Acabei de ler "O ASSASSINO DO AQUEDUTO" da jornalista Anabela Natário, que recentemente publicou uma interessante colecção de seis livros com 177 biografias de mulheres, denominada "Portuguesas com História".
Este "O ASSASSINO DO AQUEDUTO", narra a história de Diogo Alves, o homem que aterrorizou Lisboa no século XIX, e que se tornou uma verdadeira lenda. Através da consulta de jornais da época e de peças do processo a autora tenta recriar o processo policial contra Diogo Alves, um verdadeiro assassino que se julga ter sido responsável pela morte de setenta pessoas, muitas delas foram lançadas (de 65 m. de altura) do Aqueduto das Águas Livres, depois de roubadas (ora aqui está, entre muitas outras, uma das pechas do livro, pois quase nada diz deste facto-sobre as pessoas lançadas do aqueduto-, onde, depois de ter conseguido uma chave falsa, Diogo Alves se escondia).
Todavia confesso que criei talvez demasiadas expectativas quanto à leitura deste romance e talvez por isso quando cheguei ao fim do livro fiquei desiludido, dado que esperava que a escritora nos mostrasse, para além da biografia do Diogo Alves, os usos e costumes da época e isso creio que a autora não conseguiu.
Penso sinceramente que Diogo Alves tinha tudo para dar um grande livro e este fica-se por um romance que nem poderei dizer que será um romance histórico pois nem os usos e costumes são recriados, como já apontei, é assim como que uma ficção à roda dum facto histórico sem contudo usar a história como pretexto, resultando assim num levezinho romance histórico escrito por alguém que usa a ficção para dar informação a quem não a sabe; é pena porque havia tudo para ser um grande livro e não é!
Diogo Alves foi um dos últimos sujeitos a quem foi aplicada a Pena de morte em Portugal, algo bastante significativo para a história judicial de Portugal. A sentença de morte foi aplicada em 19 de Fevereiro de 1841, tinha 31 anos.
Sempre achei fascinante, toda a história que envolve este serial Kiler. Português!
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