"Bilhete para a Violência" foi-me amavelmente oferecido pelo próprio autor e, por isso mesmo, passou logo a ser uma das minhas prioridades de leitura passando-o à frente da fila de livros que tinha (e tenho) em espera.
Conheço o Luís Alves Milheiro apenas virtualmente das "lides literárias", mais propriamente através de alguns blogues que regularmente visitamos e, sobretudo, através do belíssimo "Largo da Memória", onde tenho visto lindíssimas fotos.
Há pessoas que, mesmo não havendo contacto pessoal e estando longe, algo as aproxima, talvez pela coincidência ou semelhança de gostos, interesses. sentimentos, etc...
Não terá sido uma surpresa o facto de ter gostado deste livro pois conheço minimamente a escrita do autor, nomeadamente através dos seus excelentes blogues, "Largo da Memória", "A minha carroça de livros", "Viagens pelo Oeste" e "Casario do Ginjal", que visito com frequência..
"Bilhete para a violência" aborda um tema bem actual na sociedade portuguesa -a violência no futebol português e, sobretudo, sobre a arbitragem portuguesa-, que julgo nunca ter visto (em livro) abordado desta forma, ao mesmo tempo tão simples mas tão nua e crua. Sabemos que é um tema demasiado obscuro e que mexe com muitos interesses e muita gente da sociedade portuguesa para que haja coragem para ser esmiuçado.
O Pedro Gama é um jornalista desempregado, divorciado, que resolve aceitar um convite de uma amiga que dava aulas no secundário, para passarem um fim de semana junto ao mar.
Este fim de semana, que não corre bem, vai desencadear uma série de situações que vão torná-lo numa aventura cheia de uma violência absolutamente inimaginável numa pequena aldeia em que os seus habitantes se tornam absolutamente irracionais durante um jogo de futebol que opõe a equipa da terra a um rival de uma aldeia próxima. E o absurdo inimaginável acontece...
História simples mas bem actual que consegue prender-nos (à história e aos personagens). Tive pena de não ter "convivido" mais com o Leonardo o cão amigo que afinal foi dos únicos que lhe deram (ao Pedro Gama) o gosto do que é saborear a amizade.
Obrigado e Parabéns Luís Eme!
Abraço Severino.
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