J.D.SALINGER (na foto) foi um dos mais misteriosos escritores norte-americanos, um feitio muito parecido com o do nosso Miguel Torga, e foi com ele (J.D.SALINGER) que fui à descoberta do seu mais célebre romance “UMA AGULHA NO PALHEIRO”, publicado pela primeira vez em 1951, talvez a mais marcante obra de J. D. Salinger, e uma das mais controversas da história da literatura norte-americana após a II Guerra Mundial.
Esta obra foi constantemente censurada e banida das escolas, livrarias e bibliotecas dos EUA devido ao seu conteúdo profano, à abordagem que faz do sexo e à forma como rejeita alguns dos ideais americanos.
O livro conta as aventuras de Holden Caulfield, um rapaz de 16 anos, que ao ter de deixar o colégio interno que frequenta, mas receoso de enfrentar a fúria dos pais, decide passar uns dias em Nova Iorque até começarem as férias de Natal e poder voltar para casa.
Confuso, inseguro, incapaz de reconhecer a sua própria sensibilidade e fragilidade, Holden percorre nesses dias um intrincado labirinto de emoções e experiências, encontrando as mais diversas pessoas, como taxistas, freiras e prostitutas, e envolvendo-se em situações para as quais não está preparado. Pareceu-me, na minha modesta opinião, um livro bem escrito.
Estamos em Novembro de 2010 e na minha rota segue-se Marrocos e viajo mais uma vez no tempo, até 1578 e dez mil guitarras jazem ao abandono no campo de batalha de Alcácer-Quibir. D. Sebastião desapareceu. Morto ou vivo? Há quem espere por ele... É isto que me oferece CATHERINE CLÉMENT no seu último romance “DEZ MIL GUITARRAS”., e ainda uma uma truculenta galeria de retratos de uma Europa em mutação: o peso dos Habsburgo, a violência das guerras religiosas, a loucura do Imperador da Áustria, a rebelião da jovem rainha Cristina da Suécia e a sua paixão por Descartes. Apesar do interesse do tema versado a escrita deste romance é (para mim) "pastosa", lenta, arrastada e não me cativou para futuros livros desta autora.
A meio do mês de Novembro vou depois ao encontro de Nelson Mandela mas disso vos darei conta na próxima crónica destas minhas andanças pelo Universo e pelas diferentes eras, sempre através dos livros que li em 2010.
A descrição do autor promete um jorro de emoções bem a meu gosto. Se Salinger está na linha de Torga então temos, pelo menos, um enorme sentido de fraternidade.
ResponderEliminarAbraço amigo
Caro Amigo Kim
ResponderEliminarNa linha de Torga, pelo menos naquele feitio de eremita/solitário/isolado, independente de qualquer linha política ou religiosa.
Caro Amigo Kim
ResponderEliminarNa linha de Torga no aspecto de eremita/querer ficar longe da fama, manter a sua privacidade.
Um livro que também li, talvez, há 2/3 anos e do qual muito gostei.
ResponderEliminarUm abraço.
Almeidinha