Pessoa amiga enviou-me um texto delicioso sobre este caso ainda tão actual que não resisto a compartilhar com os meus amigos e por isso permito-me transcrever uma parte do mesmo, escrito pelo Dr. João Caupers, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa:
- Não se lhe conhecia qualquer actividade social, intelectual, científica, artística ou política meritória ou, sequer, relevante. Era uma personagem medíocre, de cujo perfil apenas pude recolher dois traços, que alguma comunicação social considerou merecedores de referência: era homossexual e era "cronista social".
O primeiro traço deveria ser completamente irrelevante, já que emerge da liberdade de orientação sexual, que apenas a cada um diz respeito. Todavia, considerada alguma prosa que a ocasião suscitou, terá tornado a vítima mais digna de dó - vá-se lá saber porquê!
O segundo, considero-o pouco menos que desprezível: significa que a criatura "ganhava" a "vida" a escrevinhar coscuvilhices e a debitar maledicências, chafurdando nos dejectos dos socialites.
A viagem que o levou a Nova Iorque tinha um óbvio móbil "romântico", que a comunicação social preferiu apenas insinuar, não por pudor, mas porque a insinuação vende melhor do que a afirmação: tratava-se, simplesmente, de seduzir um jovem de 21 anos.
Quanto a este, também os seus motivos parecem evidentes: "pendurou-se" no idoso para, explorando as suas "inclinações", beneficiar dos seus supostos contactos internacionais, iniciando uma carreira no mundo da moda.
Estavam, pois, bem um para o outro.
Nada me interessam os pormenores abjectos que rodearam o assassinato. Deixo-os aos media, lambendo os beiços com a sordidez da história, muito melhor do que o criador de qualquer reality show poderia inventar.-
Assunto próprio, só para a exploração e fácil se ganhar dinheiro, de toda a comunicação social, de um acto, e da pessoa em causa, nada se justifica qualquer notícia.
ResponderEliminarChafurdices…
Há tanta coisa séria para se tratar e ajudar a resolver, mas isso já não dá dinheiro…, e então não se trata…, e nem se dá a conhecer...
W
Apesar de tudo, por detrás deste drama está a sede da glória e da fama.
ResponderEliminarTenho pena de ambos, por motivo parecidos, aliás.
Abraço
Seve;
ResponderEliminarDe toda a crónica, interessante ou sem interesse algum, apenas retiro uma frase que, a meu ver, tem nexo;
"Estavam, pois, bem um para o outro", ou em outras palavras, "a albarda ia bem com o burro".
Pena é que o povo se cultive com as revistas cor de rosa que ganham milhões com dramas que de banais nada têm e que mostra a cultura em que o nosso povo mergulhou.
Culpa de quem?... da imprensa que temos.
Boa a abordagem que fizeste ao tema.
Grande abraço, amigo Seve.
Osvaldo
Um grupo de amigos de Carlos Castro, em que se inclui La Féria, propõe ao
ResponderEliminarpresidente da Câmara de Lisboa que o nome do cronista seja incluído na
toponímia da cidade "in Correio da Manhã"
Não me vou ficar pelo óbvio que seria dizer apenas e só: quem foi Carlos
Castro para dar o nome a rua, esquina, rotunda ou beco? Tem falecido muita
gente de grande valor nos últimos tempos. Relembro a recente perda do
jornalista Carlos Pinto Coelho, um grande, enorme comunicador e ícone da
cultura e sua transmissão neste país. Mas pelos visto é outro Carlos quem
está na calha para ser eternizado dando o seu nome a uma rua. Eu sugiro
antes uma ladeira ou rampa. Não era ele que servia de rampa de lançamento
para tudo o que é pára-quedista social?
Estou a ver daqui a uns anos o avô com o netinho pelo braço, a passearem e
a desfrutar do sol da capital quando o petiz se sai com esta: "ó avô quem
foi o Carlos Castro?" "Quem? Diz o velhote visivelmente atrapalhado..."
"Ali avô - apontando - a placa diz rua Carlos Castro." "Ah sim meu
filho... Olha esse senhor lançava muita gente no mundo cor-de-rosa com as
suas crónicas de grande veia poética e conhecimentos no mundo do jet-set.
Sabes o que é o jet-set filho? "Não avô, o que é isso?"
"Olha rapaz em Portugal o jet-set são aqueles tesos que não têm dinheiro
para comprar um pacote de sugos mas que parecem varejeiras em volta das
festas do social. Desde que haja imprensa especializada em revistas de
leitura de WC eles estão lá. Tarólogas, bruxos, manequins tenrinhos,
desconhecidos ou conhecidos porque apareceram 2 minutos na televisão a
dizer bacoradas e depois um grupo de gente que o teu avô não sabe bem o
que faz ou como ganha a vida, mas que tem sempre um diminutivo no nome:
Vivis, caquis,mimis, cócos, pipis, xonés e assim." "Não estou a entender
avô... Olha filho nem eu mas é assim querido.
Então e o que aconteceu ao senhor?" "Bem, o senhor foi viajar e a coisa
correu mal. Lembras-te quando o avô te diz que é perigoso para os miúdos
pequenos abrirem garrafas de vinho sozinhos? Mas deixa lá isso a avó
depois explica-te melhor..."
Se querem eternizar a vida de Carlos Castro sugiro um show travesti. Algo
que ele adorava, faz mais sentido. Até dou umas dicas ao encenador La
Féria: "As bichas de Nova Iorque" se for musical ou "E tudo o vento do
túnel de metro levou" se for drama. Agora deixem-se é de ideias bacocas.
Chamaram de tudo à população de Cantanhede por fazerem a missa e a vigília
de solidariedade e agora querem dar o nome de uma rua da capital ao Carlos
Castro? Antes dele estariam milhares de pessoas..... Milhares e Milhares......!!
W
Esta estória reúne um conjunto de coisas más,com um final terrível!
ResponderEliminarParti-lho do que aqui já foi dito;pouco mais há a dizer.(É feio demais!)
Abraço
Anali
Anali. Partiu o quê e a quem?
ResponderEliminarA culpa é da comunicação social? Quem é que compra as revistas?
ResponderEliminarPRONTO!(Partilho)!!!!
ResponderEliminarBy,BY..!