terça-feira, 8 de março de 2016

LEITURAS 2016 - IX - "O PEQUENO LIVRO DO GRANDE TERRAMOTO" - RUI TAVARES


O Terramoto de 1755 foi, seguramente, a maior catástrofe natural que algum dia se abateu sobre Portugal e é considerado como o maior dos sismos de que há notícia histórica. 

Com epicentro localizado a cerca de cento e cinquenta quilómetros a sudoeste do Cabo de S, Vicente, os seus efeitos destrutivos, sentidos fortemente em Lisboa, estenderam-se ao Algarve, sul de Espanha e a uma vasta área de Marrocos (onde foi sentido à mesma hora e com igual rigor). Por acção conjunta do tremor de terra e do tsunami que se lhe seguiu Lisboa, Setúbal e muitas outras povoações foram largamente destruídas tendo morrido milhares de Portugueses. Embora sem causar danos, também foi sentido por quase toda a Europa, nos Açores e na Madeira.

"O PEQUENO LIVRO DO GRANDE TERRAMOTO", um ensaio sobre 1755, propõe uma abordagem inovadora da história e acompanha-nos numa travessia a que é difícil resistir e ficamos a conhecer factos curiosos sobre esta calamidade; 

-o sismo deu-se às nove e meia da manhã do dia 1 de Novembro de 1755.
-o tsunami terá ocorrido entre uma e duas horas depois
-os incêndios que terão começado logo durante o abalo só se tornaram notórios a partir do meio-dia e duraram vários dias
-o terramoto durou mais de sete minutos, com duas curtas paragens
-a onda gigante chegou à capital do reino e tinha seis metros de altura   



Neste ensaio sobre o terramoto de 1755 fiquei a saber quem eram algumas das figuras que só conhecia por nome de rua, como por exemplo, entre outras, o engenheiro militar MANUEL DA MAIA que ficou como sua obra principal a construção do Aqueduto das Águaas Livres e que no próprio dia do sismo passou-o, tentando salvar, com sucesso os documentos do arquivo da Torre do Tombo (de que foi guarda-mor).

É um ensaio interessante sobre esta grande calamidade. Devo no entanto confessar que cheguei a temer pela continuação da leitura do livro já que as primeiras trinta páginas, em que era abordada uma relação entre o terramoto de 1755, o 11 de Setembro de 2001, o tsunami de 2004 e os incêndios de Roma em 64 d.c., não me conseguiram prender e achei-as (estas primeiras trinta e tal páginas) desinteressantes no contexto do que pretendia o leitor ( o meu caso) -saber mais sobre o Terramoto de 1755, o que, no entanto, foi, quanto a mim, conseguido.

Rui Tavares nasceu em Lisboa em 1972

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