sábado, 24 de agosto de 2013

LIVROS - POR ONDE ANDEI EM 2012 - VI



Da última vez que aqui falei dos livros que li em 2012 tinha ficado com "O TEMPO ENTRE COSTURAS" da espanhola Maria Dueñas, através do qual viajei e conheci um pouco da realidade espanhola nas mãos do Generalíssimo Franco. Hoje vou continuar a relatar as minhas viagens através dos livros que li e começo por confessar que tenho alguns preconceitos relativamente a alguns escritores, por exemplo ainda não li nenhum livro do Dan Brown, li apenas um do José Rodrigues dos Santos, e quando falo em preconceitos é que efectivamente normalmente não leio best sellers (cheira a conversa de intelectual...). Relativamente a outros autores funciono precisamente ao contrário, por exemplo à partida para mim todos os livros de José Saramago, Philip Roth, John Steinbeck, Mia Couto e este desconcertante Gonçalo M. Tavares são bons e este livro de pequenas histórias “O SENHOR JUARROZ” não foge à regra; o Senhor Juarroz é um homem que teoriza tudo, mas é completamente desastrado na vida prática. Assim, através dos livros, vou continuando as minhas viagens pelo mundo e pela mente humana.



Pois é viajando na mente humana que recordo "MORRESTE-ME" , o primeiro livro de José Luís Peixoto, o relato da morte do pai, o relato do luto, e ao mesmo tempo uma homenagem, uma memória redentora. É um livro avassalador que se lê em menos de uma hora (são apenas 39 páginas). Mais uma viagem pela mente e emoções humanas.


Gonçalo Torrente Ballester




Claro que estas viagens sofrem muitos contratempos, por exemplo "MEMÓRIAS DE UM INCONFORMISTA" – Gonçalo Torrente Ballester   - Grande desilusão! Pensava eu que ia ler um livro de memórias de um grande escritor, mas o que leio são apenas crónicas de uma época e que podiam ter sido retiradas de jornais da altura. Ora, na minha modesta opinião, uma coisa são as memórias sobre um tempo escritas num tempo diferente do que se está a relatar e outra são os relatos feitos ao tempo.



É assim, quando se espera muito de uma viagem e se fura um pneu a desilusão é completa…claro que fiquei sem vontade de viajar neste comboio...
 

 
e esta minha constante viagem vai agora entrar numa época dourada pois será com Vergília Ferreira e a sua "CONTA-CORRENTE 5" que retomarei os caminhos do sonho...será portanto a próxima viagem a relatar aqui… 

3 comentários:

  1. Pois é Seve! Quando a expectativa é grande a desilusão é maior.
    Ficou-me na memória uma frase do Bruno - se há tantos fantásticos autores para ler, que já sabe serem muito bons e ainda não teve tempo para os ler, porquê perder tempo com aqueles que o podem desiludir?
    Fiquei a pensei nisso!

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  2. Pois é Seve! Quando a expectativa é grande a desilusão é maior.
    Ficou-me na memória uma frase do Bruno - se há tantos fantásticos autores para ler, que já sabe serem muito bons e ainda não teve tempo para os ler, porquê perder tempo com aqueles que o podem desiludir?
    Fiquei a pensei nisso!

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  3. É verdade amigo Kim, e quando à página 60 o livro ainda não me "apanhou" dificilmente continuarei a lê-lo. Largo-o, e é quase certo que nunca mais lhe pegarei. Curiosamente isto aconteceu-me da primeira vez em que peguei no "MEMORIAL DO CONVENTO", mas, dois anos depois, voltei a ele e li-o de uma penada e devo confessar que foi dos melhores livros que li até hoje!

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