Este foi o último livro que li em 2019 (o vigésimo quinto). Aliás, é uma releitura pois já o havia lido em 2010, mas já não me lembrava de nada.
Philip Roth é um dos meus escritores favoritos e este é mais um bom livro, mas "A Pastoral Americana" foi o que mais gostei.
"O Fantasma sai de cena" é um excelente retrato sobre a velhice, sobre a solidão. Nathan Zuckerman, o personagem habitual dos seus livros, vive sozinho na sua montanha da Nova Inglaterra, sem vozes, sem jornais nem televisão, sem ameaças terroristas, sem mulheres, sem notícias, sem outras ocupações que não fossem trabalhar (é escritor) e enfrentar a velhice.
Nathan decidiu voltar a Nova Iorque, a cidade que abandonara há onze anos. Percorrendo as ruas como uma alma penada, depressa estabelece relações que fazem explodir a sua solidão tão cuidadosamente protegida. Uma é com um jovem casal com quem combina permutar a sua casa na montanha com o apartamento destes em Nova Iorque.
É, como se pode ler na contracapa, mais um testemunho do que têm de incomparável o estilo e os temas de Roth e um salto surpreendente para uma nova fase na insaciável entrega deste grande escritor à ficção.
Philip Roth - EUA 1933-2018 |
Li e retive:
-...senti-me por momentos como Rip Van Winkel (o nome de um conto, publicado em 1819, sobre uma personagem homónima escrito por Washington Irving, personagem que, quando ao cabo de vinte anos a dormir, desceu das montanhas e voltou para a sua aldeia convencido de que só tinha passado uma noite fora. Só quando inesperadamente sentiu na mão a barba comprida e grisalha que lhe crescia do queixo percebeu que tinha passado muito tempo e ficou a saber que já não era um súbdito colonial da Coroa Inglesa mas sim um cidadão dos recém-fundados Estados Unidos)
0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
4-bom
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima
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