As condecorações do 10 de Junho provocam-me sempre muito desconforto, pois são sempre os "mesmos" -sempre gente bem- tudo amigos-família, tudo gente da mesma escola (gente do povo, pese as circunstâncias, mas gente do povo, só me lembro da ver lá antes da implantação da "demo cracia").
Ainda relembro aquele triste e tragico-cómico 10 de Junho em que o grande cérebro-cenoura, Jorge Sampaio, condecorou com a grã-cruz de não sei quem, o "célebre" piloto de fórmula um, Pedro Lamy (que desistiu sempre ou quando isso, por acaso, não aconteceu ficou em último), ou será que a condecoração terá ficado a dever-se tão somente ao aristocrático e chiquérrimo nome do "grande" piloto........
Ainda sobre o último dia de Portugal, não pude deixar de colocar os óculos nas orelhas quando ouvi do actual presidente da república, Cavaco Silva, palavras de incentivo e de quase uma imposição/obrigação nacional sobre a necessidade dum regresso à terra, um regresso à agricultura........
E fiquei de óculos bem abertos, porque foi a mesma pessoa que há uns quinze/vinte anos atrás, quando era primeiro ministro, disse precisamente o contrário, tendo sido ele o principal carrasco da agricultura portuguesa, pois foi ele o responsável máximo pela célebre PAC (Política de Agricultura Comum); foi ele que incentivou e pagou aos agricultores para não produzirem e abandonarem as terras.
Que Memória tão Curta!
Não foi apenas o coveiro da agricultura, mas também das pescas e da industria pesada, nomeada mente sectores estratégicos, como material circulante ferroviário, hidráulica, barragens, movimentação pesada, e outras áreas que deixamos de produzir para passar a importar.
ResponderEliminarO “bom aluno” como lhe chamaram. “O pai do monstro” como Cadilhe lhe chamou.
O principal responsável do desastre económico português digo eu.
Portugal já não é um país soberano, somos uma colónia do imperialismo europeu e americano.
Toda a gente sabe que os “governantes” farão o que a troika mandar.
É urgente um levantamento patriótico, em defesa dum país livre e independente.
comentário de 21/06/11 19:12
ResponderEliminarXL Xico Luis
Já vi de tudo neste país e as condecorações da plebe não surtem efeito diferente das da nobreza, mas tem havido algumas que aconteceram a pedido e para tapar o sol com a peneira.
ResponderEliminarQuanto às considerações do meu querido amigo XL gostava francamente de entender como é que se faz um levantamento patriótico num país que não é independente em nada.
De facto a memória é curta, pois não me lembro desse cataclismo provocado por Cavaco, pois lembro-me sempre de todas as atrocidades que também se cometeram em nome da revolução e as consequências que daí advieram. Como estão hoje as herdades roubadas aos latifundiários? Laboram? Produzem? Acabaram? Ou apenas substituiram as pessoas e a exploração continua?
Se eu tivesse sido um desses expropriados não estaria contente com as ocupações selvagens, até porque sei que também nunca seria o algoz dessas gentes, tão exploradas e humilhadas. Parece-me que apenas mudaram as moscas.
A vida tem destas coisas. Pensamos sempre que a razão está do nosso lado, até estarmos do lado oposto. Aí, voltamos a pensar assim e a ter razão.
Kim
Passados mais de 35 anos continuar a dizer que a culpa é do PREC?
ResponderEliminarEntão o que andaram a fazer os governantes, todos, nos últimos 35 anos?
Como é que se faz um levantamento patriótico? É atirar pela janela os traidores como em Dezembro de 1640.
XL
Os mesmos que pedem uma aposta na agricultura, foram os que destruíram a agricultura;
ResponderEliminarOs mesmos que dizem que se deve apostar no mar, foram os que destruíram a nossa frota pesqueira;
Os mesmos que sugerem um regresso das pessoas ao interior do país,foram os que criaram todas as condições para as pessoas abandonarem o interior para irem para o litoral.
O ar intocável, superior, emproado de algumas pessoas que por aí andam a mandar bitaites como se não tivessem nada a ver com o passado recente do país, até me cria urticaria.
Os dois primeiros comentários e último, estão enquadrados com as realidades passadas e presentes.
ResponderEliminarLamentável, que se apele às Produções de Qualidades e Bem Qualificadas Mundialmente, que estavam em curso, em Portugal, em todas as áreas bem conhecidas, antes de fazerem as destruições maciças, a mando dos poderosos do capital, e agora o tal “choro de crocodilos”, lamentável…, tantos “santinhos”…
Agora, já não é tão fácil, se ouvir e fazer…, Força, Força, Camarada Vasco, nós somos a Muralha de Aço, … as condições, estão inversas, ...mas se cruzar os braços..., nunca...
Tudo foi destruído, a contento dos capitalistas selvagens, criando-se a vida miserável, que todos nós, desfavorecidos, passamos e enfrentamos em Portugal, e vamos continuar a Trabalhar, ficando cada vez mais desprotegidos, esmagados, etc., só para se favorecer, mais uma vez, o mundo do capital explorador.
W
Como fotógrafo, não posso deixar passar, este espontânio do povo português.
ResponderEliminarO funeral vai passando, como tantos outros.
Por detrás das cortinas de uma qualquer casa, coagita-se, sobre o defunto e até se sabe, quem foi o criminoso, que descaradamente vai no cortejo fúnebre. Aguarda-se que o enterro se conclua.
Quantos mais vão ser necessários para sermos olhados, "como o melhor observador",com curriculum, quiçás quem sabe?!com boa audição.
Equipa que ganha não se mexe.
Quem sabe? talvez um ponta de lança Colombiano ou Argentino?....