Georges Rodenbach - 1855-1898
Na minha deambulação por alfarrabistas e por tudo quanto é sítio
que tenha livros,
descobri esta pequena pérola editada há mais de 40 anos pela
Editorial Inquérito,
um pequeno livro de 131 páginas, com ilustrações
lindíssimas de Júlio Gil, com tradução do escritor Domingos Monteiro
(1903-1980), da colecção “Antologia dos Amigos do Livro”, cujo título é:
“BRUGES, A MORTA”, do escritor belga Georges Rodenbach, nascido em 1855 e que morreu em Paris em 1898, custou-me apenas € 1,00, e é um LIVRO -à séria, como se diz em Lisboa nos sítios em que se fala lisboeta-(é um livro! Um livro com páginas amareladas,
com o sebo do tempo, o cheiro do tempo, em suma o maravilhoso cheiro dos livros)!
Ainda só li trinta páginas mas já deu para perceber que se lê de com
muita, muita
satisfação; desde já digo que tenho aqui um excelente livro. Ver a vida com olhos de morto. É esta a
perspectiva de Georges Rodenbach perante os infortúnios de Hugues Viane, o
personagem principal de «Bruges-a-morta».
Pouco tempo após a morte de sua mulher, o inconsolável Hugues
Viane decide instalar-se na cidade de Bruges. Ele precisava de “silêncio
infinito e de uma existência tão monótona que deixasse, quase, de dar-lhe a
sensação de viver” (pág. 23).
Nota: entretanto, e já depois desta compra, tomei conhecimento de que este romance foi recentemente reeditado (por uma nova editora)
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