Desde que li "A louca da Casa", da espanhola Rosa Montero fiquei sempre atento aos seus livros e "Instruções para salvar o mundo" e "História do Rei Transparente" foram mais dois excelentes livros que contribuíram para que continuasse a ser um seu leitor.
Acabei agora de ler "AMOR QUE MATA" e confesso que este, ao contrário do que antes acontecera, soube-me a pouco e acho que não irá acrescentar muito à sua obra literária.
"AMOR QUE MATA" fala de um outro lado da vida de quatro dos tiranos mais conhecidos: a intimidade partilhada com as mulheres das suas vidas. Esposas, amantes, filhas, sobrinhas, todas elas desempenharam um papel significativo na vida destes ditadores; algumas delas foram determinantes no decurso de certos acontecimentos históricos.
-ESTALINE-que era violento e cruel com as mulheres, levando-as ao desespero, mas ponderava o suicídio quando elas morriam.
-MUSSOLINI-um machista cruel que dizia que as mulheres eram como as massas, ambas feitas para serem violadas.
-HITLER-que nunca quis assumir qualquer relação, consciente de que a sua "disponibilidade" seria um factor decisivo junto do eleitorado feminino.
-FRANCO-que ordenou as mais bárbaras execuções mas, na intimidade, era altamente influenciado pela mulher, D. Carmen, extremamente mandona, extremamente religiosa (uma ferrenha beata) e uma autêntica avarenta que não olhava a meios para aumentar o seu património, (a sua avidez levou-a, por exemplo, a fundir as medalhas, bandejas e placas que Franco fora recebendo, convertendo-as em lingotes de prata ou de ouro).
"AMOR QUE MATA" não deixa contudo de se revelar um documento curioso que nos ajuda a conhecer um outro lado destes cruéis ditadores.
Rosa Montero, Madrid 1951 |
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