Há dias recebi uma mensagem do meu amigo P (por e'mail - as cartas estão infelizmente a desaparecer....) que me revelava uma das suas reflexões (como ele sublinha).
Esta sua reflexão deixou-me taciturno, pensativo e pôs-me também a reflectir profundamente. Dizia-me ele:
Os ricos que paguem a crise! Malditos ricos....Todos queremos ser ricos
INGÉNUOS vs CÍNICOS
Só na Ásia-Pacífico existe uma população equivalente à da Europa até aos Montes Urais, que vive com 1 €/dia.
São tão pessoas como nós!!! Têm tanta dignidade como nós, apenas são os mais pobres dos pobres. Vamos a uma perfumaria e gastamos, com a maior paz de espírito, num perfume (bem não essencial) o que cada um deles tem para viver num mês.
Se, por um passo de mágica, fosse possível a divisão equitativa da riqueza, os ricos acabavam, mas não era para nós melhorarmos. Era para aqueles milhões de deserdados da sorte.
E, depois, chegaria a nossa vez. Lá se ia o carrinho, as roupas (em abundância) de marca, o perfume, as férias no estrangeiro, as grandes casas, etc. etc...
Aceitávamos?
Afinal, há muita hipocrisia nas nossas boas intenções.
CAIXA DE RESSONÂNCIA
Unidos venceremos! Em frente.
Venceremos o quê?
A nossa sociedade, o nosso bem estar ou, antes do mais, acabar com a exploração dos mais pobres do Mundo, que, afinal, são explorados por todos nós?
Há muita fantasia nas nossas cabeças. Já vai o tempo que o meu empenho revolucionário era admirável, depois vi quanto eram irrealistas, para não dizer ingénuos (falsos?) salvadores.
Genericamente, todos queremos viver o melhor possível, seja a que custo for.
A nossa generosidade fica-se pelo nosso egoísmo.
Pobre dos (verdadeiros e muito) pobres.
Já tive oportunidade de responder a este meu amigo (publicá-la-ei nos próximos dias)
Amigo
ResponderEliminarFalam…, falam…, escrevem…,escrevem…, dizem…, dizem…, porque…, não estão iguais a Eles…, caso contrário…, pediam…, como todos os Outros Humanos, que bem mal estão.
Estaremos sempre, infelizmente, num mundo cão…
Os jovens de agora, apesar do mal, não sabem o Bem, que estão a usufruir, em relação aos nossos Familiares mais próximos, que já partiram, há alguns anos.
A sardinha, divida por 4, um simples pão, divido por iguais parcelas, para os mesmos, o caldo com migalhas de broa (como se chama no Norte de Portugal) e algumas couves, enfim…, mundo cão…
Temos de procurar melhorias, mas todos juntos…
Um abraço Amigo
W
Mesmo a propósito desta conversa:
ResponderEliminarestou a ler uma publicação da Fundação Saramago, uma narrativa bem interessante (e triste) da história verdadeira de "Uma(*) Familia Alentejana" de João Domingos Serra.
(*) muitas, podemos dizer com toda a certeza.
Um abraço, Luis
Ó amigo Bicho gostaria de ler esse livro, dá-me por favor mais informações.
ResponderEliminarUm abraço