Desde que se passou a designar uma camiseta por T-shirt e uma cueca por slip, tem sido um ver se te avias, porque o que tem fundamento passou dizer-se back-ground, um apagão passou a designar-se por black-out, em vez de um aperitivo passou a pedir-se um drink, fazer jogo limpo, na linguagem do inimitável e grande dinamizador da língua portuguesa, JJ (já o ouviram certamente a falar na 2ª. pessoa...se tu jogas assim, se tu fazes assim...) pois para JJ jogar limpo é ter fair play, em vez de passatempo hobby, feed back em vez de retorno/resposta, ele não corre a pé faz jogging, a rádio deixou de passar música de propaganda para passar jingles, um conjunto é palavra absolutamente ultrapassada na língua portuguesa já que fino é dizer-se um KIT, não há mais pequenas camionetas há sim PICK UP's, não existem mais lemas existem sim slogans, já não há intervalos para beber café há sim coffee break's, e por aí fora NON STOP...
Efectivamente não há cão nem gato, com grandes laivos de presunção e de superioridade anglófona, tentando revelar um elevado grau sofisticação intelectual, que, quando bota discurso, não vomite um timing, um trade-off, um off-record, um feeling, um outsourcing.
Não aprecio nada este linguajar que é apenas revelador dum tremendo provincianismo e identificador de um elevado grau de incultura e, sobretudo, uma submissão a tudo o que é estrangeiro.revelador dum profundo desconhecimento do português.
Quantas vezes eu não ouvi já na televisão e na rádio a jornalistas, comentadores vociferarem éfe-bi-ai em vez de FBI, de ci-ai-ei em vez de CIA e nei-tou para se referirem à NATO, a quem, registe-se, nunca os Espanhóis deixaram de chamar OTAN (e assim o deveríamos nós ter continuado a fazer).Quando vou a Espanha ninguém me entende se não falar em espanholês, mas quando os espanhóis, ingleses, franceses, vêem a Portugal aí estamos nós a falar espanhol, inglês e francês. Obviamente que, neste caso, até poderá ser um sinal positivo de hospitalidade que só nos fica bem mas creio que é sobretudo a submissão que está plenamente inclulcada no espírito português; parece que ainda continuamos com aquela marca de água que tudo o que vem de lá de fora é que é bom e é superior.
Qual globalização qual carapuça, qual aldeia global, não desleixemos a nossa língua, não tornemos o português uma língua sem nexo, absolutamente desfigurada, falemos Português, falemos a língua que sempre falaram os nossos pais e os nossos avós e que muito nos deve orgulhar!
"Ora portantos, isto vai em quantas".
ResponderEliminarDomingo ao fim da tarde/noite, se vai concluir a época "dourada", das promessas feitas no "santuário", aquando do início da "peregrinação", que agora se vai concluir, do quase, que se ganhava tudo..., brilhante...
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