Sou um frequentador de bibliotecas, sempre que me é possível.
Sinto-me muito bem e muito confortável numa biblioteca.
Aqueles sons, aquele silêncio doce que me proporciona e que me dá uma concentração e uma enorme boa disposição para usufruir duma das minhas paixões: a leitura.
Um bem estar indescritível.
Permito-me abordar aqui alguns aspectos sobre algumas daquelas que frequento com mais assiduidade.
-A Biblioteca do Montijo, a que mais tenho frequentado ultimamente, praticamente só para leitura domiciliária, é das únicas bibliotecas que conheço que não tem jornais diariamente. É uma biblioteca que parou no tempo!
Os ficheiros de consulta dos livros disponíveis ainda são naquelas fichas em papel, muito antigas. O pessoal, apesar de simpático e até disponível e prestável, parece mostrar uma grande tristeza com aquilo que faz (ou que não faz), vê-se que não há gosto, pelo que me apercebi, fiquei com a sensação de que há ali muito desconhecimento sobre aquilo que ali se "guarda"; é confrangedor constatar o desconhecimento duma funcionária que me encaminhou para o ficheiro quando lhe perguntei se tinha algum livro de Eugénio de Andrade (quemmmm? é português? é brasileiro? é melhor ir ao ficheiro), Camilo José Cela (mas esse é o nome do escritor ou do livro?)...as pessoas apenas parecem estar à espera da hora de saída (dá Deus nozes a quem não tem dentes)...livros recentes praticamente não há, nada está computorizado (isso até ainda poderia ser o menos), a renovação da leitura domiciliária tem de ser pessoal, não pode ser por telefone nem por e'mail (o que é isso?)... e uma burocracia de arrepiar, se a palavra funcionalismo público tem algum sentido pois aqui poderia aplicar-se com toda a propriedade.
Os ficheiros de consulta dos livros disponíveis ainda são naquelas fichas em papel, muito antigas. O pessoal, apesar de simpático e até disponível e prestável, parece mostrar uma grande tristeza com aquilo que faz (ou que não faz), vê-se que não há gosto, pelo que me apercebi, fiquei com a sensação de que há ali muito desconhecimento sobre aquilo que ali se "guarda"; é confrangedor constatar o desconhecimento duma funcionária que me encaminhou para o ficheiro quando lhe perguntei se tinha algum livro de Eugénio de Andrade (quemmmm? é português? é brasileiro? é melhor ir ao ficheiro), Camilo José Cela (mas esse é o nome do escritor ou do livro?)...as pessoas apenas parecem estar à espera da hora de saída (dá Deus nozes a quem não tem dentes)...livros recentes praticamente não há, nada está computorizado (isso até ainda poderia ser o menos), a renovação da leitura domiciliária tem de ser pessoal, não pode ser por telefone nem por e'mail (o que é isso?)... e uma burocracia de arrepiar, se a palavra funcionalismo público tem algum sentido pois aqui poderia aplicar-se com toda a propriedade.
-A Biblioteca da Amadora, de que também sou leitor (mas actualmente com menor frequência) é uma biblioteca com belíssimas, excelentes instalações, mas como eu costumo dizer, é um sítio aonde os reformados vão diariamente ler o jornal e os mais jovens vão "jogar" no computador (sem menosprezo para os factos, evidentemente). O pessoal é simpático, mas também não me parece grande conhecedor (pelo menos quando pergunto por algum livro noto quase sempre desconhecimento, característica que, estranhamente, para não dizer tristemente , parece ser comum a quase todas as bibliotecas), raramente tem novos títulos, raramente vejo um livro novo disponível. Confrontado com esta situação respondem-me quase sempre as funcionárias:
-não, não, olhe que todos os anos se compram livros novos só que estão no depósito
-mas há anos que estão no depósito, questiono eu, e porque não estão disponíveis ao público? e encolhem-me os ombros, sem que me consigam dar uma resposta razoável.
-Sou também um leitor frequente da Biblioteca de Torres Vedras, esta sim uma boa biblioteca, diariamente com jornais e revistas do dia, sempre com livros recentes, é moderna e plenamente computorizada, com espaços excelentes para uma concentrada leitura. A leitura domiciliária completamente desburocratizada (podendo fazer-se a renovação dos livros por mail ou por telefone), sem qualquer problema. Gosto imenso deste espaço arejado e muito simpático (tal como o pessoal, aliás).
-Sem dúvida que, para mim, a melhor de todas as bibliotecas que conheço, e não sei se não será a melhor do país, é a Biblioteca José Saramago, de Beja. Cinco estrelas. É uma biblioteca modelo, excelentes instalações, excelentes espaços para todos -dos 2 aos 100 anos-. Os funcionários muito simpáticos, muito prestáveis, dinâmicos, conhecedores e que até me têm aconselhado excelentes livros. Sempre, mas sempre com livros recentíssimos, aliás até têm disponível um caderno, em cima do balcão onde se levantam os livros, para os frequentadores sugerirem a compra de novos títulos.
Sou um frequentador assíduo e um leitor domiciliário constante. Presta um grande serviço à comunidade, um excelente distribuidor de cultura, um excelente trabalho. Bem hajam.
Sou um frequentador assíduo e um leitor domiciliário constante. Presta um grande serviço à comunidade, um excelente distribuidor de cultura, um excelente trabalho. Bem hajam.
Toda e Qualquer Organização, é muito Importante, mas para isto Acontecer, tem de Existir muita Coisa..., mas com facilidade a mais..., vai continuando a passar ao lado...
ResponderEliminarW