Aquele dia modificou a vida de Lúcia Romero, quando o seu marido desapareceu depois de ter entrado numa vulgar casa de banho para homens no Aeroporto de Barajas.
Esta é a história do sequestro do marido Ramón, o homem aparentemente pacato com quem vive há dez anos, mais pela força do hábito do que por amor.
Lúcia é uma mulher de quarenta anos, a quem a vida já magoou, mas que nem por isso perdeu o implacável sentido de humor — à boa maneira do detective do policial negro.
Mas este romance transcende exuberantemente os cânones do policial clássico, o percurso da heroína e antes uma deriva que a conduz à descoberta de verdades insuspeitadas. Adrián, um jovem de vinte e um anos, e Félix, um anarquista octogenário, acompanham-na no desvendar do mistério (o sequestro do seu marido). Todos três constituem um triângulo que confere substância a três idades da vida, encenando o drama em que se joga o obscuro sentido da passagem do tempo.
Um livro de Rosa Montero é sempre uma leitura fresca, estimulante e muito interessante. Ainda não li um livro de Rosa Montero que me tivesse desiludido. Gostei!
anotei e retive:
(pg.65) - "O homem que não teme as verdades nada deve temer das mentiras" - Thomas Jefferson
(pg.65) - "Uma mentira nunca tem tempo de envelhecer" - Sofócles
(pg.93) - "O temor é a própria substância da vida"
0 - li, mas foi zero
1 - desisti
2 - li, mas não me cativou
3 - razoável
3,5 - interessante
5 - muito bom
6 - excelente
7 - obra prima
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