sábado, 23 de fevereiro de 2013

O LEITOR

Rui Zink nas CORRENTES DE ESCRITAS - 22 Fevereiro 2013


 
Numa emissão da Antena 2, em directo das CORRENTES DE ESCRITAS, um evento sobre livros que há catorze anos se realiza na Póvoa de Varzim, ouvi hoje uma interessantíssima intervenção de Rui Zink (sobre livros, e não só) e da qual retive esta sua opinião:
 
 -o leitor é alguém que aprende a ter compaixão-

 
 





segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CORAÇÕES DE MÁRMORE - II

 


- Taro Aso -
 

"Devem morrer rapidamente para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos, afirmou o ministro das Finanças do novo governo japonês, liderado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, eleito no passado mês de Dezembro.

“Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer” disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.

Muitas destas mentes estão aí à espreita...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

POR ONDE ANDEI EM 2012 - II



Continuo a descrever as viagens que fiz em 2012 através dos livros, que li. Nesta altura, princípios de Fevereiro, viajo algures pela América mais profunda e deparo-me com um retrato bem vivo dessa mesma América, de um cenário de devastação pós-industrial. É uma obra que desce à vida do americano médio numa cidade atacada pelos fumos da globalização, do desemprego colectivo, da desilusão em massa. De um presente que não oferece saída.

Este "FERRUGEM AMERICANA" é um romance que nos pinta um certo fim do sonho americano, a indústria parada, as lojas fechadas, e é essa desolação que me é aqui mostrada com toda a crueza. Contacto com vidas tristes e frustadas em que, apesar de tudo, a amizade ainda consegue ter lugar em determinadas situações.




Este jovem escritor (PHILIPP MEYER) de apenas 38 anos, trouxe-me à memória esse grande escritor realista americano John Steinbeck, de Salinas (nunca mais me esqueci do nome desta região, pois este escritor para além de me "mostrar" as paisagens, as estradas, mostrava-me também os rostos das pessoas, a bondade e a maldade delas, as suas alegrias e as suas tristezas.
Um livro ("FERRUGEM AMERICANA") de que gostei muito e que recomendo.





 
Às vezes acontece-nos partir para a leitura de um livro com enorme expectativas, e este foi um deles dado que me foi recomendado pelo meu amigo Almeidinha, um amigo que muito prezo e que nestas coisas das leituras temos gostos muito semelhantes, só que só à página 120 consegui apanhar o fio à meada, entender o que estava lendo, e só à página 120 porque o tema me despertou interesse, a autora começou a falar dos livros que a sua mãe gostava e aí eu entrei no livro, mas até ali não sabia bem se estava a ler um romance, se estava a ler as memórias da autora, e só ali percebi que estava perante um puzzle de situações diversas que tinham a ver com uma certa época e uma certa cultura europeia, e aí despertei para o livro que até me tinha suscitado interesse pelo que havia lido na  
contracapa:


-"No jardim Zoológico de Berlim, dentro de um expositor de vidro, estão exibidos todos os objectos encontrados no interior do estômago de Roland, a Morsa (que morreu em 1961).
É com este catálogo insólito que DUBRAVKA UGRESIC (na foto), que actualmente tem a nacionalidade holandesa mas continua a escrever em servo-croata, inicia o seu livro: também ele um mosaico de fragmentos narrativos, recordações e reflexões, descritos pela protagonista, uma quinquagenária croata exilada em Berlim. 







"O MUSEU DA RENDIÇÃO INCONDICIONAL" foi recebido pela crítica internacional como uma obra universal e um dos mais importantes romances contemporâneos europeus das últimas décadas. Uma obra com a chancela de qualidade da excelente editora "Cavalo de Ferro" . Não me entusiasmou.


















 



É em Março de 2012 que retrocedo a 1776 e viajo para a corte do Reino da Dinamarca. É um romance notável este "A VISITA DO MÉDICO REAL" do sueco PER OLOV ENQUIST (n. em 1934, na foto a seguir), que junta o rei (Christian VII, o rei louco coroado com 16 anos e que se corresponde com Voltaire), a rainha (sua mulher Caroline Mathilde, irmã de Jaime III de Inglaterra) e o médico real, o alemão Johann F. Struensee que faz publicar 632 decretos revolucionários que, por momentos, abrem uma fenda na história e colocam uma alavanca por baixo do mundo. É um relato  fantástico da era "Struensee (1770-1772), uma revolução fora de série, mas de curta vigência, no feudal, puritano e apodrecido reina da Dinamarca.


Um grande livro dum dos nomes chave das letras escandinavas. Gostei imenso deste livro e que recomendo vivamente.Que bela surpresa foi a leitura deste excelente romance histórico quase perfeito



Para a semana abordarei mais uma viagem que fiz para a a América (em meados de Março de 2012) onde me encontrei com o meu escritor vivo favorito (Philip Roth) que me apresentou o actor de teatro Simon Axler que, com 66 anos, perdeu a capacidade de representar. Fica para a semana com o (com quem andei em 2012 - III). Até lá - boas leituras.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CORAÇÕES DE MÁRMORE

                                             
                                              Fernando Ulrich (banqueiro)


Se a austeridade já lhe tivesse batido à porta (e aos seus capangas)...