestoso e inenerrável "O PROCESSO" (um dos melhores livros que li até hoje), nos apresenta alguém que não só age de forma contrária a toda a lógica, como constrange os outros a tornarem-se seus desalentados cúmplices. Herman Melville ( na foto de baixo) apresentou-me o escrivão Bartleby, através de um advogado de Wall Street, que o emprega como copista.
Apesar do escritório ter outros dois copistas não menos excêntricos, que se alternam diariamente nos períodos de mau humor, o narrador concentra o foco em Bartleby. Ele inicialmente parece ser um profissional capaz e reservado. Nada se sabe sobre ele, onde trabalhou, de onde veio, onde mora, se é casado, tem família ou mesmo qual sua idade. Até certo momento, isso desperta curiosidade, mas não importa, porque quieto no seu canto, ele faz o seu trabalho de maneira eficiente e sem incomodar os colegas.
O pacato Bartleby passa a ser considerado um problema quando lhe pedem para fazer algo e ele passa a responder simplesmente: “prefiro não fazer”. E só. Não explica o porquê, nem inventa desculpas. A situação se complica ainda mais quando Bartleby anuncia que prefere não mais trabalhar. Ainda assim, ele continua no escritório, em pé, olhando para a parede de tijolo do prédio vizinho.
Sem ver nas negações um indício de protesto, nem de desafio a sua autoridade, o advogado sente-se desarmado para lidar com a melancolia do silêncio de Bartleby. Absolutamente confrangedor este escrivão com quem me consegui solidariezar; diria mais - arrebatador. A NÃO PERDER.
Apesar do escritório ter outros dois copistas não menos excêntricos, que se alternam diariamente nos períodos de mau humor, o narrador concentra o foco em Bartleby. Ele inicialmente parece ser um profissional capaz e reservado. Nada se sabe sobre ele, onde trabalhou, de onde veio, onde mora, se é casado, tem família ou mesmo qual sua idade. Até certo momento, isso desperta curiosidade, mas não importa, porque quieto no seu canto, ele faz o seu trabalho de maneira eficiente e sem incomodar os colegas.
O pacato Bartleby passa a ser considerado um problema quando lhe pedem para fazer algo e ele passa a responder simplesmente: “prefiro não fazer”. E só. Não explica o porquê, nem inventa desculpas. A situação se complica ainda mais quando Bartleby anuncia que prefere não mais trabalhar. Ainda assim, ele continua no escritório, em pé, olhando para a parede de tijolo do prédio vizinho.
Sem ver nas negações um indício de protesto, nem de desafio a sua autoridade, o advogado sente-se desarmado para lidar com a melancolia do silêncio de Bartleby. Absolutamente confrangedor este escrivão com quem me consegui solidariezar; diria mais - arrebatador. A NÃO PERDER.
E assim chegamos a meados deste segundo mês do ano de dois mil e onze, entretanto, tenho já uma entrevista marcada com GENTE FAMOSA de que vos darei conta dentro de breves dias.
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