Este livro foi escrito há mais de cem anos, mais precisamente entre 1885-1896.
É o nº. 74 da excelente Colecção Lusitânia, da Lello & Irmão Editores, e foi publicado há, pelo menos cinquenta anos, não consigo no entanto certificar a data exacta da sua publicação.
Contudo, permito-me realçar que, nas duas últimas páginas, tem um apêndice do Editor datado de 8 de Fevereiro de 1917; está muito bem conservado e tem uma capa (exterior) em papel, muito bonita; tenho pena de não a conseguir aqui reproduzir. Foi-me emprestado por um amigo que em toda a sua casa tem livros por tudo quanto é sítio (casa de banho, cozinha, etc. -não estou a exagerar).
"MULHERES DA BEIRA" - São sete contos, excelentes, que nos falam das nossas terras e das nossas gentes, do tempo em que a timidez era o diagnóstico certo do amor, como diz o autor, num destes contos.
Naturalmente que está escrito num português com mais de cem anos, por isso tive, por vezes, de utilizar o dicionário para ver o significado de determinadas palavras que já não se usam.
Fiquei, por exemplo, a saber que um frade CRÚZIO era (é?) um membro da congregação religiosa de Santa Cruz de Coimbra.
É uma escrita em que terá de haver efectivamente um completo domínio da língua portuguesa e nota-se isso pela descrição das situações e das gentes. Talvez um senão - para descrever as situações mais simples são necessárias mil e uma palavras.
No entanto gostei das descrições das terras (passa-se no Douro) e das gentes e mostra-nos como era rural o mundo português.
Coronel do Exército Português, escritor e diplomata. Nasceu em 1855 em Tabuaço e faleceu em 1917 na Argentina. A ele se ficou a dever o projecto gráfico da bandeira da Republica Portuguesa, em que o verde representa a esperança e o vermelho o sangue derramado pelo povo nas muitas guerras travadas. |
Só lendo, se aprende. Muito! Quase tudo! Tudo!
ResponderEliminarEu sou um homem da Beira!